Expresso:
João Manuel Cabral Tavares demitiu-se do cargo de secretário-geral da Assembleia da República, ao fim de menos de um ano no cargo. "O secretário-geral acordou com a Presidente [da AR] o seu regresso ao lugar de origem por razões particularmente representadas", confirmou ao Expresso fonte oficial do gabinete de Assunção Esteves. A mesma fonte não explicou que razões foram essas, mas esclareceu que não têm "ligação ao orçamento de despesas dos partidos, cuja definição, aliás, entra na competência da lei e não entra na competência do Secretário-Geral".
A saída de Cabral Tavares confirma a tendência para uma grande instabilidade no gabinete da actual presidente da Assembleia da República e em cargos dependentes de Assunção Esteves. Ao longo dos últimos dois anos já muitos colaboradores da presidente do Parlamento se demitiram em divergência com Assunção Esteves - desde assessores de imprensa a adjuntos para as mais diversas funções. As sucessivas demissões, até pelo seu carácter insólito, têm provocado bastante mal-estar nos bastidores parlamentares.
A presidente da Assembleia da República escolheu o procurador-geral adjunto Cabral Tavares para suceder a Adelina Sá Carvalho, que durante muitos anos ocupou o cargo de secretária-geral da AR. Cabral Tavares tomou posse em Junho de 2012. Ana Leal, até agora secretária-geral adjunta, fica transitoriamente como secretária-geral da AR.
Estou em crer que todos os jornalistas, sem excepção, mesmo os cretinos do Expresso, sabem as reais razões para esta debandada das aves de arribação ao cargo muito bem remunerado do Parlamento. Nenhum deles, porém, será capaz de escrever preto no branco as razões concretas que sabem poder ser reais. Nem as insinuam sequer, a não ser em eufemismos elípticos, como "divergências", "razões particulares", "grande instabilidade" ou até mesmo um inopinado "insólito", como se tal qualificativo fosse admissível perante a segunda figura de Estado, sem explicação suplementar...
É este o jornalismo caseiro para quem bacalhau basta para oferecer ao público. Não são capazes de abordar assuntos delicados com sentido de Estado e de jornalismo verdadeiramente informativo e tal fenómeno é recorrente porque se manifesta noutras ocasiões, como por exemplo com o presidente da República.
Por cá, em Portugal ainda estamos no tempo de Miterrand, em França, o qual conseguiu passar um mandato inteiro sem que se soubesse publicamente o que o mesmo não queria ou até supostamente não gostaria. Igualmente, com Pompidou e Giscard.
São resquícios da monarquia e nem o jacobinismo os derruba porque os escolhidos têm sempre a protecção concreta das maçonarias e grupelhos de interesses secretos e democraticamente inadmissíveis.
E queixam-se do secretismo do Estado Novo...
9 comentários:
jornalismo caseiro:
'debruçou-se excessivamente da Ponte D. Luís e caiu ao Douro'
há muito formas de morrer
Os "jornalistas" cá do burgo, se tivessem alguma dignidade, tentavam saber, até onde manda a maçonaria e se subverteu todo o sistema orgÃNICO DO PAÍS. Ninguém sabe quem é quem realmente.
Estranho é numa "democracia/maçonaria" existirem organizações, ditas secretas, um contracenso num tão apregoado "estado" de direito.
Mas issoor "jornalistas" nao perguntam, não dá jeito.
E qual será a razão para a demissão?
Não é isto que afinal interessa?
Por acaso também fiquei sem perceber. Mas eu não ando a par de nada.
Se eles largam um tacho desses, vão poisar onde?
José
Mas tem alguma ideia das razões?
É a Sra. que tem mau feitio? ou é o Lello que não deixa pôr ordem na casa?
Tenho mas faço como os jornalistas: não adianto nada apesar de desconfiar.
Porém, os jornalistas têm o dever de indagar e esclarecer o público.
O mais longe que posso ir é dizer que a senhora nunca deveria ter sido presidente da AR.
É capaz de ser verdade e começo a achar que também já desconfio do motivo...
É ninfomaníaca?
...sinto-me em coito interrompido.
Não é bonito não partilhar informação!
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