quarta-feira, janeiro 14, 2015

O mito da liberdade de expressão tipo Charlie.

Há alguns anos o desenhador Siné, mais célebre que os célebres do Charlie Hebdo, colaborava neste jornal. Até um dia de Julho de 2008 em que...foi despedido por usar a sua liberdade de expressão para mencionar o judaísmo...

"Le 2 juillet 2008, Siné avait rédigé une chronique dans Charlie Hebdo dans laquelle on trouvait une réflexion sur Jean Sarkozy, un des fils de la lignée De Nagy Bocsa :

« Il vient de déclarer vouloir se convertir au judaïsme avant d’épouser sa fiancée, juive, et héritière des fondateurs de Darty. Il fera du chemin dans la vie, ce petit ! »
Pour cette petite ironie, il apprit en ouvrant l’hebdomadaire du 16 juillet 2008 qu’il était licencié, soit environ deux semaines plus tard. N’est-ce pas là une méthode digne et respectueuse ? Surtout lorsque l’on sait que l’instigateur de cette technique de renvoi n’est autre que Philippe Val, aujourd’hui directeur de France Inter, nommé par… Nicolas Sarkozy lui-même, le père de la jeune victime.
N’y aurait-il pas là un lien de cause à effet, une récompense ? Nous nous refusons d’aller jusqu’à cette extrémité et laissons ce genre de théories haineuses aux esprits contaminés par le complotisme, le conspirationnisme et la grippe H1N1.
La raison invoquée par Philippe Val pour justifier cette purge est la suivante : selon lui, les propos de Siné « pouvaient être interprétés comme faisant le lien entre la conversion au judaïsme et la réussite sociale, et ce n’était ni acceptable ni défendable devant un tribunal »."

Está aqui este texto.



74 comentários:

S.T. disse...

«A Justiça francesa está usar o seu arsenal legislativo para punir com mão pesada quem, após os ataques da semana passada em Paris, proferiu ameaças, declarações racistas ou palavras entendidas como apologistas do terrorismo. Entre eles está o polémico humorista Dieudonné M’bala M’bala, detido nesta quarta-feira depois de ter publicado uma mensagem em que parecia associar-se ao radical que matou quatro judeus num supermercado.» ( Fonte : Público 14-01-15)

zazie disse...

Grande desenhador, o Siné.

muja disse...

Mandaram-lhe dez (!) polícias a casa às 7 da manhã.

Bom, uma coisa tem em comum com os assassinos do Hebdo & cia: as autoridades estão fartinhas de saber quem ele é.

Até reuniram o Conseil d'État para lhe proibir espectáculos...

muja disse...

Siné à propos de Charb, Cabu, Wolinski : "Ils bouffaient tous avec le pouvoir"

http://www.egaliteetreconciliation.fr/Sine-a-propos-de-Charb-Cabu-Wolinski-Ils-bouffaient-tous-avec-le-pouvoir-30270.html

muja disse...

E, já agora, uma coisa de que se não ouviu falar muito, penso eu:

http://www.egaliteetreconciliation.fr/Suicide-d-un-commissaire-enquetant-sur-Charlie-Hebdo-un-etonnant-silence-mediatique-30277.html

José disse...

A Justiça francesa irá absolver o Dieudonné.

Vai uma aposta?

José disse...

Este judaísmo já me chateia. É demais.

muja disse...

Não sei. Tem tido processo atrás de processo, sobre tudo e mais alguma coisa. A maioria perde, alguns ganha.

Não arrisco prognósticos.

muja disse...

Parece que vai ser julgado em "correctionnelle", seja lá isso o que for.

O judaísmo é o mesmo de sempre. Simplesmente por agora está na ribalta.

O que é, apesar de tudo, uma vantagem para Dieudonné porque o contraste dos dois pesos e duas medidas é muito flagrante e mas difícil de encobrir.

No RU andam a atrás de um jornalista da BBC por uma frase que proferiu numa entrevista a uma senhora descende, ao que dizem, de sobreviventes do holocausto judeu.

http://www.algemeiner.com/2015/01/12/bbc-reporters-apology-for-anti-semitic-question-at-paris-unity-rally-fails-to-convince-video/

E de um MP à conta de um tweet:

http://www.mirror.co.uk/news/uk-news/lid-dem-mp-david-ward-4974335

Ehehehe, esta liberdade de expressão já não é o que nunca foi...

muja disse...

E já agora, fica um par de vídeos interessante. Para nós não é rappel, porque não é coisa de que nos dêem conta por cá, mas é não obstante revelador:

http://www.egaliteetreconciliation.fr/Rappel-Alain-Soral-sur-la-diabolisation-de-l-islam-et-le-destin-du-Front-national-30291.html

De notar que Soral fala em 2001 (ultima vez que pôde aparecer na tv).

José disse...

No tempo de Gil Vicente estes judeus, em Portugal, eram encarados de outro modo.

E isto que acabei de escrever se fosse em França e num media com visibilidade dava direito a tratamento à Dieudonné...

