domingo, janeiro 04, 2015

TVI: aqui posto de informação do grupo do 44

A TVI informação, tal como a conhecíamos de há alguns anos a esta parte, acabou ontem, definitivamente.
Os telejornais da noite, na TVI,  foram ocupados com a suposta "cacha" de uma entrevista que nunca o foi e em ersatz jornalístico que a ERC deveria apreciar, esquecendo os bitaites dos Vitalinos que se fizeram acompanhar de um qualquer khan de uma fundação amiga do 44.

Em resumo, aqui fica a crónica de Eduardo Cintra Torres no CM de hoje. O director de informação da TVI é um jornalista ou um antigo director da fundação EDP, com regalias principescas que preferiu trocar por este posto?
Seja como for, quem manda agora na informação da TVI é o grupo do recluso 44, apostado em reconquistar o poder político e chegar mais além...no assalto aos centros de poder institucionais e até privados. Proença de Carvalho já manda no DN. Agora é a vez da TVI.O "grupo do 44" não brinca em serviço.



39 comentários:

AAA disse...

A mim parece-me, pelo contrário, que o recluso quanto mais fala mais se enterra.
Pela boca morre o peixe, como diz o povo.

josé disse...

É uma perspectiva mas não conta com um ditado antigo estrangeiro: nunca se deve subestimar a imbecilidade de uma boa parte das pessoas.

josé disse...

Não é frequente mas acabei de eliminar o postal sobre Mário Soares.

Enjoou-me ler o que escrevi porque o assunto além de ser requentado não tem actualmente interesse.

Unknown disse...

Não esquecer que ocaneiro telivisivo em questão é controlado pelo grupo "Prisa", veículo todo-terreno da IS...
Os percursos políticos de sampaio, guterres, zapatero, aído, pagin "i tutti quanti" explicam muita coisa.
Nas actuais circunstâncias o bicharel funciona, e funcionará enquanto convier, como vedeta de "sitcom", papel que lhe assenta como uma luva...

Milan Kem-Dera disse...

De facto, já enjoa aturar D. Vito Corleone cuspindo as costumeiras e enrugadas alarvidades em todas as direcções, tocando a reunir todas as influências nos subterrâneos da "irmandade" onde ainda se imagina reizinho-mor.

Mas já o fôlego lhe falta, e o pobre coitado já só consegue soltar alguns gemidos incómodos a que só os palhaços aplaudem.

Esquecido já (ou estranhamente ignorado) pela "negra da foice", só nos resta gritar pela sua vinda breve para que D. Vito possa, enfim, deixar-nos em paz.

BELIAL disse...

Concordo, josé.

A "capitis diminutio", vocábulo latino de que era tão afecto - instalou-se-lhe. Definitivamente.

É um coração que bate. E sofre.

Por mim. está sepultado e com cenofátio erigido.
RIP.

Manuel disse...

tvi só vejo no zapping entre canais informativos logo no início dos telejornais para avaliar como anda a lavagem ao cérebro dos telespectadores. O que noticiam, quando o fazem e quanto aprofundam o tema, também diz muito sobre a sua isenção.

José Domingos disse...

Se existisse em Portugal um estado de direito, o monsieur pinto de suza e restantes capos, não abriam o pio. É nestas águas turvas, que os tubarões se movem.
Lamentávelmente, todos se protegem uns aos outros, não permitindo a entrada de alguém que não seja do circo e os "jornalistas", cá do burgo, fazem o que lhes mandam, não passam de moços de recados.
É tempo de quem honra a Pátria, se levantar.

foca disse...

Confesso que já tenho muito pouca tolerância para ouvir o professor Karamba no jornal da noite de domingo na TVI, mas hoje estou curioso para ver se ele vai assobiar ao cochicho.

Haverá limite para o frete? Ou os arrufos no tempo do Santana Lopes foram uma encenação?

Floribundus disse...

a mãezinha do 44 deve estar a pagar aos advogados

ficava mais barato colocar um heli por cima do pátio e o 44 subir pela escada

o entalado deve estar acagaçado que o amigo se canse de andar com ele às cavalitas

estranhamente nunca se fala desta personagem chave

Luis disse...

