segunda-feira, março 05, 2018

O jornal Público contado pelos seus

O jornal Público saiu a primeira vez a público há 28 anos e comemora a efeméride voltando a ser dirigido por um dia por quem o dirigiu a primeira vez: Vicente Jorge Silva. O mesmo conta a experiência:



Ao ler isto apeteceu-me dizer mal, mal, mal do jornal. Mas isso seria o mais fácil e afinal tem sido um jornal que leio há 28 anos. Foram raras as primeiras páginas que não vi e perscrutei e muito dinheiro dei ao jornal, comprando-o regularmente durante estes 28 anos, até há uns anos atrás e agora em modo esparso.Quer dizer, não pretendo cuspir nesta sopa que também comi.
Mesmo assim o Público irrita-me quase sempre. De vez em quando lá sai um artigo que leio com interesse, a maior parte das vezes em modo de opinião. Mas mesmo esta pequena recompensa pelo custo do jornal ( um euro e vinte durante  semana) já vale cada vez menos.

Em diversas ocasiões, ao longo destes 28 anos me interroguei sobre o que faltava mesmo no jornal para o tornar um bom jornal e chego sempre à mesma conclusão: bastava ser menos pretensioso e escrever para quem o lê, como o Correio da Manhã ou o Jornal de Notícias, os melhores diários do país, o fazem.
Ainda assim não seria suficiente porque tal esforço já o i o faz e os resultados são pífios. Para perceber o que faltou ao jornal basta olhar para a fotografia dos "fundadores", acima exposta. A loba que os alimentou a todos foi a Esquerda que temos. A comunista, a socialista e a bloquista dos trostkistas, agora, ultimamente,  com maior destaque para esta última facção.
Ao perderem as referências de infância e desprezarem os ensinamentos que receberam da sociedade de então, rebelaram-se e foram todos aninhar-se nessa loba infecta, alimentando-se  da essência marxista que os formou.

Todo o mal do Público vem daí e não adianta dizer mais nada. Marxismo mais pretenciosismo dá um Público como o que temos.
Para esses fundadores e os herdeiros que por lá andam e aprenderam com eles, julgo que isto nem é dizer mal do jornal...mas apenas traçar um retrato a traço grosso.

Por mim gostava de outro jornal que não andasse sempre com causas à trela e tentasse explicar aos leitores o mundo português em que vivemos. O estrangeiro é lá fora e quem o explica melhor são os de lá.
Para explicar o mundo português actual e passado seria essencial em primeiro lugar que os jornalistas o compreendessem, como dantes compreendiam, no tempo dos diários populares, capital e mesmo república ou diário de lisboa, esquerdistas dessa mesma matriz. Mas tinham jornalistas que não eram doutores nem pretenciosos. Escreviam apenas o que viam, ouviam e liam. Mesmo que não os deixassem escrever tudo, a alguns que já queriam impor a matriz da loba esquerdista de pendor comunista, escreviam o essencial e mesmo assim lia-se bem. Castrim lia-se muito bem, tal como João Coito.

Agora não se lêem porque apostam em escrever não se sabe bem para quem. Nem para eles mesmos...

Afinal acabei por dar algumas cuspidelas na sopa. Mas também já não a ia comer.

Questuber! Mais um escândalo!