Floribundus disse...

a judiaria anda à solta.

no passado levou ao aparecimento do livro de Ludendorff

a limpeza nazi

e a vingança na pessoa de Eichaman

procuram fazer esquecer que foram eles a perseguir os primeiros cristãos, apesar da mesma etnia

os franceses 'habituem-se'
porque 'hadem' ter mais problemas

Floribundus disse...

os judeus instalam-se preferencialmente

política: Moedas é nome apropriado

na comunicação social: mec

no passado acabaram em tratos espertos, autos

não matavam porco (em Oxford vai desaparecer dos livros),
mas tinham fumeiro (alheiras)

diziam que uns gajos que conheci de vista até forjaram árvore genealógica na zona de Castelo Branco

S.T. disse...


Esta historieta do «je suis Charlie» faz-me lembrar aquela história do «crocodilo que voava baixinho»....

:)

Maria disse...

Eis um tema conexo mas fora do contexto do assunto de hoje, para ser meditado pelos ilustres leitores desta casa.

Sensìvelmente há uns trinta anos, altura em que recebíamos a Time e a Newsweek, num artigo assinado por uma personagem norte-americana conhecida, não me recordo exactamente quem mas lembro-me vagamente de tratar-se de alguém com renome cujo presságio, por isso mesmo (intuia-se no prognóstico velado), continha uma espécie de ameaça disfarçada de alerta, que de fecto iria concretizar-se mais cedo do que os povos europeus poderiam ter imaginado e que podia ser lida nas entrelinhas, alerta para ser tida muito em conta, fosse ele um jornalista prestigiado da revista, o seu director, um político em funções ou um ex-político co voto na matéria.

Escrevia ele que não tardaria muito tempo até que hordas d'africanos, para fugirem à fome e à miséria, começassem a invadir a Europa por todos os meios ao seu alcance. A Europa que se preparasse.
O modo como se desenrolava o artigo dava a nítida sensação de que aquela personagem, através da mensagem clara e sem subterfúgios, estava objectivamente a incitar os ditos povos a fazerem exactamente o que ele presssagiava vir a acontecer.

Não passaram muitos anos deste o aparecimento deste artigo - talvez dez ou quinze anos no máximo e possìvelmente terão havido outros artigos e incentivos semelhantes da parte de outros intelectuais de que não terei tomado conhecimento - para realmente começarem a afluir à Europa primeiramente centenas, depois muitos milhares destes pobres desgraçados, tomando ao pé da letra as palavras deste intelectual/jornalista/político e de certeza de outros mais.

Jornalistas e/ou políticos hipócritas e cínicos, estes, a manobrar nas ante-câmaras dos poderes tanto norte-americanos como dos 'aliados' europeus, funcionando à perfeição como correias de transmissão dos promotores das ditas hordas.

Sinceramente quando li aquele artigo fiquei tão surpreendida quão apreensiva pela estranheza da profecia nele claramente implícita, não deixando de me perguntar o que levaria alguém com responsabilidades acrescidas perante milhões de leitores em todo o mundo, a prever semelhante (a curto/médio prazo) tragédia humana. Só tenho uma resposta, este articulista saberia de certeza absoluta o que iria acontecer daí a não muito tempo. E de facto assim foi. Hordas migratórias essas que ainda não terminaram.

Não é necessário observar em pormenor esta estranhíssima coincidência, ela é constatável através do que se tem vindo a verificar neste campo desde então até aos dias de hoje. E também desde há bastante tempo que se sabe de ciência feita quem esteve e continua a estar por detrás deste gigantesco e criminoso movimento migratório em direcção à Europa e a sua abjecta motivação. Ou melhor, satânica maquinação.

Ricciardi disse...

Há por aqui uma confusãozinha de conceitos. O problema não está, nem nunca esteve, em se manifestar desacordo e incomodo em textos ou cartoons putativamente insultuosos ou ofensivos para pessoas ou grupos de pessoas. O problema está na forma como se exerce resposta ao ofensor.
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Se nos sentirmos ofendidos a resposta não pode ser a morte do ofensor. É uma desproporção responder dessa forma. A resposta deve ser contundente mas proporcional. Nos tribunais parece-me bem nos casos onde existe matéria para o efeito como o incitamento à violência ou ainda tratando-se de insultos públicos dirigido a pessoas.
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Recorrer aos meios legais é uma forma correcta. A outra é usar os mesmos meios do ofensor para os descredibilizar.
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A liberdade (de expressão) não é um valor absoluto. Porque pressupões responsabilidade de quem a usa. Façam os cartonns que quiserem, mas responsabilizem-se pelas consequencias legais ao dispor em contraponto com: não podem fazer os cartoons que entendem porque nós, os ofendidos, não gostamos.
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Em suma, usar meios proporcionados para manifestar desagrado é perfeitamente normal e justo. O que não é justo nem moral é usar meios desproporcionados para o fazer. Precisamente, porque embarcando por esta lógica, estariamos a castrar a critica atraves das artes, como quem diz, através do pincel, da musica e do lápis.
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Rb

muja disse...

Mas quem é que diz que o problema eram cartoons?

Não se percebe se a lição de moral, vinda de um hipócrita que atribui a responsabilidade da morte de centenas de crianças às mãos dos israelitas presumivelmente aos pais daquelas porque as usam como "escudos humanos"; não se percebe se a lição de moral é para os da al-qaeda ou isil, ou se é para nós.

muja disse...

