O Independente apareceu em Maio de 1988 e durou o tempo em que tudo foi possível para desfazer o impossível caminho para o socialismo que continava a vigorar na Constituição. Mas tal não foi possível porque os media que surgiram então, com o dealbar das privatizações, foram de mal a pior e o jornalismo que apareceu era ainda mais medíocre do que o anteriormente existente.
Há uma ideia única em todos esses media e que perpassa em todos os artigos, notícias e memórias: o regime anterior ao 25 de Abril, de Salazar e Caetano, foi de obscurantismo e fascismo, em que tudo era mau, até o tempo que fazia.
Bom mesmo foi depois, a democracia de Abril, mesmo com duas bancarrotas ( 1976 e 1984) e o ideário social-democracia dos países ricos, com um PS já reconvertido a tal panaceia, a orientar um país que empobreceu nessas alturas de modo a ter que andar a pedir dinheiro emprestado de chapéu na mão, com os credores depois a importem medidas de excepção e de aperto económico. Tivemos por isso durante esse tempo que ainda perdura, uma social-democracia digna dos ricos, com bolsa de pobres. E deu no que deu: outra bancarrota, da qual ainda não nos livramos.
Para saber como foi possível esta estupidez colectiva talvez seja bom conhecer quem fez a propaganda mediática da ideia peregrina, durante os últimos trinta anos e porque é que acabamos por não sair da cepa torta e andamos a escolher sempre os mesmos que nos arruinaram.
Uma das explicações mais simples chama-se Balsemão. A outra virá a seguir, com uma entrevista publicada ontem no Público.
1 comentário:
destes pasquins diria vicentinamente
'-de que morreste ?
-samicas de caganeira
-de quê ?
-de caga merdeira'
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