domingo, junho 03, 2018

Do Zeppelin ao metal uivante da banda desenhada

Na mesma altura em que ouvia Led Zeppelin e outros ( por exemplo Rory Gallagher e o disco ao vivo Irish Tour´74)  por esta altura do ano, em 1975, principalmente no programa de rádio Página Um, também descobri outra coisa que me marcou  o gosto, para sempre.
No mesmo número da Rock&Folk que trazia a recensão crítica ao disco dos Zeppelin, também aparecia este anúncio:


Este anúncio em Fevereiro de 1975 de uma nova revista de banda desenhada francesa, com os nomes indicados, particularmente Moebius, foi uma lufada de ar fresco e uma novidade completa.
O nome Moebius, como desenhador, já o conhecia de outras imagens mais antigas e sabia que era um heterónomo de Jean Giraud, aliás Gir que eu apreciava como desenhador da série Blueberry, publicada no Tintin português ( que nesse ano já tinha deixado de comprar) e originalmente da revista francesa Pilote.

Em Fevereiro de 1974 apareceu pela primeira vez nas montras da livraria Bertrand este número da revista Pilote, francesa e de cuja existência sabia por via do Tintin. Era aí que se publicava originalmente o Astérix e o Lucky Luke e muitas outras séries  que o Tintin português publicava desde 1 de Junho de 1968 a que se juntavam outras originalmente publicadas no Tintin belga, cuja publicação semanal, pelas edições du Lombard, já vinha de Setembro de 1946.

A surpresa de ver tal revista levou-me a esportular os 27$50,  mais caro que o Tintin belga, que então custava  15$00. Aliás, por pouco tempo: depois do 25 de Abril passou logo para 22$50 e daí a subir, sempre.


A revista nesse número foi uma pequena frustração. Nada de Moebius ou de autores consagrados que conhecia do Tintin, vindos dessa revista. Ainda por cima, o tema, sobre as lixeiras, era tudo menos estimulante. Escapava esta página de um ilustrador, Gourmelin:


Número seguinte, de 7.3.1974: mesma coisa, um número que deixava algo a desejar embora tivesse esta imagem de Druillet que afinal me fez comprar a revista e dar mais 27$00.


Druillet, já tinha ouvido falar. Em Dezembro de 1971 a revista brasileira Realidade publicou um pequeno ensaio sobre os "quadrinhos". Foi aí também que vi as primeiras imagens a cores de Corto Maltese, de Hugo Pratt, na história sobre um "Rendez-vous à Bahia".

Nessa altura Druillet já era conhecido por Lone Sloane.


Assim dei mais uma oportunidade ao número seguinte da Pilote, de 14.3.1974, o qual versava a ficção científica. E...bingo, com estas imagens, assinadas Gir e sumariadas como sendo de Giraud.


Além disso trazia quatro páginas de um autor desconhecido: Bilal que copiava o estilo tracejado de Giraud que eventualmente o foi buscar a artistas como este: o flamengo Rembrandt, nesta ilustração tirada de uma edição especial da revista Dossiers de l´art de 1999.



Confiado na surpresa comprei o número seguinte, de 21.3.1974. Nada mais de Moebius, mas um bónus: uma caricatura em dupla página de Georges Brassens, desenhada por Morchoisne. A este já o conhecia, também da Realidade brasileira, de  Junho de 1973, que consagrou um artigo profusamente ilustrado sobre os novos caricaturistas franceses, Mulatier, Ricor e Morchoisne. Esta é uma célebre caricatura deste último. Aquele brilho no branco dos olhos de Brigitte Bardot cativou-me a atenção:


Continuei de frustração em frustração até ao número 753 de 11.4.1974 quando desisti de dar os 27$50. As temáticas tinham pouco interesse e os desenhos eram de qualidade inferior ao desejado.

E de resto adveio o 25 de Abril de 1974 e o interesse voltou-se para outros assuntos, de jornais e revistas já por aqui explanados.

Em Junho de 1974 fui a Lisboa e descobri na Bertrand do Chiado, coisa de que sempre me lembro quando lá passo, um álbum de recolha das revistas Pilote do ano anterior, com o nº 65.

Ainda guardo a factura da compra, escrita, se calhar, pelo empregado sabedor que lá havia, no sector das revistas, de aspecto um pouco desconjuntado e voz nasalada:


  Ao folhear o número de 11.1.1973, deparo com isto: a primeira historieta de Moebius, ainda assinada como Gir:


Na revista, havia sete páginas como estas de uma pequena história completa e mirabolante.


