Económico:
Pedro Passos Coelho vai pedir uma "aclaração" aos termos do acórdão do Tribunal Constitucional que determinou o chumbo de três das quatro normas do Orçamento do Estado para 2014, entre as quais o chumbo do corte de salários Função Pública. Carta segue hoje para Assunção Esteves e, depois, se o Parlamento aprovar, para o Constitucional.
Este governo também já aprendeu a táctica dos advogados lateiros: adiar condenações com expedientes processuais.
O que Passos devia fazer era o que Sá Carneiro fez: dramatizar e colocar o odioso no Tribunal Constitucional, passando-lhe o ónus de uma nova bancarrota. E tentar extinguir um tribunal que não o tem conseguido ser, mas apenas uma câmara alta da nossa baixa política.
Mesmo assim, a "aclaração" parece-me bem para ter oportunidade de ler o que o conselheiro Cadilha vai dizer agora sobre a não retroactividade de uma inconstitucionalidade declarada.