A jornalista que escreve de modo mais cretino no Público - Ana Henriques- foi ontem ao STJ assistir à aceitação da nomeação de novos membros do CSM.
Começa assim o artigo de reportagem: " Foi um aviso à navegação o recado que o pSTJ, Joaquim Piçarra deixou ontem ao seu vice no CSM: "o tempo da justiça fechada em si mesma acabou".
Para explicar este enigma esfíngico do pSTJ a jornalista adivinha "desconfianças que pairam sobre o magistrado que nos próximos três ou quatro anos será o rosto do órgão responsável pela gestão e pela disciplina dos juízes" .
E que desconfianças serão essas? Não explica, fazendo eco de palavras equívocas do pSTJ, presidente por inerência do CSM, atirando-as contra o vice recém eleito, José Lameira.
Lendo o artigo cretino percebe-se melhor o processo intencional deste jornalismo de causas peregrinas.
Lá aparece de novo o caso "Neto de Moura" que a jornalista arrastou pela lama mediática sem perceber a essência de uma decisão que se tornou polémica por isso mesmo. Continua a vituperar cretinamente "os acórdãos que desculpabilizam agressões contra mulheres adúlteras" e se calhar acha isto jornalismo, não tendo ninguém que lhe esfregue mais esta nojeira na cara profissional.
Assim, descobriu uma vertente "conservadora" na personalidade do juiz que agora foi eleito vice do CSM. Escreve que "José Sousa Lameira viu-se-lhe colar um rótulo de conservadorismo de que não se consegue livrar".
Sendo esta jornalista a dizê-lo seria bom perguntar quem lho disse, onde o ouviu e porque é que o tal juiz não se conseguirá livrar do tal rótulo, se for verdadeiro.
Que jornalismo é este que afirma, proclama, estatui sem prova, sem indício, sem qualquer razão de ciência? Um jornalismo de causas evidentemente porque não há outra explicação, para além da pobreza intelectual de quem o pratica.
O que escreveria esta jornalista do outro que ficou arredado do cargo, o Belo Morgado? Com certeza que não seriam estas inanidades mas também não se saberá porquê.
Talvez porque o Belo Morgado que perdeu o feudo gostasse de anunciar aos quatro ventos e logo em cima do acontecimento, a instauração de processos de índole disciplinar a juízes relativamente a factos que estas cretinas do jornalismo nacional inventariavam e expunham para o efeito da causa.
Este vice não vai alinhar nesse paradigma de correia de transmissão com o jornalismo trash nacional, tornando-se porta-voz do populismo judiciário.
É esse o problema, a meu ver.
O Correio da Manhã, esse, nem uma linha escreve sobre o assunto da aceitação do cargo, pelo juiz Lameira. Não é noticia, para o jornal de hoje.
Nota: retirei os epítetos pessoalizados porque só conheço os escritos e por isso os qualifico como os entendo.
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