O articulista é insuspeito. Francisco Sarsfield Cabral, um autêntico comentador, há muitos anos, aliás, na R.R.:
Portugal precisa de reduzir a despesa pública. O Governo falhou ao não lançar uma verdadeira reforma do Estado logo quando iniciou funções. Agora terá de cortar onde puder e não onde seria mais razoável.
Foi ontem divulgado um manifesto de economistas e outras personalidades sobre este assunto vital. É uma contribuição positiva. Com certeza que a esmagadora maioria da despesa pública é mera transferência de dinheiro, com uma função redistributiva. A “máquina do Estado” não gasta com ela própria mais de 15% do total dessa despesa. Mas, por exemplo, existe um autêntico Estado paralelo, que consome muito dinheiro público de forma pouco transparente e sem utilidade comprovada. Ora, o Governo ainda não abanou sequer esse Estado paralelo, diz o manifesto.
O que se fez quanto às fundações foi curto e com muitos erros. O manifesto aponta 13 000 “estruturas sobrepostas” que vivem, pelo menos em parte, do Orçamento. E depois há inúmeros Observatórios, alguns inúteis. E gente a mais nos gabinetes dos ministros, etc. É urgente emagrecer a sério o Estado paralelo.
A decisão do Tribunal Constitucional pode vir a revelar-se bem mais sensata do que parece... na medida em que alerte para o que ainda não foi feito, por motivos diversos. É exactamente por isso que escritos como este, ( o "este" é este palerma do ISCTE, um antro que já devia ter sido fechado como a Independente, embora por outras razões. Esse este é ainda comentador residente das anas lourenços que a Impresa alimenta pelas razões expostas) de um apaniguado político que deve andar desesperado por emprego com carro e motorista revelam mais do que expõem.