 Antes desta pequena história tinham aparecido aqui e ali pequenos desenhos que deixavam adivinhar a evolução do artista. Como estes, de 1972 e 1973:




 Para além disso havia esta que não conhecia, de um desenhador chamado Tardi e que fiquei logo agarrado à beleza criativa:

E também trazia Fred que ainda não tinha visto:
 
De repente acabou a frustração e a leitura dos dez números deu até Agosto desse ano, em que comprei outro álbum de recolha, o seguinte que abrangia o período de 22.3.1973 a 24.5.1973 e que trazia outra série de maravilhas gráficas, como esta que se começou a publicar no número de 5.4.1973: seis páginas de uma nova história, que ainda não conhecia, da série Blueberry e assinada por  Gir.


 Entretanto, como numa verdadeira máquina do tempo, enquanto eu lia números saídos no ano anterior, em Junho de 1974 a revista Pilote alterou o formato e passou a mensal. Quando este número apareceu afixado no escaparate da Bertrand soube logo que tinha do o comprar, apesar do preço ( 45$00).


 A nova fórmula trazia o anúncio do futuro, que iria surgir no início do ano seguinte, assim: Moebius em toda a dimensão.


La boucle était bouclée.

Apesar disso, em Abril de 1975 ao ler o álbum de recolha da Pilote, nº 70, deparei com estas imagens, na revista de 7.2.1974,anterior àquele que vira pela primeira vez na montra da Bertrand e me levou a comprar a revista. 
É uma das melhores histórias de Moebius: O homem é bom?  A resposta, no fim das dez páginas de quadradinhos, mostra uma alimária a cuspir a orelha arrancada ao astronauta e a afastar-se. Não prestava...


 Em Abril de 75, a Rock&Folk avisava assim e eu estava atento. Mas a revista anunciada não aparecia por cá. Só no Verão de 1976 lhe pus a vista em cima pela primeira vez e vinda de França. Por cá nunca a vi à venda. A frustração continuava...


E isto é outra história que evidentemente continua na próxima publicação sobre o aparecimento do Metal Uivante  que me fascinou desde o primeiro número saído no primeiro trimestre de 1975.

34 comentários:

Floribundus disse...

nos anos de 50 a 2000 exclusivé trabalhei enter 14 a 15 horas/dia

nunca passei mais de 5h na cama, só de me lembrar que nelas morreram os antepassados

nem sempre almocei sentado

tive algum contacto com as subculturas continentais, mas não o suficiente para me interessar pela música e BD

sempre através de meu filho

hoje detesto o passado que fui obrigado a viver porque desapareceram as personalidades com as quais convivi

hoje é so egoísmo, hipocrisia, prepotência, arrogância ...
há quem faça o favor de me ignorar
apetecia-me dizer umas 'ejaculatórias' alentejanas

além do José e da Zazie, aparecem por aqui, pessoas que me recordam Alguns Desaparecidos

joserui disse...

Vários comentários… primeiro, 22$50 depois do 25A é barato! A revolução também se faz destes pequenos detalhes, um luxo como a banda desenhada está bom para burgueses. O trabalhador, depois das bancarrotas, não tem dinheiro para isso e assim é que está correcto.
Felizmente, ainda se pode publicar uma caricatura da Brigitte Bardot (mulher adorável para mim)… se fosse no Facebook era denunciado e eventualmente banido!
Rembrandt? Aos ombros de gigantes José. Aos ombros de gigantes!
E por falar em gigantes… Moebius, de facto. Mas, perturbadoramente, tenho de lhe dizer que muito do que desenhava é com a minha fundada desconfiança que seria sob influência de substâncias, quem sabe, até de cultivo e receita própria!
E agora que falo nisso, a música que o José ouve é toda resultado de várias plantas… uma questão mais de botânica que do conservatório. Acho eu. E alguns, são degenerados e não é pouco… não foi aqui que vi um video de woodstock com um desses degenerados em actividades sexuais com uma ovelha? Jesus. Nem sei como o Mundo chegou a 2018.

joserui disse...

Estive meia hora a verificar, vias, ônibus e carros, mas não desisti.
Uma vez estive numa festa com o Moebius. Uma festa com uma banda ao vivo que pelo que me tenho apercebido, faria fugir para as colinas virtualmente todos os visitantes deste blogue e o José também ia. Mas não o genial Gir… o homem estava num estado difícil de explicar, ainda mais de descrever e ao qual só se chega com alguma perseverança. Em frente a uma das colunas, juro que o via levantar do chão só com a deslocação do ar da bateria… Depois disso, aposto que foi para o estirador e saiu mais uma genialidade qualquer. Em que ano foi isto… deixa cá ver… 1989 acho eu. Deve ter feito alguma coisa boa nesse ano.

joserui disse...

