A deputada Mortágua é entrevistada hoje pelo Jornal de Notícias do "amigo" Camões. E que diz? Duas coisas a destacar.
Uma é que está muito "orgulhosa" de ter promovido o saque tributário a quem tem mais. Outra que em relação ao PCP, as divergências são de pormenor porque em 99% dos casos estão de acordo. Bem me parecia...
Ninguém pergunta a esta indivídua nada sobre a sua vida privada, o que não deixa de ser curioso, uma vez que aparentemente toda a gente sabe...mas é tabu. A coisa continua a ser tabu. Enfim.
Sobre Orçamentos de Estado vale a pena ler o que se escrevia na Vida Mundial de 17.1.1969, por ocasião do primeiro Orçamento após a chegada de Marcello Caetano ao poder.
Vale a pena porque mostra o modo como se discutia publicamente o assunto, após uma primeira apresentação de razões pelo então presidente do Conselho, na televisão, em "conversa em família".
"Não se deve gastar mais que o estabelecido, salvo se a certa altura do ano for apurado com segurança haver maior receita do que se tinha orçado".
O equilíbrio orçamental em estado perfeito. Será que passou completamente de moda tal filosofia? Parece que sim e temos 3 bancarrotas no currículo nacional, nos últimos 40 anos. Quantos países da Europa se podem gabar de tal feito inédito?
Com relevo e tirando a Irlanda, mais nenhum outro. Prémio do feito? Todo para a Esquerda nacional das mortáguas e outros piratas.
Mais: andamos ainda a enaltecer eleitoralmente quem nos garantiu tal feito digno do Guiness e parece que se houvesse eleições os mesmos tinham a vitória no papo.
Que se passa connosco, afinal? Perda de memória? Desinteresse pelo passado? Confusão mental com o presente?
Ninguém parece ligar ao "comunismo" e seus rebentos ideológicos, como causa natural e implacável de tais efeitos e apostam em repetir os mesmos erros, sempre com base em ideias fantásticas de que o tempo é outro e o que lá vai, lá vai.
Incrível!
No mesmo número da revista um artigo sobre Cuba que mostra o modo como era encarado o problema da "revolução cubana". Nada de comunismo, nada de repressão, de censura, de limitação de liberdades. Só batalhas de produção, só sucessos económicos e anúncios de coisas grátis para todos, como a água, electricidade e telefone. E dentro de pouco tempo até os transportes e a habitação. A escolaridade efectiva "era total" e as bolsas de estudo faraminosas. A contrapartide de sacrifícios, se os houvesse, estaria na "política social extremamente avançada".
Ou seja, o paraíso na terra...
Como é que depois disto iriam os jornalistas e intelectuais da treta acreditar na realidade dos países socialistas, pintada por alguns atrevidos nos países ocidentais ?
A Leste e em Cuba era tudo cor-de-rosa e quem dissesse o contrário era da CIA. Foi assim, logo em 1974 e isto ajuda a explicar o que se passou no PREC.
A Mortágua e os piratas que lhe deram origem são fruto desta escola.