Morreu José Calvário, um dos maestros da nossa música ligeira dos últimos 40 anos, quase.
José Calvário orquestrou algumas das composições ligeiras que antes de 25 de Abril de 1974 fizeram o que nunca mais se fez do mesmo modo: uma música popular com ligações intelectuais e até políticas.
Hoje, durante a manhã, a Antena Um, o rádio que gosto de ouvir, ( mesmo aturando a inaudita informação da senhora Maio), passou hora a hora algumas músicas orquestradas por José Calvário e que fazem parte de um disco esquecido da música popular portuguesa, aliás, dos melhores de sempre: Fala do Homem nascido, com músicas de José Niza e letras de poemas de António Gedeão.
Publicado em 1972 é um retrato musicado de um certo Portugal da oposição que tomou as rédeas do poder político a seguir ao 25 de Abril e nunca mais largou amarras a essa Esquerda que criava obras-primas e perdeu depois disso a inspiração.
A orquestração de José Calvário confere a esse disco a qualidade intrínseca do conjunto que tem, desde o começo.
Isso é claro quando se ouve por exemplo, a interpretação de uma boa voz da música popular portuguesa, Samuel, intérprete de algumas das canções desse disco, numa prestação a solo, aqui, da Fala do homem nascido.
O blog do Rato, já publicou em tempos o disco, ( esgotado) para ser ouvido por quem se interessar.
Aqui ficam os apontamentos de memória de um tempo que já é dos anos setenta, tirados do blog do Rato e que fixam a memória da época que deixa saudades pela qualidade intelectual que se emprestava mesmo à música popular.
José Calvário orquestrou algumas das composições ligeiras que antes de 25 de Abril de 1974 fizeram o que nunca mais se fez do mesmo modo: uma música popular com ligações intelectuais e até políticas.
Hoje, durante a manhã, a Antena Um, o rádio que gosto de ouvir, ( mesmo aturando a inaudita informação da senhora Maio), passou hora a hora algumas músicas orquestradas por José Calvário e que fazem parte de um disco esquecido da música popular portuguesa, aliás, dos melhores de sempre: Fala do Homem nascido, com músicas de José Niza e letras de poemas de António Gedeão.
Publicado em 1972 é um retrato musicado de um certo Portugal da oposição que tomou as rédeas do poder político a seguir ao 25 de Abril e nunca mais largou amarras a essa Esquerda que criava obras-primas e perdeu depois disso a inspiração.
A orquestração de José Calvário confere a esse disco a qualidade intrínseca do conjunto que tem, desde o começo.
Isso é claro quando se ouve por exemplo, a interpretação de uma boa voz da música popular portuguesa, Samuel, intérprete de algumas das canções desse disco, numa prestação a solo, aqui, da Fala do homem nascido.
O blog do Rato, já publicou em tempos o disco, ( esgotado) para ser ouvido por quem se interessar.
Aqui ficam os apontamentos de memória de um tempo que já é dos anos setenta, tirados do blog do Rato e que fixam a memória da época que deixa saudades pela qualidade intelectual que se emprestava mesmo à música popular.
1 comentário:
Fez-se silêncio neste espaço, compreensivelmente.
Pessoas de valor não deviam morrer.
Certo é que esse valor permanece para além das suas memórias.
Que a eternidade lhe seja doce.
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