Em 1983 Portugal enfrentou a iminência da segunda bancarrota, depois do 25 de Abril de 1974. Não havia dinheiro nos cofres públicos para pagar as despesas, pura e simplesmente.
De quem foi a responsabilidade de tal acontecimento inédito, sem paralelo no regime anterior e que tinha despesas acrescidas, com guerra em três frentes, isolamento político e ainda assim com taxas de crescimento económico superiores a muitos países europeus?
Os socialistas e esquerda em geral nem hesitam no argumentário sofístico: da AD e dos governos de Balsemão, que estiveram no poder desde 1979.
A realidade, porém, pode muito bem ser outra e é fundamental para tal análise contar com uma circunstância avassaladora: a Constituição de 1976 e as nacionalizações dos sectores-chave da economia continuaram na mesma e a dar prejuízos gigantesctos, mesmo após a revisão de 1982 que aquela AD perdeu, como é público e notório.
Sá Carneiro não conseguiu impôr no Parlamente e perante os dois terços de deputados necessários para a revisão, as suas ideias simples e concretas: privatização e desmantelamento do Estado socialista.
Daí que a responsabilidade pelo enorme buraco financeiro que conduziu directamente à segunda bancarrota não deva ser assacada a esses governos ditos de direita e mais social-democratas que outra coisa.
Tal foi explicado em 13 de Novembro de 1983, no Expresso, por João Salgueiro. Mas leia-se o argumentário de um João Cravinho, um dos maiores bluffs da democracia, para entender a cegueira socialista a essa realidade evidente.
Tal como João Salgueiro referia, os problemas nacionais de base não eram susceptíveis de resolução por decreto-lei, ou seja por intervenção de qualquer governo. " As nacionalizações não são postas em causa. Há vários sectores que não justificam o monopólio do Estado e continuam com ele. Tudo isto vai custar ao País um preço que resulta da Assembleia que fez a revisão constitucional e de uma maioria de dois terços que achou ser esse o compromisso possível."
Quem foi o responsável pela revisão constitucional de 1982, pelo PS? Almeida Santos, sem qualquer dúvida.
O que dizia então Almeida Santos sobre essa revisão? Está aqui, num artigo do Expresso de 13 de Março de 1982.
Foram estas fantasias do PS que nos custaram a segunda bancarrota.
Por outro lado, o ano de 1982 decorreu sob este panorama surrealista:
E como é que se resolveu, de imediato e afogadilho a emergêngia de uma nova bancarrota? Pois...recorrendo à "pesada herança": depósito de parte das 688 toneladas que ouro que ainda tínhamos no BdP ( em 25 de Abril excediam as 800...), como mostra O Jornal de 18 de Julho de 1983.
O que diria Marcello Caetano disto?
E onde estavam então os principais entraves ao nosso desenvolvimento económico, no Portugal de 1983?
Veremos a seguir, com "recortes" ( que nos mostram uma diacronia essencial e nos colocam no tempo certo para perceber os acontecimentos) , o que foi a pesada herança, real, desta gente que governou nos últimos 40 anos e que em 1983 achava que o "fascismo" era ainda o culpado de todos os males que nos afligiam... para justificarem a incompetência, a corrupção e os erros.
6 comentários:
A diferença para 1983 é que agora é chique ir tomar no cu...porque são "casados"...
ahahaha!
a dupla boxexas-santos era imbatível até à chegada dos més
o oiro evaporou-se nas barbas do vitinho
gastavam mais do que recebiam
passei a tarde no Museu Bordalo Pinheiro a ver as caricaturas do António Maria aka fontes p. de melo.
a mania das grandezas toma conta dos anões da política
o zé polvinho quer albarda, como dizia o seu amigo Mariano de Carvalho
4ªf chega o 'aquecimento global'
durante pelo menos uma semana vai 'esturricar' os neurónios da escumalha
o Diabo veste de vermelho,
mas fica com os cornos e a cauda de fora
Cidadãos por Abrantes
genealogia de Costa bramane
e da família Maldonado de Seguro
contaram-me na altura numa reunião dos Pentagramas:
o António Maldonado reuniu a oposição por cima da botica nas Caldas numm dia de mercado
depois de fornecer um comprimido para a dor de cabeça
o pai fugiu para aGaliza depois de deitar uma bomba numa procissão
meses depois escreveu a Salazar a garantir bom comportamento cívico
virou-se para o opositor e disse:
'-são 5 tostões'
contaram-me na altura numa reunião dos Pentagramas:
o António Maldonado reuniu a oposição por cima da botica nas Caldas num dia de mercado
depois de fornecer um comprimido para a dor de cabeça
virou-se para o opositor e disse:
'-são 5 tostões'
o pai fugiu para a Galiza depois de deitar uma bomba numa procissão
meses depois escreveu a Salazar a garantir bom comportamento cívico
'forceps vistae'
latim macarrónico da Macarronésia
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