terça-feira, maio 16, 2017

O Ultramar português nas vésperas do 25 de Abril de 74

A discussão acerca do 25 de Abril de 1974 é algo inseparável dos acontecimentos no Ultramar português desse tempo.

Na revista Observador, nº 17 de 11 de Junho de 1971 ( a melhor fonte de informação disponível para se compreender o marcelismo na sua totalidade visível) num dossier mostrava-se a realidade do Ultramar português praticamente na véspera da viragem para a revolução no linguarejar democrático que se lhe seguiu.
Era esta a visão dos que ainda acreditavam no Ultramar português como fazendo parte integrante da Nação e pela qual se devia combater.
Não era o fascismo ou o fassismo que estava em causa, como dizem agora os que replicam a linguagem comunista, mas uma visão de Portugal no mundo que nos tornava um país isolado em relação a um cada vez maior número de países, representados na ONU e que ostensivamente nos voltavam as costas e votavam contra nós.

Essa concepção não era antiquada, se lermos o que fica escrito, porque havia uma noção de que "tudo era possível" em África, se nós nos mantivéssemos firmes no posto de batalha.




Ainda hoje há quem não tenha mudado essencialmente e no O Diabo de hoje há este artigo do "oficial piloto aviador" Brandão Ferreira que isso mostra de algum modo.


O Ultramar português e o que lhe sucedeu continua a ser uma questão em aberto, embora muito poucos lhe peguem pelo lado oposto à doutrina oficiosa que se instalou nos últimos 40 anos.
Mais um motivo, por isso mesmo, de abrir discussões sobre o assunto em busca do esclarecimento de quem o pretende.

Questuber! Mais um escândalo!