Floribundus, peço imensa desculpa por não o ignorar desta vez… relativamente ao que diz, pode ser que lhe interessem alguns dos livros de Zygmunt Bauman que morreu o ano passado e observou umas coisas interessantes desta bela sociedade em que temos todos a infelicidade de viver. Se já conhece, peço imensa desculpa!

josé disse...

O que tem de especial este tipo de música e também de temáticas artísticas em desenho é que não preciso de experimentar o que os autores experimentaram para apreciar a beleza estética ou no caso auditiva, através dos sons das notas e mistura gravada.

Há muito mais para além das plantas que inspiraram Moebius ou Jodorowski, outro degenerado, felizmente ainda vivo, mas que consegue dar um vislumbre de outras realidades que se tornam interessantes.

A ideia desenhada de Deus, por Moebius, é um achado no Incal cujo argumento é de Jodorowski, um judeu, naturalmente. E a primeira prancha de The Long Tomorrow que começa na Métal Hurlant nº 7 é igualmente um achado que depois vi transcrito em cinema, no 5º Elemento, de Besson.

É um achado porque mostra um tipo em queda livre no vazio entre prédios e estruras urbanas de uma grande cidade imaginada num futuro improvável. Os carros voam, incluindo os taxistas ( cuja função anacrónica não se compreende, mas aceita de um ponto de vista poético, tal como as figuras de detectives repescadas do universo de Raymond Chandler).

Enfim, a revista intitulava-se "La Machine a rêver" e era isso mesmo: uma fantasia muito agradável e que ampliava os sentidos. Se calhar era esse o efeito que os artistas pretendiam com as tais plantas.

Para mim, o efeito vinha da obra produzida por eles.

Com um bónus que foi sempre o que exigi a estes artistas: o virtuosismo gráfico.

josé disse...

Essa caricatura da Bardot, por Morchoisne foi depois publicada na capa da revistinha L´Écho des savannes, em 1974 ou por aí. Tenho-a em casa e a reprodução gráfica é inferior à do papel lustroso da Realidade.

É feita a lápís de cor, com um toque de pastel eventualmente. No mesmo estilo o artista tem uma de Isabel II que foi publicada na capa da Pilote.

josé disse...

Por outro lado, estas imagens que coloco aqui não as vejo em lado nenhum, quando procuro estes temas. Mas vejo outras, sobre banda desenhada que me agradam. Mesmo sobre Giraud.

Ao buscar uma referência antiga que tinha visto e não tinha anotado onde, sobre as influências de Moebius, dei com o sítio esquecido, num instante e num forum sobre o artista.

É disto que me agrada ver na Internet: descobrir o que julgava perdido e principalmente o que ainda nem tinha visto.

Floribundus disse...

abro uma excepção para responder a Josérui
estamos mais próximos do que possa pensar. map tenho nada contra ninguém, sou apenas um cão sem coleira
a minha ignorância é muito grande
desconhecia Zygmunt Bauman. encontrei sociedade para consumo e vou ler

trabalhei para gringos no sector de pesquisa de mercado de com sumo
actual costismo ou 'gastar à tripa forra'
porque 'é fácil dar peidos com o cu dos outros'

o mercado consumiu o artigo 'mademoiselle bardot' durante 10 anos devido à promoção de 'pontos fortes'

vivo no rectângulo dos marretas onde diariamente aparece 'miss piggy'

josé disse...

A Bardot era um joli brin de fille. Décadas depois teve uma sósia: Claudia Schifer. Outro joli brin.

antónio disse...

para quem gosta de BD como eu que a devoro.

http://howtoarsenio.blogspot.com/2008/09/indice-franco-belga.html

josé disse...

Melhor, a meu ver, é este, em francês genuíno:

bd oubliées

josé disse...

Não lhe pegou mas o site tem esse nome.

bdoubliees

Ricciardi disse...

O meu (saudoso) pai era uma pessoa muito tradicionalista. Respeitava o passado mas vivia o presente como ninguém.

A minha irmã também é tradicionalista, contudo, vive o passado como se nele estivesse encerrada. Nada existe melhor hoje do que aquilo que existia antes.

Este preâmbulo vem à tona para a diferença entre pessoas.

