terça-feira, julho 03, 2018

O Semanário de Notícias, um jornal de croniqueiros crónicos ideologicamente mascarados.

O Diário de Notícias, jornal diário com 153 anos, acabou. Em vez do diário que durou esse tempo todo, há agora um semanário, com o mesmo nome e que promete mundos e fundos, assim:


Como se pode ler, os mundos do DN continuam os mesmos: é um mundo de Adolfo Mesquita Nunes ( então não?!), Marisa Matias ( Eurodeputada do BE, pá!), Margarida Balseiro Lopes ( Quem? Presidente da JSD, podia lá faltar), Maria Antónia Almeida Santos (quem? Deputada do PS, tinha que ser),  António Araújo ( tem o adequado pedigree) e outros do mesmo género e espécie, como a ingenuamente Câncio ou o  antigo escriba do Pastilhas de Miguel Esteves Cardoso, Rui Pelejão, este, porém, um pouco mais próximo dos autores que gostaria de ler, em vez daqueles que se juntam aos habituais croniqueiros do jornal. O Semanário de Notícias transformou-se assim, num jornal de croniqueiros crónicos. Tem vinte ao todo, sem contar com o croniqueiro-mor, o antigo mascarilha Ferreira Fernandes.
Também tem Viriato Soromenho-Marques, neste caso com uma crónica auto-complacente sobre os jornais e a memória da sua primeira escrita, sobre Allende, no registo politicamente correcto ( Allende morto pelo fassismo de Pinochet...etc). Este nunca falhou uma. Aprendeu com Kant a liberdade de pensamento...
Para além desses mundos fechados, há os fundos abertos nos offshores do Oriente. Esses, para esta colecta, não durarão outros 153... dias, penso eu de que, ao ler a primeira edição  do novo diário travestido em semanário.

Tirando os croniqueiros que são mais que as mães, há os jornalistas, a rarear e com futuro incerto.

Um deles, João Céu Silva, foi o que me fez ler o jornal. Da próxima veremos como será. Desta foi por causa da página que aqui fica:


Como alguns sabem, Vasco Pulido Valente regressou há uns dias ao convívio mediático. Primeiro numa entrevista na RTP3 cuja visualização se recomenda, em que fala até de Salazar e do salazarismo. Como ele disse, ao contrário da ideia corrente, espalhada pelo comunismo primitivo e pelos papagaios da escrita condizente e correcta, que incluem todos os acima apontados,  o fascismo nunca existiu, nesse tempo, tal como já tinha sido escrito na capa de um livro,  pelo filósofo dos pobrezinhos portugueses, Eduardo Lourenço.

Para tal ideia, historicamente falsa, muito contribuíram discursos como este que passo a citar, vindo das calendas de 24 de Outubro de 1975, na revista Flama ( que era do Patriarcado de Lisboa...):

E quem era o inflamado autor deste discurso corrosivo contra o fascismo e tutti quanti o apoiasse? 

Era este jovem guerreiro, mascarado, ao meio na foto e que ainda não pensava ser director do Diário de Notícias, travestido agora em semanário. 


Aprendeu alguma coisa esse jovem mascarilha, depois de tirar o lenço de cóbói?  Sim. Agora não gosta de anónimos e trata de os desmascarar. Trauma de juventude, por certo.

Esqueceu alguma coisa desse tempo? Duvido muito.

Estes mascarados ideológicos ainda hoje poderiam aproveitar a leitura do artiguelho que se  anunciava no mesmo número, sobre " o que acontece a um país sem divisas?". A resposta não a davam logo, mas demorou poucos meses a ser dada pela Realidade que mascaravam: a bancarrota.