Com que dinheiro pretendia o ex-pm pagar a defesa do motorista efectuada pelo escritório do profeta?
E, já agora, com que dinheiro pagará aos 2 advogados que tem?
Será que tudo o que deve a advogados irá pagar com (mais) um "empréstimo” ao arguido Santos Silva?
Isto não cheira a empréstimo, cheira a chulice. Assim, o ex-PM ou é corrupto, como está indiciado, ou é chulo, como quer demonstrar.

Maria disse...

Vejo que o José apagou o escrito sobre Soares. Não o cheguei a ler e tenho pena. Sou d'opinião que todos os podres, entre crimes, traficâncias e corrupções monstruosas, da autoria deste maçon-mafioso sejam trazidos ao conhecimento total dos portugueses. Isto, é claro, para os poucos que ainda pensam tratar-se de um político decente e íntegro.

S.T. disse...


M.R.S na TVI : confrangedor .

S.T. disse...



É um facto desolador . Em todo os espectro político ( ou de comentadores políticos ) não houve um único - UM ÚNICO - que dissesse « o rei vai nú».

foca disse...

Como se esperava, o professor Karamba fez o pino e usou a técnica "Omo lava mais branco".
Compreende a TVI (o patrão) e chega até a "demonstrar" que o boy da Fundação EDP (patrocinador em milhões do Pinho dos cornichos) não teve nada a ver com o frete pois foi combinado antes. Boy esse que estava publicamente contratado há mais de um mês, logo ...
Refere e repete à exaustão que pode haver um problema político por o 44 viver acima das suas posses, mas que vê com grande dificuldade a vida da acusação pois na perspectiva dele o enriquecimento ilícito é licito por falta de leis.
Em resumo, gostaria de concorrer a PR e não se pode descartar o eleitorado xuxalista!

S.T. disse...


( Acho que vou fazer como a Zazzie e vender a televisão )

:P

Floribundus disse...

a defesa do 44 baseia-se na estratégia do catenaccio

«o Catenaccio variava o sistema de marcação entre marcação-individual e por zona. E a estratégia de jogo assim é descrita por Ferrari: "o time estacionava no próprio campo, sempre com superioridade numérica, de maneira compacta e sem oferecer espaços; no momento da reconquista da bola, avançava-se em profundidade no campo adversário, com lançamentos longos »

está para lavar e durar
até estoirar

Anónimo disse...

O único que disse que o «rei vai nú» foi o Marques Mendes ontem na SIC. Perguntou como era possível o Silva ter emprestado milhões ao Sócrates sem haver qualquer tipo de registo.

josé disse...

Estive a ouvir a perlenga do professor Marcelo na nova TVI. Começou por lavar a estação dizento que as perguntas já tinham barbas e que este novo director não fora o autor das mesmas, mas sim o José Alberto Carvalho.
Pois não. Mas quem autorizou agora a emissão?

Depois disse sobre o conteúdo das perguntas e respostas nada de especial e nem fez apreciações particulares a não ser no fim, quando se referiu ao aspecto duvidoso e político de alguém como o recluso 44 andar a viver acima das possibilidades.

Foi o máximo onde chegou na crítica...

Este Marcelo tem sido assim ao longo de décadas: adapta-se, não se compromete demasiado e passa sempre entre os pingos da chuva das conveniências.

É um salafrário que não há.

S.T. disse...



Rui Pereira , na CMTV , Pacheco Pereira e Lobo Xavier na SICN , Marinho Pinto e MRS na TVI : «moita carrascos»...

Ricciardi disse...