Lembro me bem da minha irmã fazer proposta para ficar com todo o mobiliário antigo da família. Ninguém se opôs. Tudo aquilo era a cara dela. Apreciava exclusivamente tudo o que foi produzido na altura dos meus bisavós e avos. Dizia que o bisavô tinha bom gosto, um gosto por coisas antigas.

Os elogios ao meu bisavô foram interrompidos pelo meu pai. Recordo bem as palavras dele. Ele disse para todos que o nosso bisavô era pessoa modernissima. Apreciava aquilo que então se produzia e deslocava se ao estrangeiro amiúde para adquirir peças avangard.

A minha irmã caiu para o lado. Afinal, o bisavô tão apreciado, tão tradicionalista, era um ser progressista. Muito à frente da sua época. O restauro da capela e da biblioteca tem elementos progressitas impactantes.

O meu pai herdou esses genes. Apreciar as épocas antigas, conservar aquilo que é bom, sem nunca deixar de ter contacto com a modernidade.

Os passadistas, como a minha irmã, não conseguem evoluir. Estão mentalmente amorfos. Desistiram de procurar. Aquilo que sobejava na adolescência está agora profundamente ausente.

Na musica é cousa semelhante. Se os filhos dos passadistas lhes falam duma nova banda boa, desconhecem. Nem querem conhecer. Estão mortos para a novidade. Com um pé na cova daquele espirito humano que deve acompanhar os tempos.

Nunca a humanidade produziu pessoas tão talentosas como nos dias de hoje. É espantosa a qualidade musical que humanidade produz nos dias que correm. Deve ser por causa da educação, acesso à informação etc.

E o que é preciso fazer para continuar vivo?

Antes de mais, não se agarrar em demasia a períodos anteriores a 50 anos. Usar esses períodos gloriosos para, com eles, produzir melhor. Não.menos importante é estar disponível para absorver aquilo que se produz actualmente.

Andar com um retrovisor na tola não ajuda neste desiderato.
.
Rb

Ricciardi disse...

Diálogo à hora de almoço

- oh filha [21 anos]conheces os Led Zappelin?
- quem?
- uma banda muito afamada com músicos na casa dos setenta anos.
- Não.
- o que conheces tu de bandas rock desses tempos?
- Conheço os Pink Floyd , os Queen, os acdc, iron maiden... Janis Joplin, doors... Rolling Stones...
- e Led Zappelin nada?
- nada.
- e a música stairway to heaven?
- É desses pai?
- É. Incrível. Não parece nada deles, mas acabou por ser legalmente deles.
- como assim?
- foram acusados de plagio. Até perderam na 1a instancia. Depois parece que rolou muita massa e acabaram por ganhar a acção.
- É parecida a versão do plagiado com a deles?
- É total. Tipo um sonho de menino do nosso Toni.
- estou aqui a ver no youtube, pai, as musicas deles e...
- olha que os moços são talentosos.
- e... Acho a musicalidade horrível. Aritmada.
- tens de enquadrar essas musicas no tempo. Aquilo eram muitas anfetaminas que produziram um tipo de rock psicadélico. Um movimento marado daqueles tempos. Progressista, mas demente.
- é, mas não gosto de nenhuma, excepto a tal dita plagiada. Realmente essa musica não tem nada a ver com as outras, sai fora do estilo.
- São considerados uma referencia musical da época e símbolo do rock mais roqueiro.
- então os teus Pink Floyd não são os maiores, oh pai?
- Os Pink Floyd não são músicos. São artistas. Produzem obras primas, arte enfim. Não fizeram duas ou três musicas boas como os led. Produziram dezenas de peças musicais que se encaixam umas nas outras como as óperas. Contam histórias, porque a letra conta numa musica, e conta muito.

Rb

joserui disse...

Já tinha contado a história do Moebius? Agora estou com a sensação que sim… realmente o segredo de ser chato é contar tudo! Fui ver o que o Moebius fez em 1989, Escale sur Pharagonescia e o Silver Surfer, julgo que foi a primeira incursão nos EUA.
A Brigitte Bardot é adorável… a Claudia é derivativa, também a acho muito bonita, entende-se o sucesso acho eu.
Nunca experimentei substâncias… e numa determinada época tive acesso a tudo, que era consumido livremente à minha volta. Nem o tabaco alguma vez suportei, embora daqui a 10 anos gostasse de começar a fumar cachimbo :) (deve ser influência do Mortimer). Mas se recuasse uns 20 anos, era capaz de meter uns cogumelos ou umas gotas de ácido para ver o que acontecia… hoje tenho medo do que poderia ver. Desconfio que seria coisa de que nunca recuperaria. Passaria os meus últimos dias numa sala almofadada, o que em bom rigor, ainda assim, não está completamente fora de hipótese.

joserui disse...

