A figura intelectual do momento é Thomas Piketty, um nome anglo-saxónico para um francês que o ano passado publicou um livro de economia política que tem sido sucesso de vendas: le Capital au XXI siècle.
O que diz o livro, essencialmente? Em França a revista Marianne, em duas páginas, fez assim a recensão:
Em Portugal, no Público de hoje há igualmente duas páginas, assinadas por João Constâncio (é filho de Vítor, o Constâncio...e não havia mais ninguém a quem o Público pudesse pedir uma recensão destas).
A diferença, entre as duas recensões de imprensa? Lendo, percebe-se e ainda se entende a verdadeira essência da "geração mais bem preparada de sempre"...
Bem...e já agora- por que não, se está disponível?- a recensão da Economist ( retirei a citação por trazer um bug associado).
52 comentários:
O público está sempre na vanguarda proletária. Recomendava que fossem lidos os comentários do economist da semana passada a esta "obra" e que infelizmente não disponho.
Mas que figurinha que o constanciozinho faz. Descobriu a pólvora. Nem sabia que até o Marx tinha escrito acerca da acomulação primitiva do capital.
Também hoje no semanário Sol, Sarsfield Cabral escreve sobre o livro que ainda não leu; mas considera séria a questão sobre as disparidades da riqueza.
A disparidade da riqueza sempre existiu.
A treta que ele propõe por impostos a escala global é que é política demasiado comprometida.
O texto da Marianne está muito bom. Faz enquadramento historiográfico, coisa que este tontinho desconhece.
Para o Dr. Anacleto ter lançado loas ao calhamaço é porque "temos obra". De França ,de quando em quando,lá chegam estes pensadores que passados uns anos voltam ao mais irremediável esquecimento. A saga continua.
Li a crítica do Joãozinho e aquilo é como o pai:um pastelão mal feito. Comparada com as outras recensões críticas vale o que vale:um pouco mais que nada.
Depois,e aí está o cerne da questão,toda a gente sabe do livro,quer ler o livro mas duvido que o venham a ler. Mais vale esperar pelo que a wikipedia irá dizer do mesmo e fazer um copy and paste. Até o sábio Catroga comprou o livro mas ainda não se arrojou a lê-lo. Pacovice nacional.
Claro que depois do Chomsky a esquerda já pouco tinha a dar em termos de ideologia e havia que encontrar novos profetas. Calhou-nos o Piketty.
A grande proposta do autor do livro é um imposto fortemente progressivo sobre a riqueza. Mas o imposto teria de ser à escala global para a fuga dos Gérard Dépardieu não valer a pena.
Social democracia típica. Nem sei para que se escreve um livro de 700 páginas para concluir uma coisa dessas...
O trabalho é que é o verdadeiro capital, pois toda a riqueza é fruto do trabalho apenas.
Por isso, um dos aspectos económicos mais importantes tem de ser o pleno emprego. O francês esquece isso quando diz que a riqueza acumulada é muito maior que a produzida, pois a produção não está ao máximo possível...
No mais, a principal preocupação da política económica deveria ser o custo do nível de vida e a estabilidade dos preços, porque isso é que é importante para todas as pessoas.
O Estado não precisa de tirar nada a ninguém nem tocar na propriedade. Mas pode dizer aos grandes capitalistas: se quiseres empregar o capital, tem de ser aqui onde a gente precisa, no que é vantajoso para todos.
Desta forma, lucra o capitalista com a empresa e lucra a sociedade com o acréscimo de produção de riqueza resultante.
Porque as grandes empresas quando se espatifam também vêm ganir para a beira do Estado e do dinheiro dos contribuintes. É mais que justo, portanto, que o Estado tenha uma palavra a dizer sobre a criação dessas empresas e o emprego desses capitais. Mas não precisa de ser dono delas. Nem do capital nelas empregue.
Continuo a dizer que quanto ao modelo económico, o que tínhamos em 1973 era perfeito. Era modelar, a meu ver.
Havia uma classe média em ascensão que era sustentada no pib real e não era subsidio-dependente como agora.
As firmas de advogados não tinham a relevância que hoje têm, no Estado.
O Champallimaud tinha respeitinho pelo Estado e os Espírito Santo idem, porque não mandavam nesse mesmo Estado como agora fazem em virtude da grande promiscuidade entre políticos e gestores.