Em suma, temos conhecimento de empréstimos em dinheiro de um amigo de infância, temos empréstimo de um apartamento propriedade do mesmo amigo. Não temos conhecimento de corrupção, nem de branqueamento, nem de fraude fiscal. Se existem provas no processo destes alegados crimes elas ainda não são conhecidas. Ao que parece, embora não seja liquido, nem foram apresentadas na fase de interrogatório ao preventivo 44 os tais indicios fortes ou provas que, segundo dizem os entendidos, podem tornar ilegal a prisão.
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Portanto, uma preventiva a quem quer que seja justifica-se se a mesma for por prazos custissimos, digamos, 15 dias. Mais do que isso revela incompetencia ou burocracias ou falta de provas. Qualquer uma é hostil a um estado de direito cuja justiça se faz em julgamento. Hostil tambem à moral que não admite julgamentos antecipados nem penas por adiantamento.
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Por outro lado desconfio de uma justiça que usa recursos escassos para colocar uma pessoa em vez de colocar negócios eventualmente ruinosos em julgamento. os negócios eventualmente corruptos estão aí. Ele é estradas, parques escolar etc. Melhor do que perseguir uma das pessoas envolvidas e gastar os recursos com essa demanda, seria de todo mais útil pegar nos negócios e chamar ao cepo todas as pessoas envolvidas. Até porque se provar que os negócios ou obras eram economicamente escusáveis e que houve corrupção nos ditos poderia o estado cancelar os contratos e com isso aproveitar aos portugueses. De outro modo até podem provar que o preventivo 44 foi corrupto, mas depois têm que fazer outro processo para condenar os corrptores e com isso denunciar os contratos subjacentes.
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Ora, já estamos a ver que o que pode acontecer é ser condenado o 44 e os portugueses vão ficar na mesma. Nem os contratos vão ser anulados nem o 44 vai reembolsar o que quer que seja.
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A lógica vai de patas para o ar. Ficarão contentes como cucos os que não simpatizam com o 44, mas o povo pá, esse, vai continuar a pagar. É a chamada vitória moral... ou de pirro.
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Bem diferente funcionam outros sistemas. Como o Gringo. A justiça primeiro investigou tudo o qu tinha a investigar ao Madof e depois deteve o homem sem qualquer margem para dúvidas sustentado em provas. Ao mesmo tempo penhorou tudo ao homem.
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Rb

José disse...

"seria de todo mais útil pegar nos negócios e chamar ao cepo todas as pessoas envolvidas"

Ou seja, chama-se "ao cepo" os paulos campos, os pinhos dos corninhos e outros que tal, incluindo o injinheiro agora recluso e pergunta-se-lhes olhos nos olhos: V. são corruptos?

E eles são obrigados a responder que sim...

Enfim.

zazie disse...

José:

O da morgadinho da cubata habituou-se a África e agora destrambelha assim.

Não dá. Há socretinos e há imbecilidade extrema que chega ao ponto de dizer que o Passos Coelho é tão corrupto quanto este e esse é que desgraçou Portugal.

Eu já nem os consigo ler.

Porque imagino que a imbecilidade vê tv.

zazie disse...

Mas leu bem que não eram pessoas que deviam ser chamadas a depor.

Eram os negócios!

ahahahahahah

A loucura mansa por terras de África esquenta e borbulha.

Ricciardi disse...

Não, José. Vc não percebeu a coisa. É assim:
1º Existem negócios estranhos no estado. Desnecessários e inoportunos (submarinos, escolas, estradas triplicadas, swaps, etc).
2º Esses negócios têm um custo para o estado.
3º Apura-se quem tomou parte na decisão de investimentos. Coisa simples.
4º Constitui-se um tribunal (no sentido amplo do termo, mas pode ser o tribunal de contas que superentendesse) onde especialistas da matéria concluem ou não pela oportunidade e necessidade desses negócios. Ouvem os envolvidos e decidem avançar ou não.
5º Se decidirem que os negócios além de ruinosos foram desnecessários, as pessoas envolvidas seriam investigadas. Todas elas. Desde os politicos aos financiadores e os empresários.
6º Do cruzamento de informação das gentes envolvidas gerava-se matéria acusatória.
7º A rede era eventualmente apanhada e os contratos com o estado revogados.
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Mais ou menos aquilo que fizeram na Islandia.
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De outro modo, anda a justiça atrás de provas para uma pessoa e não para um negócio ruinoso. Usa recursos e concentra-os numa pessoa. Desvia-se do essencial que é desonerar o estado dos negócios em corrupção e concentra-se em merdices do genero de saber se a casa da mãe do 44 valia 100 ou 150 mil ou se o motorista levava malas ou envelopes. Se a vida que levava o 44 era de luxo ou não. Enfim, coisinhas que não levam a lado algum nem aproveitam ao estado nos negócios eventuais de conrrupção que os politicos terão efectuado.
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É um problema de lógica, vá. Eu bem sei que a Lógica não é disciplina nos cursos de direito. Mas devia ser.
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Rb

Ricciardi disse...

