domingo, agosto 08, 2010

E vai mais um

Repare-se neste naco de prosa de um dito jurista, que já foi advogado e cujos dislates em crónica semanal no Expresso são de caixão à cova:

"O PGR Pinto Monteiro teve a coragem de dizer aquilo que muito poucos, raríssimos, se atreveram a dizer antes: que esta estrutura do MP, em que cada procurador é independente e não prestas contas a ninguém e em que o PGR faz figura de rainha de Inglaterra não funciona nem faz justiça".

Repare-se no que Pinto Monteiro disse ao mesmo Expresso, sobre este mesmo assunto:

Um MP verdadeiramente autónomo é, externamente, independente do Governo, dos partidos e grupos de pressão e, internamente, um MP com magistrados capazes de decidir por si o caso concreto, sem influências, medos ou pressões e que assumam a responsabilidade daquilo que fazem."

Esta concepção do MP tem absolutamente nada a ver com aquela caracterização do MP que só um ignorante crasso da matéria e quem nem sequer sabe ler ou ouvir o que diz o PGR, se permite escrever em crónica de um jornal dito respeitável e de referência. Já nem se espera que perceba o assunto sobre que escreve, mas que ao menos saiba ler o que dizem os outros que cita e que nada tem a ver com aquela interpretação estapafúrdia, serôdia, do tempo do Estado Novo também. Será isso que também quer?

A idiotice do escrito é de tal modo avassaladora que quem assim escreve devia meter por uma vez a viola no saco da escrita de croniqueta e escrever mais "romances".

O seu autor chama-se Miguel Sousa Tavares e escreve no Expresso, sobre tudo. E todos.



3 comentários:

Mani Pulite disse...

É MAIS UM BEIRÃO TONTO...À MODA DO PORTO.

cmo disse...

MST não sabe mesmo de nada daquilo sobre que escreve...
http://educar.wordpress.com/2010/08/07/bullying-cronistico/#comments

Ruvasa disse...

E, sobretudo, mal...

O Público activista e relapso