E qual era a explicação que davam para mascarar essa Realidade? Simples, porque ainda hoje é a mesma para as duas bancarrotas que se lhe seguiram: a crise internacional. Na altura era "a crise do sistema capitalista internacional, quer a crise estrutural profunda em que ele vive quer a sua actual crise cíclica em desenvolvimento". O marxismo é sempre assim: mascara-se a incompetência atávica dos kamaradas com umas pinceladas intelectuais. Umas papas e bolos e os tolos estão no papo. Uns saltos no palco a homenagear os zés pedros e está feito o circo para as próximas eleições. No caso ainda se acrescentava "a quebra das remessas dos emigrantes ( movimentada por razões políticas mas ligada ainda à crise exterior), a paralização da própria corrente migratória, a atitude política do grande capital face à revolução portuguesa ( boicotes, sabotagens, ataques a nível económico, etc)". Uma explicação idêntica à que os Maduros da Venezuela também dão para o caos económico que provocaram. Tudo culpa dos outros. Sempre.

Nem se lembraram de olhar para o lado, a Espanha que não cometeu as loucuras criminosas do PREC, para perceberem que eles eram a origem do problema, do caos e da bancarrota.

Ainda hoje o não admitem...


Quanto ao actual dono do DN, por interposto entreposto de fundos orientais, o magnífico Proença de Carvalho que assina uma espécie de editorial na mesma página do outro, que fazia tal personagem mirífica desta democracia, na altura em que os mascarados ideológicos tomavam conta do país?

Este pomba branca do regime que temos, em 1975 era socialista democrático. Vinha da Soalheira, terra pobre e por isso era do partido dos pobrezinhos. Ainda tinha pouco cacau, apesar do que lhe deu o Champalimaud, por conta de Salgado Zenha e por isso precisava de ganhar uns cobres.  Poucos dias depois daquela foto dos mascarilhas dos SUV, Em Novembro de 1975, aceitou tomar conta do Jornal Novo, fundado em Abril desse ano por um grupo de capitalistas monopolistas fascistas ( os Mello e Champalimaud, mais um Artur Portela Filho demasiado esquerdista para o gosto deles e que por isso esteve lá pouco tempo).
Sob este Pôncio de Carvalho o jornal também não singrou por aí além e foi substituído por Helena Roseta, cerca de três anos depois.
Quanto ao Proença foi de vento em popa para ministro de um governo da confiança de Ramalho Eanes, para a RTP, idem,  e depois para todas as comissões que importam na área do poder político em Portugal. Freitas do Amaral, Cavaco Silva e por aí fora ,com os dias loureiros todos até chegar a advogado preferido de Ricardo Salgado, o do BES e ao poleiro da Global Media.

A convergência com os mascarados foi-se aperfeiçoando e cá estamos, neste nosso belo estado social.

Proença é um dos que detém o segredo do nosso actual regime. É de polichinelo, porém: uma cambada de corruptos e incompetentes. Com poucas excepções porque quando não são uma coisa, são outra e quem junta as duas,  manda.

70 comentários:

zazie disse...

Trauma da juventude

AHAHAHHAHAHA

Mario Figueiredo disse...

Foda-se, Hahah!
Afiambra-lhes josé!

Dessa não sabia eu. Magnifico! Digno de moldura.

josé disse...

Então não sabia que Ferreira Fernandes foi um dos fundadores dos SUV?

josé disse...

Daqui a bocado vou aprimorar o postal. Faltam aí umas coisas...

muja disse...

As estradas "do Dr. Salazar" eram estreitinhas.

É patológico...

Floribundus disse...

o dn em breve passa a sair mensalmente e num futuro próximo anualmente
quando faltar o 'guito'

outro suv era o féfé

endireitar o rectângulo não é com eles

muja disse...

Fala até de Salazar? "Até", José?

Mas quando é que estes indivíduos não falam de Salazar?!

Até na porcaria da bola o metem. Já ouvi para aí que o Salazar é que beneficiava o Bem-fi-ca!

Não há pachorra.

Nem pachorra nem maneira de desampararem a loja... Se isto é para morrer que seja de uma vez e eles que vão à frente e o quanto antes.

josé disse...

"e o quanto antes"...até V.?

Foi conquistado pelo acordo ortográfico?

Zephyrus disse...

Essa das estradas estreitinhas caiu-me mal.