Porém, lá está: subitamente, a liberdade de expressão já não é o que nunca foi...

Ontem, eram todos charlies. Hoje, a liberdade de expressão já não é um valor absoluto.



josé disse...

Rb:

O problema com esse tipo de argumentação reside no seguinte:

A judicialização de tudo isso redunda em limitação da liberdade de expressão.

Os tribunais devem intervir em última ratio, quando estão em causa valores primordiais da sociedade. A liberdade de expressão é um deles e pedir ao tribunal que a limite por dá cá aquela palha subjectiva é o que propõe, no fim de contas.

Não deve ser assim e deve existir um módico de consenso sobre os limites à liberdade de expressão.

Assim: deve ou não deve poder-se retratar em cartoon o Profeta?

Deve ou não deve ser permitido dizer que determinada acção é de índole judaica?

Deve ou não deve tornar-se possível criticar os judeus pelo que fazem e os árabes pelo que fazem em nome dessa identidade própria?

Isto não é assunto de tribunais...

muja disse...

E só mesmo um hipócrita pode ver naquilo que ele escreveu, uma apologia do terrorismo.

Portanto, a acção legal accionada contra Dieudonné é igualmente desproporcional. Mais ainda quando é apenas a mais recente de uma campanha de perseguição com mais de um ano, com interdição de espectáculos por ameaça à ordem pública, quando nenhuma alguma vez ocorreu, e coincidentalmente - porque nestas coisas tudo são coincidências - levou Valls a primeiro-ministro.

E isto de um hipócrita que não tem senão carpido contra a preventiva do 44.

A prisão deste já não atenta contra direitos fundamentais nenhuns, visto que há-de ser um macaco anti-semita.

Dois pesos? - Anti-semita!!

josé disse...

O que vemos é que retratar o Profeta é exercício de liberdade de expressão.

Dizer que os judeus são interesseiros e é bom casar com uma judia rica para ascender na vida já é ofensivo e não admissível como expressão em desenho ou escrita...

Por outro lado, dizer como Dieudonné que era charlie e mais o nome do árabe é ofensivo e até crime...de incitamento ao ódio racista ou coisa que o valha.

A dupla bitola é patente. A hipocrisia, essa, é tipicamente judaica.

josé disse...

judaica porque farisaica...

muja disse...

Mas o âmago do problema é, efectivamente, a liberdade de expressão.

Simplesmente, quem a coarcta sistemática e permanentemente não são os terroristas islâmicos nem as racailles de banlieue indoctrinadas.

A cena do Dieudonné, do jornalista da BBC e do MP Lib-Dem, aí estão para mostrar quem manda.

Não se pode discutir judeus ou o carácter judaico de Israel - fundamental segundo o próprio - sem ser de forma apologética ou laudatória.

Não é tolerada a mínima crítica, e o prevaricador é impiedosamente perseguido. E quanto mais cede e se submete, mais pressão recebe.

Como diz Gilad Atzmon: o verdadeiro poder do lobby sionista é a capacidade de impedir a discussão sobre o poder do lobby sionista.

zazie disse...

«Recorrer aos meios legais é uma forma correcta. A outra é usar os mesmos meios do ofensor para os descredibilizar.»

É pá. Eu nem sei porque é que ainda não se colocou a Al-Qaeda em tribunal.

Afinal a coisa é tão simples de resolver.

O marocas já dizia que o deixassem ir lá conversar com o Bin Laden que ficava tudo resolvido.

Agora temos o morgadinho da cubata disposto a levá-los a tribunal.

Boa.

Nada como iniciativas em que ninguém pensa.

zazie disse...

Ou o contrário.

Devia ter sido a Al-Qaeda a levar a tribunal os cartoonistas.

Coisas básicas e simples de fazer.

zazie disse...

Mas ianda se vai resolver todos os conflitos mundiais por caricatura.

Ai não acabas com os colonatos? então espera aí que já te vou caricaturar a rabinice-mor.

Pelo menos as bombas já levavam assinaturas de amor das criancinhas das escolas.

Isto é civilização.

Ricciardi disse...

