quarta-feira, agosto 23, 2017

Roma não costuma pagar a traidores


Observador:

A administração do grupo Impresa comunicou esta quarta-feira a intenção de encerrar a revista Visão, avança o jornal Público. Isso, sabe o Observador, acontecerá caso não seja possível vender o título até ao final do ano.
À excepção da SIC e do semanário Expresso, todas as outras publicações detidas pelo grupo estão em risco: a Caras, a Caras Decoração, a Activa, a Visão Júnior, a Visão História, a Exame, a Exame Informática, a Telenovelas, a TV Mais, a Blitz, o Courier Internacional e o Jornal de Letras.
Um comunicado enviado pelo presidente executivo Francisco Pedro Pinto Balsemão, filho do presidente e fundador do grupo, esclarece que a Impresa “procederá a um reposicionamento estratégico da sua actividade” que irá focar-se nas “componentes do audiovisual e do digital”, em detrimento do “sector das revistas”.
A prioridade passa por continuar a melhorar a situação financeira do Grupo, assegurando a sua sustentabilidade económica, e logo a sua independência editorial”, pode ler-se ainda.
A redacção da revista Visão está neste momento reunida em plenário, onde foi informada dos planos da administração.
Os directores das revistas afectadas foram informados da decisão esta quarta-feira, numa reunião com a administração do grupo Impresa, presidido por Francisco Balsemão. Na reunião, ficou também a saber-se que o Expresso e a SIC se mantêm no grupo Impresa.
O grupo Impresa teve uma diminuição de cerca de 7,6% das receitas, no segundo trimestre deste ano, em relação ao período homólogo de 2016. As receitas de publicidade tiveram também uma queda de cerca de 11,9% — o que contribuiu para a diminuição das receitas. No primeiro semestre o cenário tinha sido semelhante. Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Impresa revelou que as receitas consolidadas caíram 5,5% nesse período.
Francisco Pedro Pinto Balsemão, filho do presidente e fundador do grupo, foi nomeado presidente executivo, no início do ano passado, substituindo Pedro Norton.
 
Comentário:

A Visão  começou em 1993, como uma espécie de continuação de O Jornal, fundado em 1975 e desde sempre um pagode da esquerda democrática e um pouco menos que isso, do lado esquerdista. Dez anos depois celebrou o aniversário convidando estes ilustres para escrever nesse número. Nessa altura já pertencia ao grupo de Balsemão, Impresa. Agora, passados 14 anos está falida.
Falta-lhes o "o dono daquilo tudo"...e é sabido que roma não paga a traidores.
E qual foi a traição? Continuar a ser esquerdista à moda de quem vai aos grelos quando o grupo de Balsemão tem raiz social-democrata. De direita, se se quiser. Da que os João Miguel Tavares e outras Maria João do Observador gostam.
A Visão foi um dos berços da geringonça governativa que temos. Podem limpar agora as mãos à parede.



7 comentários:

Floribundus disse...

totalitarismo social-fascista

«Face ao exposto, a CIG, por orientação do Ministro Adjunto, recomendou à Porto Editora – tendo em conta o seu relevante papel educativo – que retire estas duas publicações dos pontos de venda, disponibilizando-se para colaborar na revisão dos conteúdos das mesmas, no sentido de eliminar as mensagens que possam ser promotoras de uma diferenciação e desvalorização do papel das raparigas no espaço público e dos rapazes no espaço privado.

Floribundus disse...

sempre andou por aqui muita deficiência de visão

recomenda-se outro oftalmologista

há tendência para zero

JReis disse...

