Proença de Carvalho é a peça que falta para se entender melhor o aspecto mais importante do puzzle do Marquês.
Este advogado esteve dentro de todos os casos que se interligam no processo do Marquês, particularmente no da PT e desde o início, na OPA da Sonae até ao final. Por "dentro" significa ter participado como negociador ( ele diz que foi por conta da CGD...como se isso fosse apenas assim e o Governo de então nada tivesse a ver com o caso, mesmo depois de ter nomeado um tal Vara para um sector estratégico da administração) e como advogado do principal envolvido ( José Sócrates, que largou logo que o mesmo foi preso...). Diz-se que Proença foi o indivíduo que indicou o antigo PGR Pinto Monteiro, para o cargo. Por duas razões: a primeira tornou-se óbvia ao longo do mandato daquele e a segunda porque é quase da mesma terra e amigo chegado. As conversas entre ambos terão sido das coisas mais interessantes para se compreender o que ocorreu em Portugal de 2005 a 2009.
Sem esta peça o puzzle fica incompleto e a Justiça quer-se completa e perfeita senão será sempre injustiça.
O MºPº e o poder judicial têm que integrar esta peça no seu devido lugar e já tarda. Se isso acontecer cairá o Carmo e a Trindade nos media afectos ( antigos da Olivedesportos, como se pode ler nas conversas do tal Vara com o comendador Joaquim, Oliveira dos desportos) mas é mesmo isso que tem que ocorrer: cair o carmo e a trindade deste período negro da nossa história mais contemporânea e que os estudiosos dos livros ainda não perceberam bem.
Por outro lado o CM de hoje retoma o tema do ridículo da actual ministra da Administração Interna cuja dignidade no cargo é assim caricaturada:
O povo diz que quem não tem vergonha todo o mundo é seu...