O exame final do ensino básico, no 9º ano, em Matemática, foi fácil, mesmo elementar, como defende a Sociedade Portuguesa de Matemática, no Público de hoje? Ou foi adequado e de acordo com as orientações curriculares, como sustenta a Associação de Professores de Matemátrica?
Uma coisa é certa e nesse ponto convergem as duas entidades: o exame não foi difícil. E portanto, a apreciação sobre a facilidade está mais próxima da verdade que o seu contrário subjectivo.
Nuno Crato, presidente da APM, defende no i que "Como em todas as áreas do conhecimento, não bastam à matemática conhecimentos superficiais e elementares. É necessária uma exigência e destreza de cálculo, é necessário o domínio de conceitos complexos, é imprescindível uma disciplina de trabalho continuado, pautada por metas exigentes. Enganamo-nos se pensamos que os estudantes progridem verdadeiramente se não defrontarem conceitos difíceis e cálculos trabalhosos."
Este governo e o ministério da Educação em particular, não tem em devida conta esta noção. Tem apenas em conta as estatísticas favoráveis para apresentar nos fora internacionais e propagandear sucessos ilusórios.
É essa a única razão do facilitismo no ensino e é por isso que pagaremos caro, no futuro, como andamos a pagar há décadas.
O poder não quer fazer contas que não sejam de cabeça e intuitivas para a sua manutenção no poleiro.
Aqui, no átomo e meio, as contas são outras.