Trata-se de uma compilação de textos de 4 autores malditos para o comunismo e que devia ser dado a ler ás ritas ratos e raquéis varelas deste país. Quanto ao Jerónimo, Abrantes ou Domingos Lopes não vale a pena porque de há décadas a esta parte que não sabem ler senão pelo missal dos textos sagrados do comunismo de há um século. O Jerónimo, porventura, nem isso porque é apenas acólito das ideias fossilizadas.
Os quatro autores malditos publicaram livros na década de quarenta ( três deles) e na de ciquenta ( um deles) do século que passou em que relatavam experiências pessoais acerca do comunismo real que viveram na prática do dia a dia.
São eles Arthur Koestler, Jan Valtin, Victor Kravchenko e Whittaker Chambers e a indicação das obras em causa:
Não sei se algum destes livros foi publicado por cá, em Portugal, na época em que saiu. Em França e noutros países europeus, sem censura, foram-no certamente.
Arthur Koestler, com Darkness at noon de 1941 ( O zero e o infinito em português) foi-o, pela livraria Tavares Martins, logo em 1947, segundo aqui se informa. Foi depois pela Europa-América, na colecção livros de bolso ( com o nº 208, sendo que o primeiro volume dessa colecção, Esteiros de Soeiro Pereira Gomes, outro comunista, apareceu nos primeiros meses de 1971. Portanto, a uma média de 25 livros por ano, porque eram de periodicidade quinzenal, o 208º foi publicado no final da década de setenta).
Que adiantou a leitura desse livro que denunciava claramente o terror estalinista e o comunismo em geral? Pouco ou nada segundo se pode concluir logo em 1974 e nos anos seguintes. Jean Paul Sartre e Camus, pensadores de esquerda muito lidos por cá, tinham-se zangado com Koestler por causa da denúncia do comunismo...e Sartre até chegaria a dizer que todo o anti-comunista era um cão, o que era sopa no mel para a nossa esquerda que lia em francês.
Jan Valtin ( pseudónimo de Richard Krebs) com o livro Out of the night, de 1941 relata a experiência como agente duplo soviético-nazi, converteu-se aos americanos e foi publicado na Reader´s Digest. Pecado mortal...porque deve ter sido considerado agente da CIA. Terá sido publicado por cá? Se o foi, estava dado o mote para a descredibilização.
Victor Andreevich Kravchenko era russo e incompatibilizou-se com o regime comunista de Estaline, escrevendo Eu escolhi a liberdade, em 1946. A denúncia dos gulags soviéticos era clara e antecipava em trinta anos o que Soljenitsine fez depois, com O Arquipélago Gulag que por cá foi publicado nos anos setenta mas nunca discutido nos media da época, o que se pode comprovar através da sua leitura ( o que fiz e comprovo). Nada. Nem o Expresso, nem o O Jornal nem outros. Nada de nada, a não ser a mera recensão do título. E nem sequer a história da censura que a comissão de trabalhadores da Bertrand terá feito ao segundo volume desse livro, em 1977.
Quanto a Jan Valtin, desconheço a publicação oportuna em português e até se alguma vez foi publicado.
Whittaker Chambers é outra história de guerra fria, com o livro Witness publicado em 1952, acerca do espião americano Alger Hiss que fez o trabalho sujo para os comunistas soviéticos de então.
Sobre o modo como o Ocidente lidou com a questão da denúncia das atrocidades comunistas, nos gulags e prisões políticas, pode ler-se aqui neste livro, esta pequena parte, sobre o que sucedia em França no início da década de 50:
Tal como por cá aconteceu e continua a acontecer é o branqueamento mais completo e eficaz do que foi o comunismo real. Prefere-se viver a fantasia ideológica que exalam do O Militante ou do Avante e das frases compostas do Jerónimo que foi operário para inglês ver e há décadas que é funcionário comunista, apenas.
A intelectualidade nacional mais os jornalistas ignaros contribuem activamente desde sempre para esta farsa que nunca mais termina, ao contrário dos demais países europeus onde esta cambada nefasta foi denunciada há muitos anos e não põe pé em ramo verde como por cá.
10 comentários:
um Prof da Fac de Letras dizia ser
''anti-comunista universitário''
nunca seria social-fascista
denunciam tudo e todos para escondr as misérias
são totalmente analfas
até conseguem ler o mil e tante de pernas para o ar
O problema não será tanto a falta de informação sobre o que foi e é o comunismo.
Hoje em dia, excepto a Rita Rato por conveniência e a Raquel Varela por ignorância, toda a gente sabe o que foi e o que se pode esperar do comunismo ou do socialismo.
O problema é de personalidade e características do povo português.
Uma população invejosa, manhosa, ignorante, desonesta, falsa, desprovida de valores, reflectida com boa definição nos governantes que temos e tivemos ultimamente, será sempre uma terra fértil para o desenvolvimento do comunismo e doutrinas afins.
A má formação e educação do indivíduo facilitam e promovem a divulgação destas ideias.
Será necessário que outros ventos soprem na Europa para que aqui o mau cheiro desapareça, até lá, há que esperar calmamente.
Estou a tentar perceber se em 1974 se sabia...e como é que depois se foi informando. A conclusão é que não se sabia bem e depois não foi melhor explicado.
A informação não passa para as tv´s ou para os grandes media ficando restrita a livros de pequena tiragem e artigos avulsos sem grande impacto.
A maior parte dos comunistas não quer saber o que foram os gulags porque se contentam com o que o Partido lhes diz...e não há outra informação de massa que o explique.
A explicação para os defensores do comunismo (do fascismo também) é relativamente simples: nunca o viveram ou, se vivessem, acreditam-se da nomenclatura, e tudo certo.
A explicação da ignorância do povo é demasiado curta...
Primeiro, porque apesar dos pesares, cá grassa pouco e Segundo porque estes desvios ditatoriais provêm do desespero e não de uma escolha em consciência.
O Syriza não bombaria em contexto dito normal e a frente nacional também não.
O branqueamento é "misterioso" enquanto não se aceitar que a plutocracia sionista e sua auxiliar Maçonaria dominam esse "branqueamento".
Basta considerar a hipótese, estudar a coisa e verificar a verdade do que digo.
Creio que terá havido uma geração mais instruída que sabia mais ou menos em 74. A geração equivalente a essa mais recente não sabe nada. Pelo meio outros se encarregaram de apagar.
Quem apaga não é nenhuma organização clandestina internacional. São pessoas concretas e sempre o fizeram usando as universidades, o Ministério da Educação e os jornais.
O Rosas não é nenhuma organização sionista ou coisa que o valha. Sabia, sempre soube, sabe e apaga.
Toda esta geração que tomou conta de Portugal sabia e militou pelo apagamento.
Os que dizem que eram contra e anti-estalinistas, foram para o BE e continuam a apagar na mesma.
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