Claro que sim, José. Eu acho que deve haver limites à liberdade. Mas acho, no entanto, que esses limites devem ser definidos por terceiros e não pelos próprios e sempre à posteriori.
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Ninguém é bom juiz em causa própria.
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Para os grupos de fanáticos do islão, mas tambem para os grupos fanáticos judeus e cristão, a definição desses limites têm de ser efectuada por eles próprios.
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A tentativa de controlo da informação não é apenas feita pelos extremistas do islão ou os fariseus judeus. Nada disso. José Socrates é a prova viva disso mesmo. Não foi ele tb que tentou calar alguns jornais e televisões? nós vivemos os tempos da censura, mas ela continua a fazer escola por outros métodos. Ainda assim, pelo menos, no velho estado novo a coisa era feita sem subterfugios. Era claro. Havia controlo. Todos sabiam e todos faziam os possiveis para enganar a censura. Na musica por exemplo.
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Isso acontece em todo lado em todos os tempos e em todos os países.
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É, digamos, sem ofensa para alguém, uma infantilidade pensar que se consegue calar as investidas para calar a informação. Por cada jornalista despedido outros surgirão para o substituir na demanda. Porque o ser humano é assim mesmo. Não se submete.
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Na modernidade a melhor forma de calar um jornal é cortar-lhe os patrocinios. Bem melhor do que colocar accionistas novos. Já me fizeram isso e com bastante exito.
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Com este procedimento não se despede um jornalista incomodo. Despedem-se todos de uma assentada.
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Compreendo que um director de jornal confrontado com a possibilidade de ficar sem patrocionios despeça o jornalista incomodo. Compreendo apenas, por se trata da sobrevivencia.
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É precisamente por causa desta possibilidade que eu não sou liberal, pois defendo que para despedir hajam fundamentos que não um vil forma de censura ao pensamento.
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Em suma, o Charlie pode intentar despedimento de quem entender, pressionado ou não pelo exterior, no seu ou no interesse de terceiros, mas o jornalista deve continuar a ter a possibilidade ou o direito de contestar os fundamentos nos locais proprios, ao contrario do que pensam os liberais.
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Em suma, a melhor forma de impedir que os lobbies impeçam a discussão, como diz o muja, é lutar para que as leis continuem a acautelar a discriccionaridade: no despedimento, por exemplo.
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Já agora, José, e uma vez que é jurista, e atendendendo a um post anterior seu, eu mui gostaria que pudesse explicar em que medida um julgamento por juris (escolhidos no povo) é decisão assertiva em casos de complexidade maior. E se não for pedir muito, gostaria de perceber em que casos prevêm as leis portugueses o recurso a este tipo de julgamento.
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Rb

Rb

Ricciardi disse...

Não percebeste Zazie. Eu não disse nada do que intuiste que disse. A resposta para a Al-Caeda ou outros movimentos deste calibre não são os tribunais. A resposta deve ser proporcionada com os actos de barbarie particados. Proporcionada no sentido de os apanhar e julga-los. Nunca imita-los.
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Rb

josé disse...

Sobre o tribunal de júri:

Dec-Lei 387-A/87 de 29.12

"Compete ao tribunal do júri julgar os processos que, tendo a intervenção do júri sido requerida pelo Ministério Público, pelo assistente ou pelo arguido, respeitarem a crimes previstos no título II e no capítulo I do título V do livro II do Código Penal.
2 - Compete ainda ao tribunal do júri julgar os processos que, não devendo ser julgados pelo tribunal singular, e tendo a intervenção do júri sido requerida pelo Ministério Público, pelo assistente ou pelo arguido, respeitarem a crimes cuja pena máxima, abstractamente aplicável, for superior a oito anos de prisão.
3 - O júri intervém na decisão das questões da culpabilidade e da determinação da sanção. "

Sobre a "assertividade":

Um tribunal de júri congrega os juizes e quatro cidadãos que julgam factos e aplicam o direito.

Nem é preciso dizer mais sobre a assertividade democrática da Justiça...

Anjo disse...

José, um júri de 4 cidadãos não será diminuto? Salvaguarda a isenção dos mesmos por escolha aleatória? É que, salvo melhor opinião, a probabilidade de uma composição mais representativa de várias tendências políticas (no caso de julgamento de ex-governantes) e portanto mais isenta é maior para conjuntos maiores, tal como prevê a lei dos grandes números. Nos EUA os júris têm mais elementos (12). Como se chegou a um número tão reduzido por cá?

Floribundus disse...

costa da cml pretende retirar os comerciantes chineses da Mouraria para instalar uma Mesquita

o camarada hollande deve ficar agradecido

o desfile não foi da liberdade expressão,
foi do CAGAÇO
'quem tem cu tem medo'

o camarada Marchais trabalhou para os nazis depois do acordo Germano-soviético

a condição humana não pode ser vista a preto e branco

zazie disse...

Quer-se dizer- o director do jornal é o que precisa que a coisa se aguente e pede dinheiro ao governo e acha que nada melhor que estas cenas de caricatura militante.

e depois diz que o "director do jornal" é que deve controlar o que o próprio deseja.

Na Dinamarca o dito director do jornal até andou à procura de caricaturistas entre os ateus militantes do bairro para fazer o frete a Israel.

E vem-me este palerma dizer que a coisa é controlada pelos directores de jornais.

Pois é. Mas é apenas para um lado.

E esse lado é sempre o mesmo porque não existem revistas de agir prop de pendor católico.

Já te disse que esta treta começou com o Lutero na Reforma.

Caricaturas ao Papa e à Igreja espetadas nas portas das igrejas.

FDaí a pouco tinha a populaça a destruir imagens e tudo o que era arte sacra nas igrejas.

zazie disse...

« Proporcionada no sentido de os apanhar e julga-los. Nunca imita-los»

De acordo.

Mas o problema é evitar e controlar uma cena em outsourcing.

Porque isto anda tudo neotonto; até a Al-Qaeda.

Ricciardi disse...

«E vem-me este palerma dizer que a coisa é controlada pelos directores de jornais.»
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Assumindo que o palerma sou eu mesmo, tenho pena que não entendas o que escrevo. Não disse nada disso.
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Creio que precisarás de ler primeiro, pensar no que lês em seguida, e só depois disparares insultos.
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Não vejo necessidade alguma, Zazie, de estares com duas pedras na mão. Até pareces uma verdadeira judia. :)
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Rb

Ricciardi disse...