Um borrabotas tipo Pinho dos tamancos era pura e simplesmente ignorado. E não se atrevia a fazer os fretes aos Espíritos.
O Mujah está marxista com essa do trabalho ser o capital
eheheheh
O valor é simbólico, sempre foi. E a imaginação pode criar mais em segundos que 40 horas de trabalho repetitivo semanal
eheheheh
Essa do capital ser o trabalho é cá uma fossilidade
":O)))))))
Quando se tira aos grandes dá-se ao outros de tamanho grande mas mais pequeno.
É uam gigantesca burrice achar-se que se cria igualdade por imposto sobre quem mais gera.
O 'capitalismo', que já teve outras designações é o modo de produção mais compatível com a natureza humana.
Tudo o resto são efabulações da esquerda, que passa a vida a filosofar e a despesar.
Esse livro, que não li, é o produto e o exemplo típico do 'capitalismo'.
A sofisticação e o progresso do mundo estão na rota do 'capitalismo' e não do socialismo ou de outro modo de produção qualquer.
A dita 'exploraçao' é como a àgua benta: cada um toma a que quer.
O supra-somo ideológico desta patranha, em Portugal, é o livro "Os burgueses", dos bloquistas Louçã e Cª
Bom, então digam-me lá que riqueza, material claro, se obtém que não tenha origem no trabalho?
Um exemplo.
Não é em proporção do trabalho.
V. pode fazer especulação financeira ou inventar algo e fazer riqueza que não é minimamente proporcional à força do trabalho, como dizia o Marx.
E, claro, o capital acumulado gera mais capigtal, daí o livro do sujeito por causa de quem apenas trabalha sem investir nem herdar.
Se fosse em proporção do trabalho, então o lucro também era fruto apenas do trabalho e isso dizia o Marx.
As notas fornicam e fazem descendência enquanto dormimos
ehehehehehe
Daí ser importante tê-las a fornicar sozinhas
":OP
Zazie, a especulação financeira não cria riqueza, cria dinheiro apenas.
Dinheiro esse que, quando ultrapassa a quantidade de riqueza realmente existente, dá em inflação.
Se o dinheiro criado por especulação representar realmente riqueza criada, como representa por vezes, essa riqueza não se criou do nada ou a partir do ar. Alguém teve de trabalhar para ela aparecer.
E, claro, o capital acumulado gera mais capital
O capital não gera coisa nenhuma. Essa percepção deve-se a que um investimento - um emprego de capital, de dinheiro - feito por quem possui muito, tem menos risco do que o mesmo investimento feito por quem tem pouco.
É assim naturalmente e é-o assim também porque os bancos oferecem esse serviço.
Essa trampa marxista serviu foi para criar a luta de classes que não tem nada que acontecer, se o Estado fizer o seu papel e impuser ordem.
O marxismo é que é criação do capitalismo criminoso. Só aproveita aos especuladores, como se viu e como se vê.
Não admira, pois foi deles que veio e deles que veio o dinheiro para o propagandear e foram eles quem criou as condições que permitem àquilo ter apelo.
Oh, v. agora deu em marxista/neotonto.
Claro que há riqueza sem trabalho.
O exemplo mais básico é aquele em que este pegou para defender os impostos aos mais ricos.
Por herança. V. pode nunca ter produzido nada na vida e recebe riqueza, se herdar.
Quanto à finança é óbvio que é tanta riqueza quanto o resto. V. investe ou compra, ou gasta e está a pô-la a circular ou a aumentar.
O capitalismo é mesmo acumulação de riqueza.
É esse o busilis que encanita todos os igualitários.
E essa riqueza é como a floresta- é como o equilíbrio ecológico- não se cria numa vida.
Por isso é que o José está farto de mostrar como o que o PREC destruiu não voltou a ser reposto.
Porque essas famílias demoraram muito a conseguirem essa riqueza. Em nacionalizando e expropriando, mesmo que volte de novo a ser privatizada já muito se perdeu e não vai ser numa geração que volta ao que era.
O Estado deve impor a menor ordem possível.
A escardalhada agora pega nisso para vender uma social-democracia aparvalhada e controladora à escala mundial.
Na volta é disso que fala o livro, para terem gostado tanto.
