A táctica política é velha e revelha e fiados nos cerca de 12% dos cerca de 34% que votaram, ou seja em 416 425 votos, exigem rotundos mundos e fundos, com a língua de pau do costume, como dizem os franceses.
No Portugal de 2014 ainda há 400 mil pessoas que acham o PCP um partido com futuro político.
Em 1975, no auge do seu poder de influência política, o PCP teve 711 935 votos. Tem agora cerca de metade, mas o dobro da vontade em derrubar o governo e fazer outra vez a revolução.
Afinal, o que quer mesmo o PCP? É preciso ler o que dizem publicamente, tal como na revista O Militante de Março/Abril de 2013 em que o fóssil ideológico que escreve o artigo explica tudo: " O PCP tem como objectivos supremos a construção em Portugal do socialismo e do comunismo".
Não é preciso dizer mais nada e será que as 400 mil pessoas que agora votaram sabem bem em que votam e em que programa político apostam? Duvido, mas a táctica política dos pequenos passos atrás para o grande salto em frente e que agora mais uma vez se mostra no texto da moção de censura, é também eloquentemente mostrada neste texto fossilizado
Em 1976 Álvaro Cunhal e o PCP editaram um livro sobre "documentos políticos do PCP", chamado "A Revolução Portuguesa. O passado e o futuro". As ideias que lá estão de há quase quarenta anos são as mesmas que estão hoje, embora mais camufladas e seguindo o escrito fossilizado, numa outra fase e etapa. Tudo se move por etapas, no PCP e agora acreditam piamente que estão a entrar novamente na etapa prè-revolucionária. O sindicalista Arménio tudo faz por tal desiderato...e o portentoso Jerónimo cerra o queixo para apelar aos jovens.
Em 1975, por força das nacionalizações impulsionadas pelo PCP, estávamos a caminho da primeira bancarrota, no ano seguinte. Porém, os seus defensores achavam que estavam no melhor dos mundos, como se pode ler por este artigo da Vida Mundial de 10 de Abril de 1975, cerca de 15 dias antes das eleições que lhes deram aquela votação expressiva de cerca de 12% dos votos de então.
Do livro de Cunhal, de 1976, ficam estas páginas para se compreender o que é o PCP e o que quer para Portugal: miséria, bancarrota e totalitarismo. Outro fascismo, desta vez a sério e mais odioso que qualquer um. Ninguém o diz, porém, uma vez que tal discurso é logo apodado, precisamente de "fascista". O PCP conquistou o direito a usar a palavra com exclusividade conceptual e por isso quem a usa tem que lhe prestar a vassalagem devida sob pena de ser apodado imediatamente de reaccionário que é expressão que poucos toleram, como se fosse lepra política. A lepra do PCP essa, é sempre bem vinda e é por isso que temos uma Impresa sic e os media a prestar vassalagem ao fóssil.
O que o PCP é, está aqui muito bem explicado e não percebo por que muito pouca gente quer entender isto que é simples: o PCP é o agente político da miséria mais negra que o país pode desejar. Na Europa já toda a gente entendeu. Aqui, demora a entender, apesar das experiências do passado.