Esse procedimento no Muja eu compreendo por causa do perfil mais colado às teorias de conspirativas. Um gajo imita os nossos herois.
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Mas em ti deixa-me perplexo. Olha que ele ainda te recruta e depois tens de andar com a burka e é uma chatice. Porque é que achas que deixou de usar o hedin depois do muja?
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Eu sei a razão, mas ainda espero que ele a diga publicamente.
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A teoria conspirativa vai a tal ponto que num comentario qualquer acusava-me de pertencer à Mossad. Até queria saber quanto recebia por esses serviços prestados. :)
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Parece um filme do James Bond: my name is Stein, Bern Stein.
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Rb

Ricciardi disse...

Ok, pronto, este ultimo comentário meu é uma triste forma de demonstrar que tambem se pode lutar contra insultos fora dos tribunais e sem usar metralhadoras. Há sempre a possibilidade de gozar com o insultuoso e descredibilizar quem nos quer mal sem usar meios desporporcionados.
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Rb

josé disse...

"Caricaturas ao Papa e à Igreja espetadas nas portas das igrejas."

Na Alemanha as caricaturas do papa Alexandre VI ( Borgia) eram horrendas e diabólicas...e diga-se que se calhar com alguma razão.

Ricciardi disse...

José, obrigado pela informação. Em todo caso, não é clara a lei porque remete para outras, a questão de saber se um caso considerado de elevada complexidade pode ser julgado por um tribal de juris.
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Eu pensava que assim era. E foi por essa razão que lhe fiz a pergunta. Pois, se o juiz considerou (pelo que se vai lendo) o caso do Socrates como de elevada complexidade para justificar os tempos de preventiva, então não haveria licitude de clamar por um tribunal de jurados.
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Rb

josé disse...

Vi a exposição sobre os Borgia e fiquei elucidado.

Floribundus disse...

já aqui referi as nojentas caricaturas dos sindicatos sionistas de Viena contra a enciclica papal de 1892

Herr Adolf agradeceu

na história papal de um tal Pastor o Vaticano parecia um açougue

os cristãos protestantes iconoclastas rebentaram com todas as imagens

qualquer gajo funda uma religião

zazie disse...

As caricaturas luteranas (nas quais até o Durer colaborou) eram caricaturas de monstros que supostamente davam à costa e cujo corpo era simólico dos pecados da Igreja.

Tenho por lá isso, no Cocanha.

Mas é um facto que foi a primeira vez que se usou a imprensa como forma de agit prop religioso-política.

Não precisavam de legenda. Eram monstros para fazer troça. E o Lutero mandava pregá-los às portas das igrejas.

zazie disse...

Morgadinho,

tens razão que nem lei o que escreves.

E deixei de ler tudo para não me irritar.

E isto desde que entraste naquela imbecilidade socretina da proventiva.

Vais para o Portugal Contemporãneo e dizes que o que lês aqui te dá vontade de vomitar e deturpas tudo com essa panca farisaica que está a agravar-se com a idade.

Chegas aqui e falas mansinho.

São coisas que me encanitam, rapaz.

Não há nada a fazer- não vai nem com tribunal nem com caricatura de arremesso.

":OP

zazie disse...

E tu também não lês tudo e sabes que me irrita dizer que eu sou influenciável ou que ando a copiar este ou aquele.

Eu dou tanta porrada no Mujah quanto em ti.

é uma réplica desta cena kippah contra turbante.

Por mim, ia tudo corrido por igual

":OP

muja disse...

Já o disse, e volto a dizer: foi para que não pensassem que subscrevia as ideias e acções dos corta-cabeças, que são a vanguarda dos sionistas.

A conspiração não é uma teoria. É facto.

Tão factual como a existência de uma conspiração comunista até há 15 anos atrás que, creio, hoje ninguém se atreve a negar.

O que é hipotético, e mais difícil de responder é a razão e o propósito da sua existência.

zazie disse...

«A teoria conspirativa vai a tal ponto que num comentario qualquer acusava-me de pertencer à Mossad. Até queria saber quanto recebia por esses serviços prestados. :)»

Onde é que eu escrevi isso?

estás a ver como és irritante?
Estás a ver como é verdade que a burrice pode andar de mão dada com a má-fé.

Pode.

Ficas urso. Ficas cego, sempre que te cheira a rabinice na coisa.

Tens logo de vir com a rábula da vitimização.

Que esta treta nem foi nada contra judeus nem por causa das caricaturas e dos caricaturistas terem por alvo o islão.

Foi para castigar o Hollande por ter ido para o Mali.

Tu dizes coisas destas e nem te enxergas.

zazie disse...

E disseste mais.

Disseste que os judeus são sempre as vítmas escolhidas para que a população e os governantes fiquem alertados no que devem fazer em matéria de política externa.

Isto é pensamento paranóico. Nem um judeu normal vai tão longe.

Tu nem judeu és. Adoptaste a panca como brasão de família.

zazie disse...

A conspiração do terrorismo islâmico é uma realidade.

E é a talvez a realidade mais ameaçadora nos tempos presentes.

Nada de confusões nem de misturar alhos com bughalhos.

muja disse...

