José Pacheco Pereira escreve sobre si mesmo, no Público de hoje e sobre os comentadores mediáticos, como ele mesmo assume. A epígrafe do artigo diz tudo sobre o propósito: " O meu instrumento é a fúria da razão. É que o engano, o medo e a indecência não podem ser tratados com falinhas mansas".
E porque é que isto diz tudo? Porque JPP não detém o exclusivo do tal instrumento da razão e que afinal "o engano, o medo e a indecência" também lhe poderão ser imputados no mesmo título.
JPP paraleliza-se com Marcelo Rebelo de Sousa e a comparação sai-lhe fraca e em seu desfavor. Marcelo, segundo JPP não representa ninguém do povo a quem se dirige porque toma o ofício de comentar como um "efeito de comunicação" por vezes lúdico e intelectual, irónico, maldoso, punitivo. Ou seja e resumindo, Marcelo não se leva muito a sério, ao contrário de JPP que julga encarnar a voz de uma razão representativa e séria.
Está aqui o principal problema de JPP: julga que o que pensa e diz é fruto de uma seriedade intangível mas segura e firme. Inabalável.
É desta massa que se fazem os ditadores iluminados e se já o sabíamos podemos confirmar uma vez mais: JPP é pior do que Marcelo porque tem uma lição a apresentar e não admite que seja falsa.
16 comentários:
Revejo-me no últio parágrafo e tou-me cagando para o segredo do justo JPP
Pode crer.
Mas, o que anima essa tal "fúria" não passam de ventinhos de revanches palacianitas.
Porque, o eterno problema dele é chegar sempre atrasado- tal como o coelho da Alice.
JPP quer ter o palco da "representação". Isso basta-lhe porque não tem capacidade para mais do que observar desse palco os que o querem assaltar.
Se o perde, como aconteceu com o partido de que faz parte, revolta-se contra os que o escorraçaram.
“Se o perde, como aconteceu com o partido de que faz parte, revolta-se contra os que o escorraçaram”.
Esse é o ponto, José. JPP é um homem consumido pelo ressentimento. Nunca perdoará àqueles que dispensaram os serviços “do pensador”. Há tempos observei-o sem som. A linguagem gestual, a tensão dos músculos faciais o movimento dos olhos não precisam de palavras. JPP está doente, nas fímbrias da amargura.
Alguém precisa dizer a JPP que ninguém teme carrancas nem precisa vê-las num programa de TV. E que a maioria dos seus desafectos é imune a esgares.
Vendo bem, o JPP é uma espécie de relvas com pedigree e mais leituras, o que não é difícil. Diz-se homem culto e instruído, historiador e professor universitário. Não é nada disso, roubaram-lhe a tese, escreve mal, com erros de sintaxe, não lê, colecciona, não estuda, é um curioso. Mas o que é mais: não tem pinga de sentido de humor. E confunde isso com 'seriedade'.
Em resumo: é um triste. Também assim penso.
E vai ganhando a vida a replicar essa amargura estéril.
Pois não tem mesmo "pinga de sentido de humor".
É impossível ser inteligente, com esse défice.
Mas é um ditador; tem todas as características disso.
Como não tem poder, faz estas figuras parvas.
Mas este artigo e de se chorar a rir.
O palerma está convencido que já é um clássico- até vem nos manuais escolares e já ia à tv aos 14 anos (pequenos cantores, seria?)
Diz que o José Gomes Ferreira é um sucesso quando "solta a pessoa que há em si".
Se fosse o animal, era pior. Ele solta o palhaço rico.
Mas é incrível como ele redige com os pés.
Está melhor do que aquela vergonha, quando apareceu. Mas não consegue. Nem pontuação, nem gramática. Enrola-se sempre todo.
Eu, foi aquando a segunda invasão do Iraque que me apercebi que ele é um ignorante da pior espécie: a do que está convencido que sabe.
A comparação entre os dois poderia ser esta: um é suficientemente inteligente para não se levar demasiado a sério; o outro, é burro bastante para não se dar conta disso.
ehehehe brilhante, José.
Sempre que vejo este representante do povo lembro-me do que lhe aconteceu há uns anos no Porto:
Já não me lembro a que propósito ele por lá andava em campanha eleitoral mas, se não me engano, enquanto andava pela Câmara havia uma manif anti-Rio por causa da relação deste último com o FCP.
JPP insultou, então, a multidão dos manifestantes, uma repreensão de um intelectual àqueles que, pelos vistos, representa.
Para infelicidade dele (isto da intelectualidade cansa e, por vezes, desliga-se), estava hospedado na ribeira, uma bastião daqueles que representa, e teve de correr para dentro do hotel, para evitar as saudações dos seus representados.
É um triste, em suma, concordo.
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