Em 1952 a Companhia Nacional Editora publicou uma pequena obra, de compêndio de passagens avulsas dos discursos de Salazar, até ao tomo IV, complementados com alguns textos do livro de António Ferro sobre Salazar e ainda do jornal A Voz.
Tal obra tinha como autor J.P. D´Assac e começava assim com um pequeno texto de 1949 de Salazar sobre si próprio:
No tomo I dos Discursos, Salazar expôs o que pensava sobre o "Totalitarismo":
Em seguida teorizou sobre "O Estado forte":
Algumas páginas adiante expõe com imensa clareza e escrita elegante o que pensa do liberalismo económico ( que repudia); do estatismo ( que repudia); da plutocracia ( que repudia); da luta de classes que também repudia e do comunismo que evidentemente repudia com uma solidez de argumentos que ainda hoje são válidos e pouca gente os usa para confrontar palermas e outros palhaços desta democracia.
"Nós procuramos fugir ao socialismo e ao comunismo por meio das corporações, aplicando o princípio da organização corporativa não só à agriculturam comércio e indústria, isto é, a actividades directa e puramente lucrativas, mas as actividades espirituais e morais que com ela coexistem e têm na vida tanta importância, pelo menos, como o pão para o corpo." ( Disc. Tomo III)
"A riqueza é filha do trabalho e quem fornece o trabalho é o trabalhador"....( Disc. Tomo I)
" É o mundo do trabalho dominado, quase por toda a parte, por errada ideologia, ligando a melhoria das suas condições a determinadas fórmulas políticas que factos vão sucessivamente demonstrando serem menos aptas para resolver problemas, que a luta de classes complica..." ( Disc. Tomo I)
E o repúdio veemente do comunismo: "Negou-se Deus, a certeza, a verdade, a justiça, a moral, em nome do materialismo, do cepticismo, do pragmatismo, do epirurismo, de mil sistemas confusos, em que o vácuo foi preenchido com dificuldades" ( Disc. Tomo I)
"O comunismo constitui, a meu ver, o maior problema humano de todos os tempos, quero significar, um problema de conceitos básicos de humanidade e de vida individual e social, e por consequência grave risco para a civilização ocidental e cristã". Disc. Tomo I
"Se não me engano, na Europa, salvo Portugal, a Espanha, e a Suíça ( embora esta última por motivos diferentes dos primeiros) e como na Europa, em quase todo o mundo, o comunismo goza da liberdade de propaganda e organização, bastando-lhe- o que não custa nada- declarar-se integrado no plano das forças políticas nacionais. " Disc. Tomo IV
Aqui fica o que Salazar pensava sobre estes temas ainda na primeira metade do séc. XX.
É uma lição para quem anda a propagandear o comunismo e esquerdismo como valores a cultivar em Portugal.
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