E outra coisa, a mim não me incomoda nada a pancada que a zazie me dá, antes pelo contrário. Porque eu não sou hipócrita e escrevo de boa fé. Se me apontarem erros, admito e corrijo.

Porém, o que não é exacto nem rigoroso é afirmar-se que eu sou pelos "turbantes".

Eu recuso é em embarcar em manipulações e fazer o trabalhinho sujo de quem não se mostra.

No assunto concreto da Palestina, é simples: a entidade territorial sionista não tem qualquer legitimidade para existir enquanto tal e será fonte de segregação, conflito e guerra permanente e perpétua enquanto existir porque foi fundada nesses mesmos princípios. Israel é um país fundado no terrorismo.

As populações expulsas devem poder regressar às suas terras. Deve existir um país onde todas as pessoas possam viver, sem segregação. Tal país será maioritariamente de raça árabe porque é a própria geografia que o determina. Apenas por migração em massa foi possível e é possível manter uma experiência geográfica como Israel.

Daí a exarcebação da paranóia dita "anti-semita": é crucial para evitar que os judeus não cavem de um sítio que lhes é apresentado como o paraíso na terra e para onde foram incitados (quando não enganados e obrigados) a emigrar mas que apenas oferece medo e violência permanentes.

Isto não é ser pelos turbantes. É bom senso.

Tal como é bom senso afirmar-se que o problema em França não são os muçulmanos per se, mas a imigração descontrolada que os lá meteu.

muja disse...

E estamos perante manipulação sem escrúpulos quando o mesmo poder que manteve a porta aberta, sem restrições à imigração, pretende agora incitar à guerra com essas mesmas pessoas.

O terrorismo islâmico é criação do poder sionista. É, no mínimo, causa e efeito. Eu acho que é mais, porque uma coisa como o ISIL não aparece de um dia para o outro sem conivência de quem manda no mundo.

Portanto, sim, é conspiração. Eu diria, é a face mais visível dela juntamente com a democracia à bomba, que é a sua cara-metade.

Exactamente como o comunismo e o zionismo eram caras-metades de si próprios: correntes aparentemente antagónicas mas concorrendo na práctica para o mesmo efeito.

muja disse...

Portanto, ser pelos "turbantes" é pouco rigoroso: ser pelo Hezbollah, a Síria e o Irão, que são os únicos a dar combate aos fanáticos corta-cabeças (e os maiores inimigos de Israel - coincidências), e nos seus territórios toleram outras religiões e minorias como lá existem desde há séculos, não me repugna.

Ser pelos salafistas e wahabitas da Arábia Saudita, Qatar e outros aliados do "ocidente", certamente que não.

zazie disse...

Não é pelos turbantes mas tem a mania da conspiração judaica.

Pronto.

Cada um exagera para um lado e depois marram.

A mim, nesta cena das caricaturas, a falar verdade, o que mais me encanita são os merdas do politicamente correcto e do ateísmo militante a aproveitarem a boleia para chamarem laicismo o ataque religioso.

Isso e depois ser proibida toda a brincadeira com a sacralidade gay e fufa.

zazie disse...

Os muçulmanos são problema em toda a parte.

E são ainda mais problema quando essa "outra parte" tem judiaria a magote a provocar.

Aquela Irsicoisa e o Wilders chegaram ao ponto de defenderem a proiblição de falarem árabe nos espaços públicos.

Isto é merda tribal e acredito plenamente que tenha mão de Israel.

Como desconfio (sem provas mas pelo cheiro) que a Hiena de Matos e o 57 também recebem grojeta.

Ricciardi disse...

Zazie a cena de eu pertencer à Mossad não era para ti. Era para o Muja. ehhehe
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Rb

zazie disse...

ah, ok.

Estava a ver que tinhas pirado de vez

":O))))))

Ricciardi disse...

«Disseste que os judeus são sempre as vítmas escolhidas para que a população e os governantes fiquem alertados no que devem fazer em matéria de política externa.» zazie
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Pois não disse nada disso, Zazie. Que mania pores palavras na minha mão que não disse.
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Eu disse, e repito que no caso de França os alvos a judeus são meramente utilitários porque convocam mais mediatismo. No fundo o ataque a frança fazia-se na mesma mesmo que lá não houvessem judeus porque os terroristas deixaram gravado as suas motivações. Eles dizem, não sou eu, que o que motivou a matança em frança foi: 1)guerra de frança ao mali 2) participação na siria e iraque 3) insultos ao profecta maomet. Nao tem qualquer menção a judeus nem ao conflito israelo-palestiniano. É um ataque a à frança. Matar judeus franceses é apenas um meio de melhorar a eficácia mediatica.
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Esta é a minha opinião. Não vejo esta matança como um ataque a judeus. Acho que os usam para melhorar os efeitos pretendidos.
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Quanto a preventivas tb continuo na minha. Acho inadmissivel prender preventivamente seja quem for pelos tempos previstos nas actuais leis sem produzir acusação. Acho um absurdo, amoral e injusto.
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Se a Preventiva for limitada a uns 15 dias para que as autoridades possam evitar que o indiciado fuja, altere provas etc, estaria de acordo. Mas tendo um juiz a possibilidade de prender preventivamente alguém por prazos monstruosos sem acusação, parece-me muito mau.
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E isto nada tem a ver com Socrates. Tambem é válido para o pobre do motorista dele ou de outros, com a excepção do flagrante delito e questões ao nivel da segurança nacional. Para casos comuns a preventiva por mais de 15 dias é, para mim, moralmente degradante.
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Rb

muja disse...