Mas é um facto que o mundo moderno, até pelas características financeiras e de globalização, pode criar riqueza de forma muito mais rápida que as antigas famílias.
De todo o modo, a ideia de tirar aos que perpetuam para dar aos que menos fazem ou menos cabeça ou responsabilidades têm ,é cretina e falaciosa.
Antes deles estão outros mais espertinhos que agarram essa dita "redistribuição".
Por cá é ver quem a agarra, que até tem piada a vigarice.
Até se pode criar uma falsa classe média com esse mito da igualdade por imposto aos mais ricos.
Qual é a empresa mais rica do universo, actualmente?
E quem é o mais rico?
Bil Gates, um filantropo...ahahaha.
Carlos Slim, um empresário de telecons.
Amancio Ortega que produz roupa.
E então, como é?
As empresas mais ricas são as do petróleo.
E as da distribuição, como a Wal-Mart, os jerónimos martins americanos.
Pois tem piada. Também me lembrei do Bill Gates para os 2 exemplos- pela imaginação e sem herdar, pode-se ter uma fortuna numa vida.
Com mais uns pózinhos de truques e assim, mas pode-se.
E não se mede em horas de trabalho- em força de trabalho.
Os milionários das dot.com e os flash-boys ( há um artigo hoje no DN que trata disso, ou seja dos investidores que ganham dinheiro em transacções de fracção de segundo utilizando algoritmos adequados a tal) são ricos sem produzir nada.
Pois é verdade.
.....
O Sérgio Godinho já cantava a coisa:
Ó meu caro vamos lá pôr os pontos nos iis
De quem são os campos deste país
De você que diz que são seus porque os herdou
Ou da gente que neles sempre trabalhou
Eu não me incomoda nada os ricos. Quantos mais, melhor.
Os pobres incomodam-me. Porém, não julgo que seja necessária a igualdade.
Basta que os pobres tenham oportunidades de viver uma vida minimamente digna e se houve muitos ricos, tê-la-ão mais depressa do que se andar a lutar para "tirar aos ricos para dar aos pobres".
Por isso é que o sistema que havia antes de 25 de Abril me parecia perfeito, nesse aspecto e com futuro de verdadeiros amanhãs a cantar.
Esses é que seriam mesmo.
Tal como Caetano profetizou poderíamos ter sido uma Suiça e andamos a pedir de chapéu na mão por causa daquela canalha das avoilas arménios e jeronimos.
Só por causa dessa canalha.
O que mais me incomoda é o mito de que os pobres enriquecem se se empobrecer um país.
Quem destruiu o país que tínhamos foi essa canalha. Quem impede o verdadeiro progresso é essa canalha e quem andou a afundar o país em três bancarrotas foi essa canalha.
O problema dessa canalha, porém, é a raiva aos ricos.
Basta ler o livro Os Burgueses para o perceber.
Têm uma raiva cega e atávica.
Pois é. É mesmo uma treta de inveja a que eles depois chamam "consciência de classe".
São mesmo sans culottes jacobinos e robespierreanos.
São uma raça danada.
O "não pagamos" e a raiva aos alemães que são ricos é a mesma coisa.
Nem se dão conta que os social-democratas de lá apoiam estas políticas de "empobrecimento".
Lá está: "empobrecimento".
É sempre a palavra-chave.
Não dei nada, não diga asneiras.
Por herança. V. pode nunca ter produzido nada na vida e recebe riqueza, se herdar.
Essa riqueza não é criada quando V. a herda. Mais uma vez, alguém trabalhou para ela existir. Apenas mudou de mãos.
O Estado deve impor a menor ordem possível.
Isso é exactamente o que causou o problema. O Estado tem todo o direito e dever de impor aquilo que se afigurar melhor para o país.
Qual é a empresa mais rica do universo, actualmente?
Essas são as que aparecem na Forbes. Mas há uma, familiar, que não aparece e é a mais rica desde há duzentos anos: Rothschild.
No livro do chino que estou a ler diz assim:
L'union fait la force, dit-on. Les Rothschild pratiquaient l'endogamie pour prévenir toute dilution de la richesse. En l'espace de plus de cent ans, ils se sont mariés entre eux 18 fois, dont 16 fois entre cousins germains. On estime que vers 1850, ils avaient accumulé l'équivalent de six milliards de dollars, et si l'on évalue le taux de rendement moyen à 6%, 150 ans plus tard, c'est-à-dire de nos jours, ils détiendraient plus de 50 000 milliards*.