O problema das estradas tem muito que se lhe diga. No seculo XIX ja havia inumeros textos onde o problema das vias de comunicacao era exposto. O interior nao podia exportar pois as comunicacoes eram nao raras vezes feitas por caminhos de cabras. Isto por nos seculos anteriores nao foi feito investimento na melhoria da metropole, tendo em vista o desenvolvimento de um sistema produtivo. Em boa medida, o Imperio e o Brasil foram presentes algo envenenados... apenas por culpa de algumas elites.

Salazar ate fez muito em 4 decadas. Ou queriam recuperar o atraso de seculos em poucos anos? Ja agora, importa referir que temos um opovoamento estupido em algumas regioes e em Espanha nao e assim. Temos excesso de sitios, montes, quintas. Muito povoamento disperso, uma irracionalidade que piorou bastante com a democracia. Visto do ceu, nao ha pais tao desordenado na Europa, salva-se o Alentejo ou Tras-os-Montes. Em democracia levaram estradas, electricidade, ate esgotos, a montes em serras que agora estao ate sem habitantes. Os espanhois recusaram-se a fazer isto...

Estradas estreitinhas? Culpem quem nos governou nos seculos anteriores...

Zephyrus disse...

Alias, o Jose ja colocou aqui os projectos para as primeiras auto-estradas do marcelismo... e pagas com o nosso dinheiro e sem divida. Outro dos projectos em marcha era o regadio no Alentejo...

Regadio, auto-estradas, turismo... tudo na gaveta e destruido em 1974, para avancar 20, 30 ou 40 anos depois com divida e sem merito.

muja disse...

Eu? Só se foi sem dar conta.

Não o sabia susceptível a essa expressão... coloquial, vá.

Prontos! Fico a saber. Ahahaah!

muja disse...

Até fez muito, Zephyrus? Só fez mais que todos, e com várias voltas de avanço.

Mas pronto, estes beatos anti-fassistas são assim - não podem mencionar o diabo sem um abrenúncio, t'arrenego, credo e sinal da cruz.

Que dirá este parolo presunçoso das estradas inglesas?

Às tantas nem conhece. Deve pensar que é só auto-estradas com oito faixas...

muja disse...

Se o Sá Carneiro morria em acidente de automóvel, já se vê que a culpa era das estradas estreitas do Salazar!

muja disse...

Porém, é fácil de topar com as estadas "do Dr. Salazar", e não é pela estreiteza.

Todas têm berma de calçada, para conter o alcatrão e evitar que se esboroe.

Ainda há uns anos, furei um pneu nas bermas do Alentejo nessa calçada, porque usa seixo se bem me lembro.

muja disse...

Pormenores que revelam uma maneira de fazer as coisas.

Hoje o pagode ainda é capaz de troçar disso.

E a seguir gane quando se chega a hora de pagar.

josé disse...

"quanto antes", sim, sempre. "o quanto antes" é fugir a sete pés.

Mario Figueiredo disse...

O post está ainda melhor após algumas edições. Estou sempre a aprender com o josé.

Bem haja, meu amigo!

Zephyrus disse...

Exacto. Fez-se em 40 anos o que ja deveria ter sido feito ao longo do seculo XIX e ate antes. Entretanto, voltou-se ao mesmo. O fontismo fez obra sem que a sociedade tivesse abandonado a cerca para ser tornar uma sociedade industrial. A falencia veio em 1892. Este regime fez obra sem que houvesse analise custo-beneficio. Por exemplo, um IP de Setubal ate ao Algarve teria sido suficiente. Nao ha transito na maior parte do ano que justifique a existencia daquela auto-estrada. Ja a Via do Infante justifica-se, pois serve uma faixa litoral que concentra 400 mil almas e uma populacao flutuante acima de 1 milhao. Mas levou com portagens milionarias e agora andam renovando a EN 125... que passou de estrada nacional a rua onde em boa parte ja nao e possivel circular acima dos 50 km/h. Nas ditas estradinhas nacionais de Salazar circulava-se a 90 km/h na maior parte do percurso. O ordenamento abrileiro converteu estradas nacionais em ruas... verdadeiras armadilhas para a seguranca e para a caca a multa. As estradinhas abrileiras foram infestadas de casario e rotundas...

muja disse...