"Ah ok"?!

Mas quando é que eu disse semelhante coisa?!

Quando é que escrevi a palavra "mossad", sequer, nos últimos meses?!

Deve ser para os apanhados...

muja disse...

De resto, não é mania, é facto já disse.

A demonstração inequívoca está no Reed.

Está lá. Com nomes, datas e fontes.

Tal como está nos diários do Racey Jordan, com o a descrição do que foi enviado para a URSS durante a guerra: fábricas, máquinas, instrumentos, mapas, matérias primas, incluindo as que apenas servem para energia atómica - grafite, água pesada, urânio, etc. Com os nomes de quem era responsável ao mais alto nível: Harry Hopkins e Harry Dexter White.

Eu não posso obrigar ninguém a ler. Mas quem diz que é mania e não leu, está a falar de cor e fazer figura de parvo.

josé disse...

"Quanto a preventivas tb continuo na minha. Acho inadmissivel prender preventivamente seja quem for pelos tempos previstos nas actuais leis sem produzir acusação. Acho um absurdo, amoral e injusto. "

V. tem razão porque prender preventivamente e portanto sem que a culpa seja inteiramente formulada e provada de modo pleno é sempre um mal. Mas é necessário.

Quem instituiu o sistema pensou nisso.

A prisão preventiva só é aplicada quando os indícios do crime são muito fortes e destina-se a prevenir que o indiciado vá destruir provas ou causar alarme público.

Por exemplo nos casos de homicídio. Ou de tráfico de droga muito graves. Ou em...corrupção.

Não há grande razoabilidade em defender que a prisão preventiva seja no máximo de 15 dias quando um inquérito pode demorar mais de 10 meses. E o arguido fugir...

muja disse...

E já o disse e repito: a conspiração é judaica porque visa os judeus. Rigorosamente, do ponto de vista ideológico, é talmúdica.

A prova disso está em que os judeus se opunham a ela. Apenas através do terrorismo psicológico da falsa percepção de anti-semitismo imposta pelos media, conseguiram submeter a maioria deles.

muja disse...

The Jews of the West at that time were strongly opposed to Zionism as such, whether it led to Uganda, Palestine or anywhere else; they just wanted to stay where they were. The Jews of Russia were depicted as needing simply “a place of refuge” from “persecution,” and if that was true, Uganda might have appealed to them; anyway, the frenzied ovations with which they received Dr. Herzl suggest that they would have followed any lead he gave, had the rabbinate allowed them. That leaves the Jews who were already in Palestine.

This one community of original Jews was ardently in favour of removal to Uganda, as research discovers, and for this reason they were denounced as “traitors” by the Judaized Chazars from Russia who had taken over Zionism! This is what the Zionist Organization at Tel Aviv still was saying about them in 1945:

“It was a degrading and distressing sight to see all these people who … had been the first to build up the Jewish Palestine of that day, publicly denying and repudiating their own past … The passion for Uganda became associated with a deadly hatred for Palestine … In the community centres of the first Jewish colonies young men educated in the Alliance Israelite schools denounced Palestine as ‘a land of corpses and graves,' a land of malaria and eye-diseases, a land which destroys its inhabitants. Nor was this the expression of a few individuals. Indeed, it was only a few individuals here and there … who remained loyal … The whole of Palestine was in a state of ferment … All opposition to Uganda came from outside of Palestine. In Zion itself all were against Zion.

Ricciardi disse...

«Não há grande razoabilidade em defender que a prisão preventiva seja no máximo de 15 dias quando um inquérito pode demorar mais de 10 meses. E o arguido fugir...» José
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José, a medida de prisão preventiva é a mais contundente do cardápio. Se o perigo é o de fuga quer-me parecer que uma pulseira electronica resolveria o problema de forma cabal. E de forma mais económica até.
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Permanece, portanto, como válido, do meu ponto de vista, o argumento do juiz, de que poderia o indiciado apagar provas ou impedir ou atrapalhar a investigação ou apagar provas existentes as outras por vir.
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E só deixa de ser válido esse argumento quando colocarem a nu os factos que tinham ou os fortes indicios que invocaram. Até lá não deixo de dar o beneficio da duvida ao juiz. E portanto o juiz deve estar a agir dentro daquilo que as leis lhe permitem fazer. Se bem que há duvidas se terá cumprido o dever de dizer ao indiciado os motivos concretos pelo qual é preso, o que poderia anular a preventiva. Mas isso serão outras instancias a decidir. Preciso de factos para poder ir mais longe.
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Em todo caso, o caso BES demonstrou bem que é possivel investigar sem prender preventivamente. Não compreendo bem os critérios do juiz, devo confessar. Porque motivo não pode o Salgado alterar provas e atrapalhar a investigação e fugir e Socrates já pode?
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Não vejo que a capacidade de Salgado de influencia e poder seja menor que a do Socrates.
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Mas pronto, acredita-se no bom senso do juiz.
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A verdade é uma só: todos os factos e estórias que conhecemos são produto de jornais. Eu não sei se são verdadeiras ou falsas as noticias.
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Mas a minha questão vai para além disto tudo.
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A preventiva não pode ser transformada numa pena antecipada. A única forma de não se incorrer nessa aberração é reduzindo os prazos que as autoridades têm para prender preventivamente alguém.
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São as autoridades que tem de se adaptar ao principio da presunção de inocencia e não estes às burocracias das autoridades. Não sei se me faço entender.
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Se as autoridades judiciais não conseguem produzir acusação num espaço razoavel (uma semana, duas, três vá) então deve o juiz ser obrigado a alterar o grau das medidas de coação passando por exemplo os indiciados para a Domiliciária com pulseira electronica ou outra que possa dar garantias de apuramento da verdade e responsabilização do putativo criminoso.
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Agora, não podemos é pensar em justiça com a cabeça a pensar em casos concretos porque senão somos movidos pelas emoções que os indiciados se nos oferecem. Eu tento me abstrair de que é o Socrates o preso, porque se não me abstrair disso culpa-lo-ia imediatamente, ainda como governante.
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Rb