Balsemão está a colher o que semeou. Cáceres Monteiro, já falecido, esteve à frente da Visão muitos anos e foi ele que deu albergue a uma turba de esquerdalhos empedernidos para que pudessem doutrinar as massas analfabetas que em tudo acreditavam e Balsemão permitiu essa bandalheira pois enquanto satisfazia a oligarquia esquerdalha ia retirando dividendos. Agora é o fim da linha pois nem a pagar mais de 4% de juros os investidores quiseram o empréstimo obrigacionista de milhões. Será um favor ao povo e ao jornalismo que a Visão deixe de existir pois fica provado que o jornalismo doutrinador esquerdalho não cola. Falta depois falir o Expresso mas também não deve demorar muito pois levando em conta que dá albergue a um tudologo como Daniel Oliveira que mais não é que um cobarde do regime o espectro de falência não deverá demorar muito.

altaia disse...

Paulo Querido
5 min ·

A quantidade de disparates que já li hoje sobre o Grupo Impresa desfazer-se de revistas só tem comparação com a quantidade de erros cometidos nos últimos 20 anos dentro daquele grupo.

Basicamente resume-se a isto: o papel chegou à reta final enquanto veículo do lucro com o jornalismo e na passagem para o online é uma aberração, ainda por cima sem racional económico, ter 10 sites a repetirem os mesmos conteúdos.

Podia o grupo Impresa ter chegado a este turning point com melhores opções? Muito provavelmente sim, mas pensem na quantidade de conselheiros que teriam ficado sem ordenado e nas consultoras que teriam ficado sem tão bons negócios como os que fizeram nessas 2 décadas a vender relatórios para a "quarta roda" do grupo.

Feitas as contas, é capaz de estarem melhor assim lá no grupo. E para o management seguramente: as rescisões são tradicionalmente boas para os quadros médios do grupo.

Maria disse...

José, desculpe de sair do tema mas não resito. Ía no carro a tentar sintonizar a Antena 2 ou a Smooth (a rádio "Amália" de que gostava, mas foi por muito pouco tempo, é uma desgraça, em vez de colocarem os fados lindos da Amália e volta e meia de um outro/a fadista/s excepcionais como a Maria Teresa de Noronha, Teresa Tarouca, João Ferreira Rosa, D.Vicente da Câmara, etc., colocam fadistas que são uma verdadeira lástima, não têm voz para o fado, na verdade não cantam nada de nada. Uma vergonha para uma Estação de rádio que adoptou o nome da nossa maior fadista e não obstante, tenho a certeza, foi só para atrair ouvintes. Pois estão muito enganados, com os pseudo-fados que põem sucessivamente a tocar ninguém os quer ouvir.

Mas o que venho aqui contar é algo diferente e muito curioso, para dizer o mínimo. Estando eu à procura da rádio Smooth para ouvir o Sinatra ou o Nat King Cole e parei por momentos na Antena3 para ouvir uns sujeitos que estavam a debater qualquer coisa que me chamou a atenção. Os nomes dos intervenientes não cheguei a ouvir, às tantas um deles afirma "mas essa Fernanda Câncio é a filha do Ferro Rodrigues..." e diz logo outro, calculo que fosse o locutor "não digas uma coisas dessas que ela não quer!" e acrescenta ainda outro "olha que se ela te ouvisse dizer isso zangava-se contigo".

Não ouvi mais nada do debate porque entretanto tinha chegado ao meu destino. Aquela afirmação deixou-me perplexa. Mas será isto verdade? Será que a Câncio jornalista e autora do blogo Jugular e de quem volta e meia se fala, é de facto filha do Ferro Rodrigues!?!? Se de facto é e não parece que eles estivessem a brincar num programa de rádio e creio que em directo e ouvido por milhões de pessoas, então muita coisa está explicada com respeito à sua rápida ascenção como jornalista e muito mais como namorada de Sócratas...

Maria disse...

Leia-se "resisto" e "Sócrates"

foca disse...

É desta que temos o Daniel Oliveira a criar uma empresa que dê trabalho magnificamente remunerado e com condições fantásticas.
Sim, porque é homem para isso, e ainda convida o Louçã para diretor financeiro

O Público activista e relapso