domingo, março 18, 2018

16 de Março de 1974, o golpe precursor.

O Público na edição de hoje, Domingo, tem um artigo desenvolvido acerca de uma reportagem da revista espanhola Cambio16, a propósito dos acontecimentos militares de 16 de Março de 1974, precursores do golpe de 25 de Abril desse ano.

O artigo do Público enfatiza um pretenso escândalo na vizinha Espanha, ainda sob o domínio franquista, com a  publicação de tal reportagem, de um dos seus jornalistas mais conceituados.


Se o Público tivesse gente com memória histórica menos rasteira, teria avisado o autor do escrito de que alguns meses antes, a revista Time que tinha por cá uma correspondente muito liberal chamada Martha, já tinha escrito sobre o anúncio antecipado do 25 de Abril.  Em 5 de Novembro de 1973:



E esta revista cujos recortes apresento, comprei-a eu mesmo cá, na época, quando saiu. E sem escândalo algum.

Há pessoas que por não saberem mais o que dizer do regime anterior inventam...

11 comentários:

joserui disse...

Estes indivíduos do Público, quando querem inspiração lêem o Público. Deve ser bom é para embrulhar robalos.

Floribundus disse...

da publicação dum velho Amigo que não mais encontrarei

-O siô mi deve o mês de malso
-professorinha só conheço o malso de cigarro

Ricardo A disse...

O "abrilismo" foi um golpe de canalhas,traidores,imbecis e oportunistas,promovidos e financiados pelos "senhores" da nova ordem(aka globalismo). https://rick-beyondtheveil.blogspot.pt/2017/09/the-nwo.html

Floribundus disse...


do golpe das Caldas

ao gulag de antónio das mortes

cerca de 300 contribuintes rurais ficaram feridos, muitos com gravidade durante o churrasco

mas o jornalixo se coluna vertebral não os menciona

a republiqueta entregue aos bichos

josé disse...

O abrilismo foi um golpe de oficiais do "quadro permanente" que estavam descontentes com o que ganhavam os milicianos. Pura inveja. Daí que o comunismo aproveitasse porque viceja nesse caldo.

Miguel D disse...

1- No Outono de 73 multiplicam-se as reuniões de facções descontentes dentro das Forças Armadas, devidamente acompanhadas pela terrível PIDE.
2- No início de Março são exonerados os Chefe e o Vice-Chefe General das Forças Armadas por discordâncias públicas com a estratégia militar para o Ultramar.
3- Em 16 de Março temos a macacada das Caldas.
4- Em 25 de Abril um regime assente desde o seu início nas Forças Armadas e no seu compromisso com o Ultramar entrega-se sem luta.

Entregou-se sem luta porquê?
Quem decidiu a entrega? É possível sustentar que quem decidiu a entrega foi apanhado de surpresa depois desta sequência de factos?

josé disse...

O regime entregou-se sem luta por vários motivos que julgo ter já descortinado aqui no blog o longo dos anos.

Parece-me uma interpretação pacífica.

Quanto ao Ultramar é outra questão: foi o PCP mais o PS e com todos os partidos entretanto criados que o entregaram.

Claro que responsabilidade maior é do PS e do PCP.

Miguel D disse...

Caro José,
Nesta instância não me referida tanto à entrega do Ultramar, mas à rendição do regime.
O José diz que o regime se entregou sem luta por vários motivos. É verdade.
Mas "o regime" não faz nem deixa de fazer, quem faz e deixa de fazer são as pessoas.
Sendo assim, a minha questão era apenas quem (nome, posto) decidiu a entrega do regime e porquê. Porque alegar surpresa já não é credível, à luz do que se sabe.

joserui disse...

Diz a pelos vistos directora de uma tal Notícias Magazine "A inauguração do túnel rodoviário na Praça de Almeida Garrett, no Porto, fez honras do Jornal de Notícias de 24 de março de 1964. O regime adaptava‑se às novas necessidades urbanísticas. À medida que o interior do país se esvaziava, as cidades do litoral registavam uma verdadeira invasão."
Pela fotografia vê-se logo o grandioso túnel rodoviário que foi inaugurado.
E em destaque "O túnel custou em 1964 nove mil contos à câmara do Porto. Hoje, seriam 3,657 milhões de euros." A coitadita deve ter confundido as épocas… julga que está a falar do tempo do 44. Que pobreza inacreditável. O jornalismo vai pelo caminho mais curto para a sua própria extinção como fonte de notícias credíveis.

joserui disse...

"Construíam‑se novas estradas e túneis, alargavam‑se vias, levantavam‑se bairros para acolher a vaga populacional que fugia da pobreza no interior do país e ou dele saía para o estrangeiro ou se concentrava no litoral."
Porque é que esta analfabeta não verte asneiras sobre o fenómeno hoje, que ainda há bem pouco tempo levou à maior vaga de emigração de sempre e ainda há menos tempo, a incêndios que deixaram centenas de mortos e feridos, e destruição por todo o lado?

Ricciardi disse...

O abrilismo é/foi tão natural como evidente. São fenômenos naturais. É como a vontade de urinar, digamos assim. A coisa tem de sair, mais cedo ou mais tarde.

Demorou tanto tempo o salazarismo porque Salazar conduziu com mestria o desanimo geral, que conduziu ao imobilismo e à fuga em massa do pais para a emigração. Conduziu também uma propaganda que reconstruiu e moldou cérebros. Desde logo nas escolas tal e qual faziam os regimes comunistas. Párias nas lavagens cerebrais.
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A única vantagem que tivemos foi mesmo ter a sorte de Salazar ser um tipo simples. Obcecado, mas simples e rural.
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Salazar terá respondido ao cardeal cerejeira, quando este o aconselhava a casar, que não queria casar com mulher alguma, que tinha casado com a Nação portuguesa.
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Ele casou com a Nação é certo. Um casamento sem a concordância da mulher porém.

Fez da nação uma espécie de harem particular, digamos assim, onde a mulher está lá para satisfazer o marido e os amigos do marido. Principalmente estes. Os amigos. Que mui lucraram com o regime.

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E depois veio a sô dona Abril. Exigiu o divorcio. A bem ou mal. Foi a bem.

Graças a Deus nosso senhor.

Mas seria Salazar um demônio como hoje ensinam nas escolas?

Não. Salazar não foi um demônio. Um demônio não tem amor obsessivo pela nação. E ele tinha. Obsessão.

Na semana passada fui buscar o meu filho ao colégio. Tem apenas 11 anos. Os amigos dele despediram-se dele dizendo em uníssono adeus salazar. Fiquei intrigado.
Salazar filho?
É pai, aquele grupo acha que sou mau porque não os deixei usar a minha VR da consola.
Então mas, e Salazar porquê?
Porque era muito mau, não era pai?
Não filho, não era mau. Ate certa altura ate foi bom para os teus avos. Mas era um tipo obsessivo e com mania que podia mandar no pais como se fosse quinta dele. Ficou tão obcecado que começou a exagerar. Criou polícias que perseguiram pessoas porque simplesmente tinham opinião diferente. Prendia e envia para prisões. A obcessao deixou com que ele passasse bem sabendo que o povo passava fome e enigrava em massa. A obcessao fez com que ele amealhasse ouro que obtinha das tricas e trocas com o regime nazi. Muito ouro. Os cofres cheios de ouro.
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Mas o povo pobre. Pobre. Pouco instruído. Com índices de mortaldade infantil ao nível do melhor do terceiro mundo.
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Rb

O Público activista e relapso