Com um bonus. É que se o tal tribunal considerasse os negócios ilegimos e mesmo que não consiga provar actos de corrupção teria o estado autoridade para os anular. Um negócio ruinoso, leonino ou discpiciente era mais do que suficiente para o revogar, independentemente da prova de corrupção. Talvez assim os politicos e os empresários começassem a ter mais juizinho e medo quando decidem abrir concursos públicos...
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Quanto a ti Zazie, pois, olha, não sei, mas quer-me parecer que este tipo de procedimento actual parece-me mais terceiro-mundista ou africano como tu dizes.
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Só nesses países é que se pode deter alguém sem que o indicado conheça as razões.
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Vê lá tu o caso Madof. Não é que a Justiça quando o prendeu já tinha o trabalho de casa todo feito?
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Estranho? Acho que não. É apenas uma questão de pragmatismo. Coisa que falha bastante na mentalidade terceiro-mundista dos sistema judicial portugues que gosta mais de alinhar pelo lado show of do que pelo lado assertivo.
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Rb

Ricciardi disse...

Vê lá tu, se um dia fores a Angola, vais ver como se prendem preventivamente pessoas. É como lhes der na cabeça. É para onde estiverem virados. Deve ser assim tambem na Coreia. Prendem para depois ver se têm tempo para investigar. Vá, nesses países até vão mais longe. Eliminam-nos logo antes do julgamento por causa das coisas. Nesse aspecto ainda estamos a milhas de distancia.
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Um juiz com não-sei-quantos milhoes de documentos para analisar (5 milhoes só no caso BES) não tem alternativa alguma senão deter indiscrimnadamente. Até o pobre do motorista foi na enchurrada. Enfim. Posto recentemente em casa porque um passaro disse-me que ele colaboraria com parte da versão que o MP intui. Passaro esse que me disse tambem que em julgamento ele iria desmentir o que disse para se safar da preventiva alegando estar sob efeito de pressão (onde é que já ouvi isto?).
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Rb

foca disse...

Ricciardi
Se demonstrar que um tipo de repente ficou com 25 milhões na conta que apenas utiliza para levantar em tranches e emprestar a um amigo é complicado, dadas as inúmeras artimanhas "legais" para anular evidencias, então provar que a construção de uma auto-estrada foi mal decidido é quase impossível.

Nota. Uma coisa é arriscar um investimento e depois correr mal (o dia a dia dos negócios), outra bem diferente é decidir investimentos e depois fazer concursos cujas condições alguns conheciam antes, e desta forma concorreram em vantagem. Ou então encomendar estudos ao LNEC dizendo à partida que gostariam que a conclusão fosse Alcochete ou Ota, ao mesmo tempo que se lança a reestruturação dos laboratórios do Estado e dizendo aos técnicos que dentro em breve podem ficar no desemprego.

foca disse...

Ricciardi
Quer comparar com o Madoff, então façam um tribunal de júri e levem para lá apenas os factos públicos.
O 44 entrou para deputado e vivia como pobre
O 44 entrou para secretario de Estado pobre e saiu remediado
O 44 entrou para ministro remediado e saiu a fazer vida de rico (pelo menos é o que eu chamo a quem compra roupa ao custo que ele fazia)
O 44 chega a PM sem fortuna conhecida
O 44 sai de PM e contrai um empréstimo na CGD para despesas correntes
O 44 gasta dinheiro à tripa forra durante os anos seguintes

O amigo fez um RERT com dinheiro que ganhou algures
O amigo é tão amigo que tem 20 milhões apenas para emprestar ao 44
O amigo paga casas, chofer, viagens de ferias a 20000€/ semana, Mercedes, restaurantes de luxo, roupa de alfaiate, etc.

Juntem isto num tribunal com pessoas do povo a decidir e esperem pela conclusão.

zazie disse...

è pá.

A tua lógica é esta:

Até que os ditos negócios de um governo fossem a tribunal qualquer bandido estava a salvo da lei.

Até podes pedir isenção de falcatruas que tenhas feito, porque é mesmo essa a lógica.

Suspensão de lei para todos os portugueses, por todas as vigarices que tenham feito na vida, até se julgar processos políticos.

Por outro lado, insistes em não querer ler o que se te recomenda e por isso não merece a pena dialogar.

Mandei-te ler um artigo do Cluny que explicava os motivos pelos quais na América o Madoff foi encostado à parede e por cá nunca poderia existir essa investigação porque atenta contra aquilo pelo qual militas: "as liberdades e garantias individuais".

Por cá, que o proprio saiba que há investigação e com mandato legal é que se pode vasculhar o que na América se vasculha sem que ninguém saiba.

zazie disse...

