quarta-feira, setembro 17, 2014

Portugal, dois dias em Setembro de 1940

Aqui ficam algumas imagens de dois números do Primeiro de Janeiro de 1940. O primeiro de 11 de Setembro e o segundo de 14 do mesmo mês. Torna-se interessante verificar como eram dadas as notícias da guerra que alastrava na Europa, com bombardeamentos em diversas cidades e a guerra no mar. Segundo se depreende o jornal não tomava parte por nenhum dos contendores...

Por outro lado, é dada notícia das comemorações na Exposição do Mundo Português e no dia 14 dá-se notícia de um grande congresso sobre " as ciências da população", designação curiosa para o estudo dos fenómenos sociais. Lendo os temas apresentados para debate, torna-se evidente que o assunto da sociologia não é coisa jacobina, exclusivamente. Para ler basta clicar na imagem e aumentar noutra janela.







9 comentários:

Floribundus disse...

tinha feito a 4ª classe e estava de férias no Alentejo em casa de meus avós paternos.

líamos diariamente o DN

íamos tomar banho nos pegos duma ribeira. era a altura das festas nas aldeias. tocava a banda de Tolosa

comecei a interessar-me por marchas. mais tarde ouvíamos antes e durante a bola no estádio do Calhabé

o fascismo era assim. havia claques. integrava 'os ceguinhos' ou o 'vai faltar a água'

não visitei a Exposição porque foi destruída por um ciclone anti-fascista no mês de fevereiro
tive muita pena

o prof da 4ª classe recolheu imenso artesanato dos alunos que pertenceu a Expo

José disse...

Lia o DN? Então amanhã tem aqui o DN desse tempo...

Floribundus disse...

obrigado

à noite ao serão meu avô lia avidamente as notícias
e depois uns fascículos de livros que a Editora Romano Torres entregava 1 ou 2 vezes/mês

sobre a Roménia
na BNP recolhi os textos publicados 2 anos mais tarde por Mircea (ch=tch) Eliade

entreguei-os a um editor que entretanto teve problemas

nunca foram publicados a nível mundial, ao contrário do seu diário e da sua apreciação sobre Salazar

Diogo disse...

A rapaziada internacional que controlava Salazar queria que este demonstrasse uma posição neutra. E assim se fez.

Não se pense que foi uma jogada prudente do ditador português. Este não tinha voz no assunto.

choldra disse...

Ouvindo o sapiente professor doutor Boaventura Santos até parece que a sociologia nasceu em Portugal com ele. Que desventura histórica.

Floribundus disse...

houve sargentada na revolta das ilhas em 1931. alguns ligados à maçonaria de lojas pró-britânica

um deles tinha um café na Praia da Vitória (creio) recebeu a visita dum inglês que andou a desenhar pássaros.

mais tarde, depois da entrega da base das Lages, fechou o café para receber a visita do Irmão almirante da esquadra inglesa que fez questão de agradecer a colaboração

pequena história duma grande guerra

muja disse...

Ahaha! Este gajo é maluco...

Mesmo que isso fosse verdade ó Dioguinho, dá lá uma boa razão para Salazar não querer ser neutro.

Por que carga de água haveríamos nós de entrar nesse sarilho em o podendo evitar?

zazie disse...

Só agora é que descobriu que o gajo é maluco?

ahahahahhahaha

Unknown disse...

O José tinha pais bibliotecários ou parecidos? :)

Onde é que arranja jornais de 1940?

O Público activista e relapso