domingo, setembro 22, 2013

O projecto global do nacional-terrorismo da excrescência do PRP-BR

Praticamente a partir do 25 de Novembro de 1975 a extrema-esquerda revolucionária encetou uma prática terrorista tendente a recuperar terreno político perdio nessa altura. A ideologia arreigada à violência bombista e aos assassínios em prol do terror como método de implantação da democracia popular manifestou-se nos dez anos seguintes de modo claro e indesmentível. O principal movimento terrorista revolucionário, o PRP-BR, a partir da prisão dos seus principais dirigentes- Isabel do Carmo e Carlos Antunes-, em Junho de 1978,  trasmudou-se e agregou elementos de outros grupelhos   extremistas de esquerda, vindos de outros movimentos dispersos pelo panorama político de então e como excrescência de um monstro terrorista fundaram as FP25.

Em 9 de Janeiro de 1976 o O Jornal relata que o PCP denunciava o aparecimento de um famigerado "Esquadrão Vermelho", pronto a matar "ex-Pides".
Só para entender o ambiente social e político da época, altura em que os Rosas&Pereira viviam, na mesmíssima extrema-esquerda,  a realidade alternativa que lhes permite agora reescrever a História, na última página do mesmo Jornal, aparecia uma notícia relacionada com um funeral...
Isabel do Carmo e Carlos Antunes foram condenados pela prática de crimes relacionados com terrorismo, em penas de prisão. Entre 1978 e 1982 várias "forças vivas" se movimentaram para os livrar de uns bons anos de cadeia, para além dos que lá passaram entretanto, com greves de fome pelo meio. Em 1982, discutia-se a amnistia para esses presos, que os media em geral, de esquerda, considerava quase políticos. Lá veio a amnistia.
Porém, tal não obstou à continuação da actividade criminosa das excrescências da ideia maldita, semeada por aqueles e as FP25 duraram até meados da década de 80.  A imagem que segue mostra os réus do processo- Fernanda Fráguas,  sobrinha de Isabel do Carmo, esta e Carlos Antunes.


 Em 1982, na altura da greve geral de 12 de Fevereiro desse ano preparava-se algo que o ministro da Administração Interna de então, Ângelo Correia, abortou, embora fosse ridicularizado por isso. O Jornal de 19 2 1982 conta como foi e aí se dá o relato das primeiras impressões escritas sobre as FP25.

Em 1984 as FP25 mostraram bem do que eram capazes e o Jornal de 2 3 84 dá notícia, ligando naturalmente as suspeitas porque as FP25 provinham de uma "cisão do PRP". Aqueles réus nunca se deram por achados nestas actividades, mas a entrevista de Altino Oliveira, em 1980 é reveladora e as suspeitas de autoria moral ou de apoio moral, ficaram, apesar das demarcações pontuais dos mesmos acerca destas acções, condenando as acções violentas das FP25.

 Em 1 de Junho de 1984 O Jornal dava conta de um assassínio imputável a estes revolucionários: o assassínio, a tiro, do ex-administrador em empresa Gelmar.

A Polícia Judiciária de então andava no encalço dos terroristas e em 20 de Junho de 1984 deu-se a operação de captura dos principais suspeitos, entre os quais Otelo Saraiva de Carvalho, o "óscar" que sempre jurou a pés juntos e separados que nada tinha a ver com aquilo, apesar dos arrependidos que contaram a história e uns cadernos estupidamente guardados para servirem de prova. Otelo passou por isso uns anos na cadeia.



O Semanário de 1 de Setembro de 1984 dava conta  que na prisão os elementos das FP25 tinham tudo facilitado enquanto não falassem.


Em 19 de Julho de 1985, o Jornal dava o retrato dos suspeitos apanhados na investigação da PJ dirigida pelo MºPº ( Cândida de Almeida com o apoio do marido Maximiano Rodrigues) e a Judiciária de então tinha como director Carlos Picoito que dizia ao Expresso de7 de Julho de 1984...



Ainda assim a hidra terrorista, excrescência daquele PRP-BR prometia acção, como conta o Jornal de 13 12 1985.

E como o prometido é devido, outro assassínio, em 15 de Fevereiro de 1986. Nessa semana foram três os atentados terroristas daqueles facínoras ( não têm outro nome, apesar da condescendência com que os media nacionais sempre os trataram, com destaque para a endocrinologista arrependida das bombas...), como relata o Semanário de 22 2 1986.

O que veio a seguir? Amnistia? Perdão? Nã...melhor que isso e Maria Jose Morgado é quem saberá explicar melhor.

Questuber! Mais um escândalo!