Mas ainda bem que fala no aborto, José.

Tenho pensado nisso. Não no aborto em si, mas na "adoção" generalizada que se fez.

Aparte o Estado, mais ninguém era a isso obrigado. E, porém, foi um rápido. No outro dia vi uma carrinha da Cáritas, com linguajar em abortês.

Claro que não sei, mas fiquei com a impressão que mandaram pintar as letras na carrrinha de propósito para "atualizar" a língua, porque a carrinha não era nova nem especialmente recente.

E, porém, foram gastar dinheiro naquilo. Sem que ninguém os obrigasse a isso!

E assim há-de ter sido por todo o lado.

Porquê, e para quê?

Zephyrus disse...

Na minha freguesia tiraram essa calcada ha uns anos e coolocaram umas valas em cimento nas estradas locais. Ai de que tivesse o azar de deixar que um pneu entrasse na vala. Era impossivel estacionar na berma. entretanto tiraram algumas dessas valas... mas alguem encheu os bolsos a vender aquela porcaria. E o "engenheiro" que decidiu aquilo nao pensou que poderia ser necessario a alguem estacionar na berma?

Outra coisa boa das estradinhas de Salazar. As arvores. Isso e notorio em estradas do Alentejo. Ainda resistem algumas. Dao sombra no Verao e embelezam a paisagem. E usavam-se arvores nativas ou europeias, como freixos, platanos, choupos, pinheiros. Agora, com a moda das podas, cortam as arvores todas. Tem espatifado tudo, entre incendios e podas o pais caminha para a paisagem magrebina.

josé disse...

Para dar dinheiro aos amigos das empresas do "ajuste directo".

muja disse...

Que fenómeno esse...

Lembro-me de não há muito ter uma discussão com dois amigos que planeavam abrir um negócio, e reparei que tinham os escritos em abortês.

Levantei a questão e o que me disseram foi que "agora é assim", e que se o não fizessem que as pessoas achavam que eram antiquados ou uma palermice semelhante.

Tal e qual o que Caetano diz lá no livro.

Nem quando eu lhes disse que estavam a ser burros, e que, desse ponto de vista, tinham mais a perder que a ganhar pois as pessoas que sequer notam a ortografia são praticamente todas contra o aborto!

Pois nem assim.

E daqui, que se conclui?

Zephyrus disse...

Um aborto custa quanto ao SNS? Fala-se em perto de 500 euros.

O aborto deveria ser integralmente pago, digo eu... excepto em casos excepcionais, como risco de vida para a mae ou violacao.

20 mil abortos podem custar ate 10 milhoes de euros... dinheiro que pagaria muitos tratamentos oncologicos ou ajudaria muitas pessoas com doencas cronicas.

O problema aqui e que meia duzia de Capazes mandam no pais. Se alguem quiser acabar com a gratuitidade do aborto, aparecem logo meia duzia de "colectivos" de mulheres da extrema-esquerda a fazer gritaria nas redes sociais e nas TVs. E a Direita tem medo desta gente, nao se percebe bem porque. No tempo do Guterres meio PS ate era contra estas coisas e reparem, gente que era uma minoria armariada no PS e encostada ao BE conseguiu tudo o que queria. Como?

josé disse...

Conclui-se que burros há em todo o lado.

josé disse...

Pois mas aqui é o aborto ortográfico.

muja disse...

Não é esse aborto, Zephyrus. Ehehehe!

Esse é muito pior.

Zephyrus disse...

ah, estavam a falar de outro aborto...

Essa tem cheirinho a aventalinho e em Franca tambem ha sinais de algo...

Fizeram o mesmo na Primeira Republica. Quem muda a ortografia, muda um povo... sabiam desta? Se nao sabiam leiam os livros de um Antonio Telmo...

muja disse...

José,

então tem de se concluir que a maioria é composta de burros.

muja disse...

Zephyrus,

muda um povo? Mas o pessoal mal sabe escrever!

Daí que seja fenómeno irem a correr escrever como lhes mandam. Sem ser preciso, de facto, mandá-los!

