Observador:
A administração do grupo Impresa comunicou esta quarta-feira a intenção de encerrar a revista Visão, avança o jornal Público. Isso, sabe o Observador, acontecerá caso não seja possível vender o título até ao final do ano.
À excepção da SIC e do semanário Expresso, todas as outras publicações detidas pelo grupo estão em risco: a Caras, a Caras Decoração, a Activa, a Visão Júnior, a Visão História, a Exame, a Exame Informática, a Telenovelas, a TV Mais, a Blitz, o Courier Internacional e o Jornal de Letras.
A prioridade passa por continuar a melhorar a situação financeira do Grupo, assegurando a sua sustentabilidade económica, e logo a sua independência editorial”, pode ler-se ainda.A redacção da revista Visão está neste momento reunida em plenário, onde foi informada dos planos da administração.
Os directores das revistas afectadas foram informados da decisão esta quarta-feira, numa reunião com a administração do grupo Impresa, presidido por Francisco Balsemão. Na reunião, ficou também a saber-se que o Expresso e a SIC se mantêm no grupo Impresa.
O grupo Impresa teve uma diminuição de cerca de 7,6% das receitas, no segundo trimestre deste ano, em relação ao período homólogo de 2016. As receitas de publicidade tiveram também uma queda de cerca de 11,9% — o que contribuiu para a diminuição das receitas. No primeiro semestre o cenário tinha sido semelhante. Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Impresa revelou que as receitas consolidadas caíram 5,5% nesse período.
Francisco Pedro Pinto Balsemão, filho do presidente e fundador do grupo, foi nomeado presidente executivo, no início do ano passado, substituindo Pedro Norton.
Comentário:
A Visão começou em 1993, como uma espécie de continuação de O Jornal, fundado em 1975 e desde sempre um pagode da esquerda democrática e um pouco menos que isso, do lado esquerdista. Dez anos depois celebrou o aniversário convidando estes ilustres para escrever nesse número. Nessa altura já pertencia ao grupo de Balsemão, Impresa. Agora, passados 14 anos está falida.
Falta-lhes o "o dono daquilo tudo"...e é sabido que roma não paga a traidores.
E qual foi a traição? Continuar a ser esquerdista à moda de quem vai aos grelos quando o grupo de Balsemão tem raiz social-democrata. De direita, se se quiser. Da que os João Miguel Tavares e outras Maria João do Observador gostam.
A Visão foi um dos berços da geringonça governativa que temos. Podem limpar agora as mãos à parede.