Barack Obama não desiste da intenção de ir buscar 535 mil milhões de euros às grandes fortunas norte-americanas para ajudar a reduzir uma dívida federal de 12 biliões de euros.
billions, millions e confusions...
Seria melhor ler o que Económico escreve sobre o assunto, já que o economiquês é a sua especialidade:
" Mil milhões ou biliões? Veja a diferença...
A confusão é habitual e voltou esta semana à baila com a apresentação do plano de Obama: afinal, um "billion" americano é o mesmo que um "bilhão" no Brasil e que... "mil milhões" em Portugal. Veja aqui a escala.
Quando o Negócios publicou esta semana a notícia "Fundos para activos tóxicos podem chegar a dois biliões de dólares nos EUA", recebi e-mails de leitores duvidando ou mesmo desmentindo. Afinal, diziam, eram triliões, não biliões! Bastava ler nos jornais americanos que o plano envolvia "up to two trillion"...
Caros leitores, não há erro: tanto as notícias americanas (trillion) como a do Negócio(bilião) estão correctas. É que há duas escalas para números grandes, a chamada escala longa utilizada na maioria dos países europeus; e a curta,usada em países de língua inglesa, incluindo os Estados Unidos, mas também o Brasil.
Segundo o sítio Ciberdúvidas, "a regra de que um bilião é um milhão de milhões para Portugal foi estabelecida pela norma portuguesa NP-18, 1960. É também esta a prática em Espanha, Itália, França, Inglaterra, Alemanha, etc." O mesmo sítio esclarece que "só até ao milhão é que a terminologia é a mesma na Europa e nos EUA".Depois, muda, conforme a tabela de cima.
O problema coloca-se sobretudo no mundo financeiro, em que a linguagem (e também a métrica) anglosaxónica é muito usada.
Já agora, há outra diferença: no nosso sistema de numeração, separamos os milhares por espaços, quando nos Estados Unidos é por vírgulas. Cá, a vírgula só serve para separar os números inteiros dos números decimais. Exemplo: "a empresa X facturou 1 200 milhões, uma subida de 12,5%".
Números são números, palavras são... palavras."