António Barreto deu uma entrevista ao Público que ontem a publicou. Em quatro páginas tenta explicar o que nos aconteceu nas últimas décadas e nesta página fala da política económica dos governos que a definiram.
A voz de António Barrete geralmente respira bom senso, senso comum. Mas é muito pacata e conformada. Em pleno PREC comunista, António Barreto, pelo PS, tentou remediar alguma loucura que foi a reforma agrária e foi vilipendiado por isso nos muros e paredes deste país, por causa da "lei Barreto".
Depois foi escrevendo em jornais e revistas ( Expresso, Grande Reportagem, etc), sempre com o tal módico de senso comum que reconforta o leitor. Mas não é suficiente.
Há situações na vida colectiva que carecem de intervenção mais enérgica do que simples artigos ou crónicas em jornal, ou pelo menos, com ideias bem explícitas e claras, contundentes e consequentes. Até disso António Barreto tem sido capaz e foi-o no tempo mais próximo dos governos no Inenarrável que mandou no país, por conta do PS.
Que adiantou? É uma voz demasiado isolada, não sendo seguida ou ouvida como deveria ser. Ainda assim, pelo menos, há uma.