Ò Rb, vou-lhe confessar uma coisa: Já há meses que não leio um único comentário seu, realmente é uma coisa possível e que resulta. Mas não se engane muito — continuo a ser a favor do seu julgamento sumário (já o fiz) e consequente expulsão perpétua. Porque de facto, os seus crimes são demasiado graves. Olho da rua. Dito isto, admiro a sua qualidade de autêntica lapa.
Mas, influenciado pelo Floribundus e todo este bom ambiente, e sendo isto uma espécie de intervalo, vou comentar os seus comentários.
Os Led Zeppelin ganharam essa história do plágio. Mas a Rolling Stone publicou um artigo dos 10 maiores gamanços dos Led Zeppelin… José, copião que copia copião, tem 100 anos de perdão! Além que não admiti que as bandas que ouço tenham copiado :) .

Ricciardi disse...

Claramente copiada a musica. Nem é preciso ir a julgamento. Provas indiretas são suficientes. É uma musica desconexa com toda a obra dos Led.

Temos pena. Mas tocam-na bem. Como o Toni canta o sonho de menino. Às vezes as imitações saem melhor.

Agora, vejamos oh joserui, vc não se.engane a si próprio. Vc não resiste. Vc tem que ler os meus comentários. Julgo até que lhe daria uma qualquer coisinha má se resistisse a ler.

Quem não gosta dum ponto de.luz na escuridão?

Rb

joserui disse...

Que dizer do outro comentário? Que temos uma sorte bestial de o ter como comentador… porque até já definiu o tempo certo para o passado. Serão realmente 50 anos? Não serão, sei lá vou dizer à sorte, 44?
Uma das angústias do presente é termos acesso a tanta coisa boa do passado, sem dúvida em forma de livro e letra impressa, mas também registado em som e imagem. Coisas extraordinárias!
A sua irmã deve mesmo ter caído para o lado. Não nasceu como você, viu-se ali na sala por acaso e foi nesse dia que ouviu falar pela primeira vez no avô e bisavô. Ela deve ter caído para o lado foi quando o Rb lhe disse que no quarto dos brinquedos era só plástico chinês.
Quem é que pode ser mentalmente amorfo com 500 anos de música clássica à disposição, os grandes clássicos da literatura e mobília que dura para sempre? A sua irmã já lhe deu várias voltas de adianto. Quando eu via Fórmula 1, a meio da corrida os Williams começavam a ultrapassar os atrasados, mas o Rb naturalmente devia pensar que eram os Osella que iam à frente.

joserui disse...

Não leio puto. Não diga asneiras! Li este porque o Floribundus me amoleceu e a banda desenhada une as pessoas! Os seus comentários sucks!

Ricciardi disse...

É assim a vida.

Ele há quem viva o presente preso ao passado. Tambem há quem viva o presente atemorizado pelo futuro.

Joserui vc não me dá pica. Não tenho prazer em falar consigo, embora pudesse tolerar se fosse pessoa polida. Um tipo para discorrer com alguém tem que pressentir alguma agilidade mental.

Mas por exemplo o Muja. É um passadista. Dão se bem os passadista neste blogue. Foi a Moçambique e visitou Maputo?

Não. Foi a Moçambique e pretendeu visitar Lourenço Marques que não existe, senao na cabicita do saudosista mujinha.

Rb


Ricciardi disse...

Em suma, peço lhe encarecidamente para não respnder ao.meus comentários. A serio. Leia à vontade mas, epa, resista em entrar em dialogo sff. Não tenho pachorra para este tipo de arrufinhos.

Já agora, só mesmo para terminar, o facto de ser leitor assíduo de banda desenhada pode explicar o seu encarceramento ao passado.

Se passar umas semanas sem ler o patinhas e o pato Donald vai entender bem o que lhe digo.

.
Rb

joserui disse...

Ò Rb, se você não fosse uma tentativa de psicólogo inverso versado na arte de ser lapa, eu daqui para a frente passava a ler e respondia-lhe a cada palavrinha. Mas disso está livre.
Quanto a Patinhas e Pato Donald, só leio Carl Barks, Van Horn e Don Rosa, por esta ordem. Nem todos podemos ter um quarto de brinquedos com as paredes forradas a modernidade, como um restaurante chinês. Parece talha dourada, mas é tudo plástico industrial. Dos seus comentários já eu tinha tratado há muito tempo, mas tenho de respeitar a educação do José e o facto de este ser o único blogue com política que visito e comento. E aprendo e gosto. A sua militância dá algum realismo à coisa, mas não interessa para nada.

