No tempo de Sócrates houve umas negociatas entre o governo do dito e o governante da Venezuela, Chavez.
Tais negociatas deveriam ter sido negócios de Estado mas aparentemente o Estado que está não tem registos devidos do assunto, no sítio onde deveriam estar.
O TCIC solicitou documentos - actas da Comissão de acompanhamento e respectivos anexos relacionados com negócios de construção civil e referentes aos dias 10.10.2008; 21 e 22.1.2010; 15 a 18 de Junho de 2010 e 17 a 20 de Fevereiro de 2011.
São vários documentos que certamente darão conta do que se passou nas reuniões. Tais actas, naturalmente não são escritas em papel molhado, mas ficam em computadores, tendo eventualmente sido redigidas por funcionários habilitados.
Ou seja, devem estar guardados algures. Pelos vistos o Ministério da Economia procurou, procurou e não encontrou tais documentos. Das duas uma: ou não procuraram bem ou foram movimentados para outro sítio virtual, mormente para a pasta conhecida como "lixeira".
Alguém se terá dado ao trabalho de tal e se o fez cometeu um crime se foi de propósito. Perante o que está em jogo torna-se obrigatório instaurar um inquérito no MºPº e realizar diligências urgentes, de busca nas instalações em causa, apreendendo material informático e realizando peritagens para se descobrir onde foram parar tais actas.
Não é nada de especial e tal tarefa já deveria ter sido realizada ontem porque a notícia de tal desaparecimento tem algumas semanas, pelo menos.
O juiz Ivo Rosa fez alguma coisa por isso? O MºPº viu se fez ou não fez? Ainda vai a tempo de ver...
Segundo segredo:
Em 2015 aconteceu algo extradordinário na TVI cuja informação era orientada por um amigo de Sócrates, Sérgio Figueiredo.
Já foi contado aqui:
JN:
"A Associação de Lesados do Banif (ALBOA) vai avançar com uma ação judicial por negligência contra a TVI até ao próximo fim de semana e depois contra a Comissão Europeia, por indícios de responsabilização da mesma no processo.
"Iremos avançar para ações contra a Comissão Europeia, porque temos indícios suficientes de responsabilização da mesma. Até ao próximo fim de semana, haveremos de avançar com uma ação contra a TVI, por negligência", anunciou hoje o presidente da ALBOA, Jacinto José Brito da Silva, na comissão parlamentar de inquérito ao Banif, onde está a ser ouvido.
Sérgio Figueiredo que passou da Fundação EDP para a afundação da TVI deve ser ouvido hoje no Parlamento e vai ter muito que explicar embora se preveja que diga nada, aos costumes.
O caso começou assim, como se explica aqui, embora os bastidores ainda não sejam bem conhecidos e apenas adivinháveis...
No fim de Novembro o Banif inicia um concurso para a venda da posição do estado (60,5%). Jorge Tomé, presidente executivo do banco madeirense, afirmou mais tarde que receberam quatro propostas válidas, uma delas do próprio grupo Santander – que oferecia um valor muito superior. Estas propostas seriam apresentadas entre 14 e 18 de Dezembro;
13 de Dezembro: Um dia antes da apresentação das propostas, a TVI transmite em directo no canal TVI24, no site da TVI24, no Facebook e no Twitter a notícia: “Banif: está tudo preparado para o fecho do banco”.
O problema que se criou instantaneamente e levou à corrida aos depósitos foi inequivocamente fruto desta notícia como já se deu conta várias vezes e o próprio Figueiredo, agora com as barbas de molho, já admitiu implicitamente ao DN de 6.3.2016, embora negasse o efeito deletério. Apenas admitiu a self-fullfilling prophecy, tomando toda a gente por uma cambada de parvos. Veremos se os tribunais também vão na cantiga."
Agora tudo isto deu nisto: uma acusação contra Sérgio Figueiredo.
Atendendo ao montante pedido ao pindérico será caso para dizer, como disse o falecido Vilhena quando a princesa do Mónaco lhe instaurou um processo por ofensa à honra ( o besta do Vilhena desenhou-a de modo canhestro e ofensivo, como era costume...) a pedir-lhe quase meio milhão de dólares: ...dasse!
Seja como for, agora sabe-se que isto redundou nisso que o tal Sérgio Figueiredo deveria explicar melhor não se sabendo se o vai fazer. Mas há muita gente interessada em saber...
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