Floribundus disse...

net

É inegável que vivemos numa era de importação desenfreada de palavras estrangeiras para o português, sobretudo vocábulos relacionados com as novas tecnologias (mas não só), e principalmente vindos da língua inglesa. É completamente impossível manter uma conversa sobre informática ou sobre o mundo virtual criado pela Internet sem dizer palavras que põem os avós a pensar que os netos já não falam a mesma língua do que eles, como software, e-mail, browser, save, blog, e por aí fora.

Os poucos que se esforçam por traduzir os conceitos, dizendo, por exemplo, “senha” em vez de password, “transferência” em vez de download, ou “caneta” em vez de pen, correm o risco de não serem entendidos, de ficarem de fora ou para trás. Porque a linguagem que se gerou é como um rio poderoso, que arrasta tudo e todos na sua frente.

No entanto, há termos ingleses que provêm do latim e que, apesar de parecerem, não são verdadeiros estrangeirismos. A palavra post, por exemplo, usada por quase toda a gente que tem ou lê blogues, é de origem latina. E desde, pelo menos, o século XIV que se usa o verbo postar em português (de posto, segundo o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado) – obviamente, não com o sentido de “publicar algo num blogue”, mas com um sentido muito próximo, apenas mais abrangente: “pôr, colocar”. Por isso, um poster (post + er), em inglês, designa um cartaz que é afixado, isto é, postado. Ou seja, o sufixo é deles, mas a raiz é nossa!

josé disse...

"Se bem que há duvidas se terá cumprido o dever de dizer ao indiciado os motivos concretos pelo qual é preso, o que poderia anular a preventiva. "

Não tenho absolutamente dúvida alguma de que foi cumprido rigorosa e pontualmente a exigência legal pelo que tem sido divulgado pelos jornais.

Para a prisão preventiva isso é suficiente, a meu ver.

Floribundus disse...

samba de roda
para descontrair

Na praia de Amarilina
Vi dois camaroes sentados
Falando da vida alheia
Eta camarao malvado!

Alô Chapéu grande
Beirada de ventania
Peguei na perna da "veia"
Pensando que era a da "fia"
A da "veia" era cascuda
E a da "fia" era macia

Marimbondo me mordeu
Me mordeu foi no umbigo
Mas se fosse mais prá baixo
O caso tava perdido

zazie disse...

ehehehe

Da conspiração judaica ao samba, passando pela preventiva

":O)))))))

zazie disse...

A diferença entre o berreiro de rua e ameças na Dinamarca e o atentado em França é que este teve o novo rectrutamento jihadístico em franchising e a mão da Al-Qaeda.

Não é mera reacção a provocações domésticas.

Agora as provocações domésticas é que são monotonamente sempre as mesmas e com a mesma mistura de ateísmo e judaísmo.


zazie disse...

O Bernard-Henry Levy, como eu costumo dizer, é sempre o melhor barómetro para se saber o que é o quê.

Está em todas e sempre pelo mesmo motivo.

muja disse...

O melhor blog de Portugal. Pelo menos, o meu preferido.

muja disse...

É um barómetro da guerra.

Desde a Jugoslávia que onde esse tratante se desloca, a guerra não tarda a segui-lo.

José disse...

"O melhor blog de Portugal. Pelo menos, o meu preferido."

Qual é que também quero ir ver?

José disse...

E o BHL onde é que se espremeu?

zazie disse...

Diz que foi por causa do Charlot e do Rabelais.

http://www.thedailybeast.com/articles/2015/01/13/the-miracle-of-january-11-when-millions-marched-for-france-freedom.html

E chamam a isto um filósofo.

josé disse...

Já li o levyta.

muja disse...

Não se preocupe que a gente leva um pouco - poucochinho! - do fardo. Afinal de contas, a cavaqueira de tem contar alguma coisa...

Nunca se sabe onde vai parar.

No PC também é mais ou menos assim, a diferença é que aqui o ponto de partida é sempre interessante.

Lá é quase sempre cretino, ultimamente.


O Público activista e relapso