Observador:
Em entrevista ao Diário de Notícias/TSF,
gravada na última sexta-feira (horas antes de ser conhecido o relatório
da Proteção Civil que dava conta de uma falência grave do SIRESP que se
prolongou por quatro dias) e publicada este domingo, a ministra da
Administração Interna admite retirar consequências das investigações à
operação em Pedrógão Grande que estão em curso. “Tiraremos as devidas
ilações e eu tirarei naturalmente as devidas ilações”, diz Constança Urbano de Sousa.
A
ministra fala de uma “grande tragédia” mas recusa retirar “conclusões
precipitadas” sobre as investigações em curso. E ressalva: “Neste
momento, eu acho que é muito prematuro estar aqui a seguir pelo caminho
que é fácil, era o caminho mais fácil a seguir, ia satisfazer uma certa apetência que alguns têm pelo sangue, se quisermos. Mas ia resolver algum problema pergunto-lhe a si eu agora?”
Esta senhora percebe zero sobre princípios políticos democráticos tal como são amplamente proclamados...para os outros e sempre que lhes interessa. Responsabilidade política, responsabilidade objectiva, pudor, senso é tudo arrasado em argumentos patéticos e "resilientes".
Só por isso devia sair. Nem precisa de saber mais nada de relatório algum. Um cargo político exerce-se para servir um país mas não deve ser "resiliente" a vicissitudes que o colocam objectivamente em causa.
O país não precisa de gente desta, na política.
Entretanto no CM de hoje, "ridendo castigat mores":
6 comentários:
AHAHAHAHA
Há coisas espantosas em Portugal, não é?
E o "também estamos metidos nisto?"
":O))))))))
como noutras eras:
'acta est fabula, plaudite!'
o avatar ou descida duma divindade à Terra
terá provocado uma perestroika (перестройка) na geringonça
mas não uma glasnot
(гласность)
há mais morte para além do deficit
gasta-se mais
pede-se mais emprestado
Dado importante no El Mundo de hoje. Famílias da Várzea contactadas pela Protecção Civil para saírem de casa e fazerem-se 'a estrada. Numa altura em que a N 236 e acessos já estavam engolidos pelo fogo.
Miguel D
http://www.elmundo.es/cronica/2017/06/25/594e31ace2704ed92b8b4581.html
Miguel D
Esse é um dado novo e, a confirmar-se, relevantíssimo.
Confirmará, no grau mais elevado possível, que, para além de tudo o mais, a falha decisiva foi a inexistência ou não-implementação naquela zona de um plano de emergência adequado a proteger vidas humanas, em caso de fogo descontrolado.
De recordar sempre que as mortes acontecem mais de cinco horas depois de começado o fogo.
Já comentei. De facto é dado novo. Veremos se se confirma.
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