terça-feira, janeiro 29, 2013

Cadê os outros? Não há mais ninguém?

SIC-N:

O colectivo de juízes da sétima Vara Criminal de Lisboa considerou o maestro culpado por ter gasto mais de 500 mil euros de dinheiros públicos. Miguel Graça Moura estava acusado de utilização indevida de 720 mil euros do erário público e de falsificação de documentos.  (...)

Graça Moura presidiu à Associação de Música, Educação e Cultura, de 1992 a 2003. foi acusado pelo Ministério Público de ter gasto 720 mil euros em artigos de lingerie masculina e feminina, compras em supermercado, mobiliário, gravadores, aparelhagens áudio, vinhos, charutos, joias, viagens e obras de arte. O Ministério Público destacou que Miguel Graça Moura não fazia distinção entre despesas da Associação e pessoais. Utilizava indistintamente os cartões da Associação que integra a Orquestra Metropolitana e de contas de que era titular. A acusação dizia também que o maestro viajou para os Estados Unidos, Argentina, México, Tailândia e Singapura, despendendo um total de 214.377 euros. Em despesas de restaurante, em Portugal e no estrangeiro, Graça Moura gastou mais de 80 mil euros. e em livros, mais de 52 mil euros em livros. 
A condenação de Graça Moura por estes factos levanta uma onda de questões sobre os outros gestores públicos e administradores de instituições públicas que praticaram factos idênticos ao longo dos anos e se safaram sem processos ou vilipêndio público ou mediático.  Graça Moura passa assim como um bode expiatório ou como dizia alguém ligado a um certo processo mediático, representa a rês que é atirada ao rio infestado de piranhas, para a manada passar incólume...

Aditamento:
 De fugida vi o maestro, condenado, ainda no Campus da Justiça a ser abordado pela "matilha mediática". A uma das desgraçadas mobilizadas pelas direcções de informação para o local ( deve ser uma regra de ouro, mandar estas repórteres de micro em riste para entrevistar desgraçados em directo) Graça Moura, visivelmente irritado disse que não respondia a "abutres".  Bem dito! Abutres.  Mas não aqueles que aparecem de micro em riste. Abutres mesmo são os donos da informação, os josés albertos carvalhos e quejandos. Não sabem fazer de outro modo porque foi assim que aprenderam. Onde? Com as pallas nos olhos.
Por outro lado, percebeu-se quem estava interessado como assistente na condenação de Graça Moura: a Câmara Municipal de Lisboa. A CML não deve ter um único exemplo de malfeitorias como as que imputou a Graça Moura: almoços pagos indevidamente, cartões de crédito ao dispor, carros usados a eito por quem pode, etc etc etc.
É o que digo: cadê os outros? Cadê, como dizia o cómico brasileiro?

Questuber! Mais um escândalo!