Ricciardi disse...

Óptimo.

Floribundus disse...

Sapo

O antigo embaixador dos Estados Unidos em Portugal (1975-1978) e ex-secretário da Defesa Frank Carlucci morreu no domingo na sua casa em McLean, no Estado da Virginia, aos 87 anos, noticiaram hoje os ‘media’ norte-americanos.

ia com frequência à avenida do quilólé
numa das vezes assisti à cena
passam por mim vários carrões a grande velocidade, abrandam de repente em frente da embaixada, abriu-se a porta de trás do lado direito de um deles, saiu um Senhor bem vestido de pasta na mão e entrou pela porta aberta

diz-se que com o auxílio do Patriarca organizaram o episódio Fonte Luminosa

não tenho gravata preta para colocar,
mas faço-o sinbolicamente

Ricciardi disse...

A musica highway to heavean se fosse surripiada pelos Eagles ninguém notava. Estava na mesma linha musical.

Porém, tendo sido (provavelmente) alucuplada pelos Led, ninguém, com sentido musical, pode deixar de achar estranho que aquela banda produzisse um tema daqueles, completamente fora daquilo que os Led produziam.

Rb

Ricciardi disse...

Stairway e Highway são a mesma coisa para o teclado automático do google.

Ricciardi disse...

https://youtu.be/ye7hCIWwhGE

Neste link está a versão da banda original que produziu a musica stairway to heaven.

É uma copia perfeita. Melhor é impossível.

Hip hip hip

Rb

Ricciardi disse...

"Quanto a Patinhas e Pato Donald, só leio Carl Barks, Van Horn e Don Rosa"

Epá, a minha cultura de banda desenhada não deve estar bem. Vê lá, oh joserui, que eu tinha a ideia de que o criador do tio patinhas e do pato Donald era o.... CARL BARKS. Aquele que tu não lês...

Rb

Ricciardi disse...

Há cinco premissas cruciais da ideia de progresso por comparação com o passadismo:

-o valor do passado é importante para os progressitas e pedra de toque.
-excelência da civilização ocidental; -valor do crescimento econômico e tecnológico;
-fé na razão e no conhecimento científico e acadêmico obtido através da razão;
-importância intrínseca e valor da vida na Terra.

Os passadistas não saem do primeiro ponto e confinam o último à crenças varias e tribais.

Não há evolução com eles. Tudo se confina aquilo que existiu. São muito diferentes dos conservadores que, apenas se distinguem dos progressistas em pequenos nadas que tem a ver com a manutenção dalguns costumes e tradições sem enjeitar a evolução.

Os passadistas, os saudosistas, bem como os sebastianistas são termos que significam o mesmo. O imobilismo, a acomodação, o desprezo pela iniciativa, inovação etc.

Rb

Ricciardi disse...

Um passadista ouve as mesmas musicas eternidade afora. O progressista ouve as antigas e aperfeiçoa-as, tenta novas musicalidades, descobre novos caminhos.

Há almas que romperam com o passadismo imobilizante e do exemplo deles evoluímos. Em várias ares, desde logo na pintura. Picasso foi um reformista progressista. Sem ele continuávamos no renoir a pintar lindas e verdejantes paisagens.

Rb

antónio disse...

fui ver o site, para a minha forma de procurar bd não é simpático,,, mas vou coloca-lo na barra e vai servir.... :)

joserui disse...

Entretanto José não sei se viu, faleceu William Vance. Era um dos meus preferidos de um mundo a desaparecer.

josé disse...

Vance....esqueci-me. Mas vou remediar. Já tenho material, desde 1972.

Pedro disse...

AHAHAHAH

Acontece o José ter excelente gosto para a cultura popular actual e alguns dos seus correligionários já estão a sacar das mocas desconfiados que seja cripto-comuna!

É bem feito por defender uma ideologia de trogloditas conservadores.

Então não sabe que a única cultura que reconhecem é a cultura de couves?

Os seus camaradas conservadores vivem no ambiente mental de uma aldeia de trás-dos-montes do Séc.XVI.

Para os seus kameraden, rock e bd são coisas de comunistagem drogada e paneleira.

Muito me rio.

A obscenidade do jornalismo televisivo