Ontem foi notícia o aumento de vagas no ensino superior para o ano que vem. Para o curso de Medicina, mais três vagas, ficando em 1660 no total e 1516 regulares.
Para o curso de Direito, há 1230 vagas, tendo aumentado desde 2008, ano em que eram 1190.
O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, vociferou imediatamente que era uma "fraude": «O conselho que deixo aos jovens é que fujam dos cursos de Direito, procurem outros cursos, ou então vão continuar muitos anos depois de licenciados a viver à custa dos pais» .
Logo de seguida foi ouvido nas tv´s o ministro do ensino superior, Mariano Gago. Para o governante há ainda poucos licenciados em Portugal. Diz que há um milhão e que são metade do número que deveria existir. Daí que defenda o aumento cego das vagas e frequência do ensino superior. E por isso não está de acordo com Marinho e Pinto e até acha que os licenciados em Direito têm emprego em diversos sectores para além da magistratura e da advocacia.
Quanto aos médicos, o mesmo ministro acha que há falta deles e por isso o aumento de vagas justifica-se. Os médicos acham o contrário e que o número de vagas aberto é demasiado elevado.
Este problema, relacionado com saídas profissionais de licenciados, é grave e o sentimento geral é o de que os licenciados em geral, não têm actualmente a mesma facilidade de emprego que tinham há vinte anos atrás.
A questão de fundo, por isso, tem a ver com a percepção que os governantes têm da adequação das vagas no ensino superior aferido às necessidades do país.
Haverá justa adequação quanto aos médicos e aos advogados?
Quem saberá dizer melhor? Os bastonários estão contra o aumento do número de vagas, com base em conhecimentos empíricos, mas fundados numa experiência prática que o ministro não tem. Este, sustenta o aumento, com base em critérios de racionalidade teórica e estatística comparada e ideias com alguns anos, anteriores até à "paixão pela Educação".
Tanto um como o outro não citam elementos objectivos, fiáveis, com um mínimo de segurança argumentativa e que convença o cidadão da razão que lhes assiste. Limitam-se a palpitar sobre o assunto, segundo razões que não apresentam concretamente, para além dos chavões da praxe.
Isto é sustentável? Se alguma instituição no país devia dedicar alguma tempo de estudo, para estes fenómenos, seria o ISCTE: o instituto superior das ciências do trabalho e empresas.
Faz esse trabalho? Não. Faz outros. Que interessam a ninguém.
Para o curso de Direito, há 1230 vagas, tendo aumentado desde 2008, ano em que eram 1190.
O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, vociferou imediatamente que era uma "fraude": «O conselho que deixo aos jovens é que fujam dos cursos de Direito, procurem outros cursos, ou então vão continuar muitos anos depois de licenciados a viver à custa dos pais» .
Logo de seguida foi ouvido nas tv´s o ministro do ensino superior, Mariano Gago. Para o governante há ainda poucos licenciados em Portugal. Diz que há um milhão e que são metade do número que deveria existir. Daí que defenda o aumento cego das vagas e frequência do ensino superior. E por isso não está de acordo com Marinho e Pinto e até acha que os licenciados em Direito têm emprego em diversos sectores para além da magistratura e da advocacia.
Quanto aos médicos, o mesmo ministro acha que há falta deles e por isso o aumento de vagas justifica-se. Os médicos acham o contrário e que o número de vagas aberto é demasiado elevado.
Este problema, relacionado com saídas profissionais de licenciados, é grave e o sentimento geral é o de que os licenciados em geral, não têm actualmente a mesma facilidade de emprego que tinham há vinte anos atrás.
A questão de fundo, por isso, tem a ver com a percepção que os governantes têm da adequação das vagas no ensino superior aferido às necessidades do país.
Haverá justa adequação quanto aos médicos e aos advogados?
Quem saberá dizer melhor? Os bastonários estão contra o aumento do número de vagas, com base em conhecimentos empíricos, mas fundados numa experiência prática que o ministro não tem. Este, sustenta o aumento, com base em critérios de racionalidade teórica e estatística comparada e ideias com alguns anos, anteriores até à "paixão pela Educação".
Tanto um como o outro não citam elementos objectivos, fiáveis, com um mínimo de segurança argumentativa e que convença o cidadão da razão que lhes assiste. Limitam-se a palpitar sobre o assunto, segundo razões que não apresentam concretamente, para além dos chavões da praxe.
Isto é sustentável? Se alguma instituição no país devia dedicar alguma tempo de estudo, para estes fenómenos, seria o ISCTE: o instituto superior das ciências do trabalho e empresas.
Faz esse trabalho? Não. Faz outros. Que interessam a ninguém.