sábado, abril 09, 2016

PCP: centenas de quilos de traição à Pátria

O jornal Expresso de hoje, para além de uns papéis alinhavados por costureirinhas do jornalismo inócuo, traz umas páginas muito interessantes sobre um crime de traição à Pátria a que o PCP não foi alheio, atento o contexto.

Uma testemunha ocular do crime, o coronel José Alberto Aparício conta como em data imprecisa de 1975 viu dois camiões supostamente da Armada portuguesa, mas com matrículas falsas, estacionados nas traseiras do teatro S. Carlos,  a carregar caixotes e caixotes de documentos vindos directamente da sede da Pide/DGS, algumas ruas acima, no Chiado.
Esses dois camiões foram seguidos no percurso que então efectuaram e desembocaram directamente no aeroporto militar de Figo Maduro. Aí, os supostos militares da Armada portuguesa, eventualmente pessoas ligadas a quem interessava desviar tais documentos,  descarregaram tais caixotes e meteram-nos no porão de carga de um avião da companhia soviética Aeroflot.

O coronel da PSP em causa admite dois erros: não ter tirado a matrícula do avião e não ter consultado o plano de voo do mesmo.
Para além desses dois erros há ainda o silêncio cúmplice durante décadas, neste atentado e neste crime de traição à Pátria. Diz que reportou a várias entidades mas nenhuma delas dá conta de relatório algum, incluindo Otelo Saraiva de Carvalho então chefe máximo do COPCON. Diz ainda que houve mais testemunhas do facto mas que já morreram todas.
Diz também que ninguém então fez nada, incluindo o general Galvão de Melo com quem falou do assunto.
É pena que o coronel Aparício só agora apareça a contar o sucedido depois destas décadas todas e até muitos anos depois da publicação dos relatórios do agente da KGB Mitrokhin, em 1999, e depois de o PCP ter negado por várias vezes o facto de que é óbvio e único suspeito. Continua aliás a negar estas evidências claras do crime de traição à Pátria, vergonhoso, ignóbil e cuja prática na antiga União Soviética conduzia à pena capital.
Por outro lado, o mesmo PCP que é suspeito desta traição à Pátria anda por aí a conspurcar permanentemente o adjectivo patriótico, numa desfaçatez repetida.

Por aqui, nesta capital infausta da condescendência com estes criminosos, convidam-se os mesmos para irem assentar no Conselho de Estado e bolsarem tiradas infaustas contra o fassismo.
De resto ninguém quer saber disto porque quem tem a obrigação estrita está intimamente comprometido com estes criminosos de delito comum e político. Por isso não querem expor-se à vergonha. Se é que a têm...


8 comentários:

zazie disse...

Este sabia e saltou fora. O resto deriva daí.

Foi jantar mesmo ao lado para assistir e ficar calado.

joserui disse...

"conspurcar permanentemente o adjectivo patriótico", muito bem dito. -- JRF

aguerreiro disse...

O Aparício apareceu tarde como é apanágio dos cagões, mais botou fogo ao arquivo para não se comprometer. Depois vem dizer isto e aquilo (eu também vi as aparições de Fátima....) Mas na hora foi-se cortando. Mas deve ser verdade concerteza. Os homens da marreta e foicinha são bem capazes disso e não só. Se calha também embarcaram nesse avião alguns lingotes, daqueles que vinham da África do Sul para pagamento da mão de obra indígena de Moçambique que ia de contrato para as minas de ouro. Já não eram principiantes O mesmo fizeram noutros países, aqui ao lado durante a Guerra civil de Espanha, saquearam o Banco de Espanha, por cá deviam ter feito o mesmo, para compensar as mordomias que ofereceram ao Barreirinhas do Cunhal e outros kamaradas que por lá comeram almoços E todos sabemos que não há almoços grátis.

Floribundus disse...

já vi esta situação mais que uma vez

também se importou dinheiro

fala-se actualmente das off, mas nunca ouvi comentar as on-shores
que têm servido, segundo se diz, para branquear dinheiro sujo de droga, sangue ...

já houve privacidade

o 4º poder lixa quem quer e fica-se a rir

os mandatários ficam à sombra da bananeira

luis barreiro disse...

Embora entenda os comentários anteriores, ele foi cagão, só agora é que fala..., para quem viveu aqueles tempos entende que só agora a suposta direita aparece, pois durante 40 anos desapareceu. Sinceramente se estivesse na posição dele, com filhos para criar, também estaria calado até hoje, pois só hoje passados 40 anos alguém tenta saber as verdades.

Maria disse...