Em África nada disto faz sentido porque é uma forma de vida.

E esta malta diz-se tuga mas é marrana-africana.

zazie disse...

Em África manda o chefe da máfia no poder.

O que tu pensas para cá é literalmente o mesmo- tens asco ao Passos Coelho, chegtaste ao ponto de dizer que ele é mais corrupto que o 44 mas depois untas esse facciosismo besta com água benta e cretinice.

é um tipo de paleio que até entendo nos neotontos porque os neotontos não consideram crime a corrupção.

Para um neotonto só é bandido quem assalta banco dee pistola na mão.

Agora paleio mongo embrulhado em citações papais passo porque é tipo de loucura melíflua que me encanita.

zazie disse...

De novo, para parares de citar a merda do processo Madoff em comparação com o 44

http://www.ionline.pt/iopiniao/outro-ministerio-publico-eficiente-sem-duvida-perigoso/pag/-1


Lê e cala-te com a trampa das "liberdades e garantias!.

zazie disse...

«A eficácia da fase pública do processo resultou, precisamente, da não judicialização da investigação e do facto de o acusado ter sido confrontado, já sem capacidade de intervenção ou obstaculização defensiva, com um esmagador acervo de provas.

Em Portugal, como na maioria dos países da Europa, tal procedimento seria impensável.

As nossas constituições e códigos de processo impõem – e bem, em meu entender – a obrigação de dar conhecimento ao suspeito identificado de que, contra ele, corre uma investigação criminal.

Claro que, por outro lado, o sistema americano também oferece vantagens para o arguido: torna desnecessários períodos prolongados de prisão preventiva.

2. A eficácia de muitos desses sistemas, e designadamente do sistema penal norte-americano, não reside, contudo e apenas, naquela extraordinária característica: resulta também da bargain.

Recentemente, The New York Review of Books publicou, todavia, um interessantíssimo e inquietante artigo do juiz Jed Rakoff sobre os motivos porque muitos inocentes se declaram culpados na justiça norte-americana.

Ali se analisam as opções legislativas que conduziram, desde os anos 70, à introdução nos EUA de limites obrigatórios muito elevados nos mínimos das penas de prisão para certo tipo de crimes.

Perante isso, o autor explica, depois, como muitos arguidos preferem hoje declarar-se culpados de crimes menos graves, cujas penas mais baixas acordam, desde logo, com a acusação.

Jed Rakoff revela também como – fruto de um sistema em que “o procurador tem o poder todo” – só cerca de 200 mil dos dois milhões e 200 mil cidadãos que nos EUA cumprem pena de prisão foram, afinal, condenados por um tribunal, depois de um julgamento formal e com garantia de defesa efectiva.

Todas as outras penas de prisão – dois milhões – resultaram de acordos “impostos” pelo MP fora dos julgamentos e do controlo do juiz, que a defesa aceitou protegendo os arguidos de mais graves condenações.

É o resultado da generalização da bargain, o sistema de negociação das acusações e penas dirigido pelo muito eficiente MP americano.
»

zazie disse...

E é falso que por lá não exista preventiva longa.

Nenhum de v.s se lembrou de descabelar pelo puto que matou o Carlos de Castro.

Esteve um ano preso à espera de julgamento.

Preso, internado em manicómio, para ser dado como são na altura de crime e louco a partir daí.

josé disse...

O desconhecimento leva ao disparate e é o que Ricciardi fez.

Bem preciso de dizer mais depois do que a zazie disse.

josé disse...

Nem preciso de dizer porque quem cita o caso Madoff para comparar não conhece o suficiente para o poder fazer do modo como foi feito.

E em Portugal o assunto é mais complexo: há diversos níveis de responsabilidade e o penal é o último nível.

Os outros não funcionam de todo, porque um político que aprova coisas como o TGV, como hoje se provou através do Tribunal de Contas, nunca é responsabilizado e até é promovido a ganhar muito mais do que antes ganhava no governo. Muitas vezes empregado daqueles que corromperam efectivamente o poder político.

É o caso flagrante de Jorge Coelho.

É um grande corrupto que legalmente não pode ser acusado de tal.

josé disse...

É por isso que o que Pacheco Pereira escreve e diz a mim não me interessa nada.

É um imbecil.

josé disse...

E que ganha muito mais que eu a escrever e dizer inanidades, note-se.

A obscenidade do jornalismo televisivo