sexta-feira, janeiro 03, 2020

Página um do PREC, 45 anos

Há 45 anos, nestes dias de Janeiro de 1975, ouvia rádio e tentava abstrair-me um pouco do PREC que passava lá fora, nas grandes cidades e até vilas e aldeias do nosso país.

Hoje mais que nunca seria importante entender o que foi esse PREC para se perceber o papel de algumas forças políticas que ainda vicejam no espaço democrático, sendo inimigas do mesmo.

Uma das formas de mostrar tal retrato da nossa vida política e social passada é apresentar recortes de imprensa que são imagens susceptíveis de substituir milhares de palavras.
Tais recortes mostram um bocado da vida real mediatizada mas ajudam a entender como era o todo real que se vivia. Sem esse retrato subsistem as interpretações apesar de o mesmo ser em si uma representação. No caso, de uma certa sensibilidade de esquerda, pró-comunista e por isso mesmo relevante para a percepção do que então acontecia em Portugal à vista de todos mas apenas entendido por alguns.
Ao retomar tal retrato torna-se possível vislumbrar o que ocorria na sombra de quem tinha então o poder de definir políticas e influenciar modos de vida.

Daí estas imagens:










Nesses dias, à medida que acompanhava estas notícias, em tempo real,  escutava rádio e na Renascença havia o programa Página Um que transmitia a partir das 19:330 até às 21:00, todos os dias da semana com excepção dos Sábados e Domingos, as novidades da música popular.

O registo dos discos e intérpretes tornou-se importante a por isso anotei toda a programação desses dias de Janeiro de há 45 anos.

Aqui se lembram para mostrar como era possível escutar o que de melhor se fazia nas terras angófonas e também de outras paragens.

Nota-se ainda a importância que era dada aos cantores de índole revolucionária, portugueses, como Sérgio Godinho, Fausto, José Afonso, com passagens dos seus melhores discos que então saíram, com letras panfletárias em prol do poder popular.








Para lembrar estes acontecimentos o radialista Luís Paixão Martins, agora "comunicador acidental" publicou em 2015 um pequeno livro de apontamentos que intitulou assim:


Em algumas páginas explicava o que fora o Página Um:


Sem comentários:

O Público activista e relapso