*En comparaison, le PIB mondial est évalué à 71 830 milliards de dollars pour l'année 2012.
(...)
Au début du XXe siècle, on calculait que la famille contrôlait la moitié de la richesse mondiale totale.
Hongbing Song, La Guerre des Monnaies - La Chine et le nouvel ordre mondial.
Éditions Le Retour aux Sources, 2013
pág 48
V. estão a cair no logro da trampa marxista de que só há duas hipóteses: capitalismo - o Estado não interfere nada, ou socialismo - o Estado é que faz tudo.
Já o disse: o Estado não precisa de tirar nada a ninguém. Mas pode impôr condições para se empregar o capital. Pode dizer onde é que o capital é empregue conforme o que melhor interesse ao país, e não apenas ao capitalista.
Nós tínhamos isso em versão light com os planos de fomento. Não sei exactamente como funcionava e não sei se o Estado interferia nos capitais privados. Mas, para mim, podia e devia interferir.
Isso é que é governar.
Impostos e não sei quê, é trampa marxista. Como é que vão cobrar impostos aos Rothschilds que estão em todos os países e não estão em nenhum? Quem é o cobrador? Não vão. E é isso mesmo que eles querem. Eles (e outros como eles) é que financiam essa trampa toda, para garantir que é a vontade deles e não a dos Estados que é imposta.
Da mesma forma que querem o mercado livre internacional para poderem manipulá-lo, pois eles operam internacionalmente. Criam escassez ou abundância onde querem, e assim manipulam os preços das mercadorias, podendo arruinar os Estados que, sem mão no que entra e sai dos países, nada podem fazer para se salvaguardarem.
E vê-se bem quem é que está por detrás dessa trampa até pela questão dos impostos: como é que se cobram impostos à escala mundial? Com um governo mundial... Já se vê bem para onde isto vai. Subitamente, a trampa marxista e a neo-tonta - que nos querem fazer crer em oposição - estão de acordo.
No fundo a questão é a que sempre foi: o antagonismo entre produtores e especuladores.
Os especuladores estão a ganhar e toda a teoria política e económica hoje é deles que vem. Incluindo a que parece opor-se-lhes. Na realidade é uma fraude, um logro para evitar que as pessoas se apercebam do que está verdadeiramente em causa. É a oposição controlada do Orwell...
Desde Waterloo que é assim. Desde Waterloo que o poder deles aumenta. Quem se lhes opôs foi liquidado. Fisicamente e não só.
Por algum motivo dizia o sr. Dr. que a única forma de um país pequeno se fazer respeitar é não dever nada a ninguém. Ora, a quem é que se deve? Quem são os mercados? Já está aí acima...
Os países grandes podem tentar mudar as coisas, mudar a economia, a moeda, etc. Mas correm o risco da obliteração violenta. Para não ir mais atrás, o Saddam não compreendeu isso quando quis começar a transaccionar o petróleo em Euros... Foi obliterado. O Khadaffi idem quando começou com histórias de criar uma moeda africana. Foi obliterado. E assim por diante.
De resto, o nosso casinho também não precisa nada desses conceitos à escala mundial. É mais prosaico: a ladroagem está cá dentro e não são os Rothschilds não...
se quiserem ler o livro, está aqui
http://keep2s.cc/file/250f0828350dc/c.rar (pdf, EN)
Já copiei o texto da Economist para o Word e anulei a formatação. Mesmo assim o bug permanece...
Permanece porque tem código xml lá dentro.
Não imagino como esse código entrou.
No Cocanha tenho por lá bug na Open ID e não consigo apagar.
Quer-se dizer, nem é bug, são links da gforce e outros que têm bugs
José, esqueça o Word... Aquilo mete lá sempre porcarias mesmo quando parece que não.
Use o notepad. Assim tem a certeza que não tem formatação nenhuma.
Resolvi o problema, retirando a citação.
Para grandes males...
ehehe
Mas veja lá se a questão não foi a que eu disse.
Possivelmente mas não percebo tanto como isso.
Enviar um comentário