Mas este militar comunicou às autoridades político-militares da altura, as indicadas para investigar os actos criminosos que acabara de presenciar e não obstante as ditas autoridades ligaram-lhe peva. Não é de estranhar que estas tenham feito vista grossa perante os factos gravíssimos relatados, é que por aquela altura polìticamente já estava tudo controlado pelos grandes democratas e tanto os MFA's como os restantes militares e bem assim os civis ligados ao novo regime já se encontravam sob as ordens dos respectivos mandantes, prestado-lhes vassalagem e juramento de obediência. Entre estes o velhaco Otelo. Um oportunista do mais baixo calibre e um reles vira-casacas e, pior, um traidor à Pátria. Ele serviu o regime anterior e beneficiou dele mais do que se imagina, porém logo que apareceu o novo regime mudou de campo e passou-se para este sem o mínimo problema de consciência. Esta é a norma adoptada pelos pulhas e pelos vendidos sem coluna vertebral.

Quem sabe exactamente a quantidade de arquivos roubados e o modo como eles foram enviados para fora do País, dentre outras personagens menos conhecidos, foi o então Capitão Sousa e Castro e o Miguel Sousa Tavares. Estes dois pelo menos sabem tudo o que se passou nos dias a seguir ao 25/4, a partir do momento em que na Sede da PIDE assentaram arraiais para dar seguimento às ordens comunistas e socialistas de destruirem e/ou fazerem desaparecer os arquivos com os nomes (e outros dados pessoais ultra-importantes) dos mais famosos 'democratas' e 'anti-fascistas' que tinham conspirado contra Portugal e simultâneamente haviam colaborado estreitamente com a Polícia Política. E era na descoberta do que/e quem constava dos ditos arquivos que residia o medo atroz que os principais membros do bando comunista e socialista altamente comprometidos com o regime do Estado Novo mais temiam e uma tal revelação não podia vir à luz do dia e ao conhecimento público de modo algum. Aqueles dois, que tinham sido enviados em comissão de serviço pelos grandes democratas Cunhal e Soares, coadjuvados por alguns MFA's armados em governantes, com o objectivo de compilar?, desviar destruir, roubar e extinguir a Sede da PIDE-DGS, é que a sabem toda. Eles sabem de certeza o que lá estava guardado, sabem os nomes e os dados pessoais de todos os conspiradores anti-fascistas e traidores registados nos arquivos e o meio de transporte pelo qual estes foram enviados para fora do País, quem os transportou e qual o seu destino. Hoje quase tudo isto é do conhecimento geral, mas ainda há muito que nos é escondido.

São estes pequenos, grandes, mistérios (a maioria já revelada, mas falta o grosso do pacote e o mais explosivo) que é preciso trazer à luz do dia, sem os quais os portugueses continuam a permanecer na penumbra, numa espécie de limbo, sem saberem quem são efectivamente e que género de personalidade (dupla) têm os que nos têm vindo a governar, os mesmos que supostamente nos vieram libertar do jugo fascista para em seu lugar impor-nos um regime podre gerido por políticos mentirosos, corruptos e traidores que tiveram o arrojo de se auto-classificar libertadores e defensores estrénuos do povo e nas costas deste, traíndo-o hipòcritamente, terem continuado ìntimamente ligados ao regime - colaborando com a Polícia Política e fazendo criminosa e cìnicamente jogo duplo - que durante anos e desavergonhadamente haviam caluniado, difamado, denegrido e muito particularmente o seu dirigente máximo, Salazar.

Depois de todo o deboche, mega corrupção, traficâncias e crimes que temos visto passar diante os nossos olhos durante quatro longas décadas, perpetrados com a maior das descontracções e não menos descaro pelos 'grandes libertadores do Povo oprimido', que já nem se dignam disfarçar, como é que podemos esquecer o Grande Português e igual Estadista que foi o Dr. Salazar e lembrá-lo, agradecidos, por tudo quanto fez por nós e pelo País? Impossível. Os portugueses recordá-lo-ão como o Herói que foi pelos séculos e séculos.

Neo disse...

O Aparício não pode ser o bode respiratório.
Hoje mesmo a maioria dos portugueses está-se nas tintas para a pátria traída.
O Aparício limitou-se a mudar uma das prioridades. Colocou a carteira acima do "Deus, pátria e família". Ou a família acima de Deus e da pátria. Sabe-se lá :)
É a imprensa que agita as águas e sabe-se como anestesiam os portugueses machos, fêmeas, hermafroditas, homos, animais, plantas, etc. Espero não ter omitido ninguém. Não tenho dinheiro para advogados.

João Nobre disse...

Centenas de quilos de traição à Pátria e ninguém é julgado ou preso. Só mesmo num País com a sua memória histórica e sociedade civil reduzida a MERDA é que uma coisa assim é possível.