O que se passa na Venezuela da actualidade, relatado em modo trágico, é um espelho do que poderia ter acontecido em Portugal, se o PREC de 1974-75 tivesse continuado. O actual BE mais o PCP são as forças política que ainda hoje defendem soluções económicas que nos conduziriam ao que a Venezula é: ruína, miséria e ainda assim apoio popular dos mais desfavorecidos que continuam a acreditar em quem os pôs nessa situação. Tudo por causa das palavras, da doutrina e do discurso.
Nestes dias, a situação da Venezuela retrata-se assim:
Público de9.5.2016:
Sol de hoje:
Perante este cenário o que faz o presidente do sítio? Isto:
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prolongou por 120 dias o
"estado de excepção e emergência económica" em vigor desde Fevereiro, mas
que agora passa a incluir também medidas para "garantir a soberania"
perante agressões internacionais.
Em Portugal, logo após o golpe de 25 de Abril o que era a nossa economia colapsou em virtude da Revolução do PREC que se instalou logo nos primeiros meses. Os capitalistas que por cá havia, com dinheiro para investir foram literalmente escorraçados em nome de uma ideologia para um novo Portugal a caminho do socialismo, tal como na Venezuela da actualidade.
Em 1975 o panorama era este, tal como referido pelo Expresso de 4 de Outubro de 1975:
Portugal estava falido um ano depois da Revolução, quando antes disso tínhamos perspectivas de evolução económica semelhantes, no mínimo aos demais países europeus, particularmente a Espanha. Não é possível a nenhum esquerdista revisionista dizer que Portugal teria o mesmo destino económico se não fosse o PREC, as nacionalizações e a política económica comunista e socialista à rédea solta, como sucedeu depois de 11 de Março de 1975.
Portanto, a causa directa da derrocada e da bancarrota é o PREC e a acção dos comunistas e socialistas. Basta ler estes recortes do O Jornal de 24.9.\976. Tal como na Venezuela.
Como é que estes desgraçados justificam, explicam e tentam resolver estas tragédias? Sempre tudo culpa dos outros, do estrangeiro e do imperialismo e do capitalismo em geral. Tal como na Venezuela da actualidade. E muitos milhares ou milhões de pessoas acreditam nessas histórias da carochinha que nem eles mesmos acreditam.
E então tentam resolver o problema desta maneira: "batalha da produção", como se escrevia no O Jornal de 23.5.1975. Os jornalistas acreditavam piamente na mézinha. Na Venezuela é igual...
E portanto a grande pergunta: por que será que as pessoas que votam e elegem esta gente que as prejudica continua a acreditar nelas? A resposta parece simples: porque são enganadas e querem sê-lo. Sair desse engano é-lhes penoso porque se identificam mais com essa gente do que com os celerados capitalistas e burgueses. Será uma questão de inveja, pura e simples? Também é.