E o mais engraçado é que nem é como lhes mandam porque não fazem ideia de como é, realmente; desde logo porque o aborto é uma confusão. Mas que não fosse...

Vão a correr escrever como pensam que foram mandados!

Zephyrus disse...

Revolucao aventalinho num pais imaginario:

- mudar a ortografia;
- mudar a linguagem;
- mudar nomes de ruas, pracas, etc;
- enfase colocada nas cerimonias que celebrem o Regime e as suas ideias (25 de Abril, 1 de Maio, 5 de Outubro), mobilizar as massas para estes rituais;
- mudar os simbolos, bandeira, hino;
- mudar a Constituicao;
- controlar jornais, e agora, TVs;
- criar instituicoes com rendas asseguradas e colocar la os "seus" (Misericordias, Fundacoes, IPSSs, Universidades privadas...)

Zephyrus disse...

Uma coisa que ninguem fala.

Este aborto afasta ainda mais a lingua portuguesa das linguas europeias. Ou seja, sera mais dificil no futuro para os portugueses aprenderem ingles, espanhol, frances ou italiano.

Com ou sem aborto, Portugal continuara a nao exportar "cultura" para o Brasil. Por que motivo nao o faz. Ora, isso tem outras explicacoes... e nao passam pelas diferencas ortograficas.

josé disse...

"então tem de se concluir que a maioria é composta de burros." Tal e qual, quanto a isso. Mas foi mesmo uma maioria? Ou apenas uma minoria qualificada para tal?

Zephyrus disse...

"Zephyrus,

muda um povo? Mas o pessoal mal sabe escrever!"

Depende daquilo em que voce "acredita". Leia, leia os livros do Antonio Telmo.

Zephyrus disse...

"E, porém, foram gastar dinheiro naquilo. Sem que ninguém os obrigasse a isso!

E assim há-de ter sido por todo o lado.

Porquê, e para quê?"

Temos de ser modernos, pa! Aos olhos das massas, por exemplo, a Espanha e Inglaterra sao paises medievais e atrasados por ter uma Monarquia... ahah

muja disse...

José, eu não falo de quem imaginou o aborto, o promoveu ou aprovou!

Falo dos milhares que correram a abraçá-lo, sem serem a isso obrigados, quando o governo mandou escrever assim no Estado!

Pelo que se vê - pelo que eu vejo, pelo menos - é uma maioria.



Zephyrus disse...

"Falo dos milhares que correram a abraçá-lo, sem serem a isso obrigados, quando o governo mandou escrever assim no Estado!

Pelo que se vê - pelo que eu vejo, pelo menos - é uma maioria.
"

Penso que ja deve ser obrigatorio nos exames nacionais... o que acaba por ser confuso para os alunos que convivem diariamente com dois sistemas. Sera que se um aluno escrever accao em vez de acao num exame nacional tera um desconto por ter cometido um erro ortografico?

Acho estranho aquela Associacao de Pais nao falar disto. Sim, aquela associacao que quer acabar com os exames nacionais e que haja escola a tempo inteiro...

Mario Figueiredo disse...

Aborto:

Bate leve, levemente, como quem chama por mim.
Será chuva, será gente?
Maioria não é certamente
Porque a maioria não bate assim.

muja disse...

Isto sem falar em instituições ou grandes empresas que também abraçaram logo a empreitada sem demora!

josé disse...

Há outro fenómeno: carneirismo. Panurgo no horizonte e todos a correr atrás...

josé disse...

"chique a valer", como dizia Eça através de Dâmaso Salcede.

muja disse...

Zephyrus, isso agora - esqueça!

Tão cedo, não tem remédio.

Ninguém faz ideia de como é ou deixa de ser. Cada um escreve mais ou menos como imagina que deve ser e pronto, é assim que vai ser daqui em diante: sem norma.

O melhor que podiam fazer era, sem alarido, reverter para o que estava e fazer-se de conta que nunca aconteceu nada.

E irem-se corrigindo as manifestações abortícias como vulgares erros ortográficos à medida que aparecessem.

E mesmo assim, era coisa para muitos anos.

Claro que isso está totalmente além das capacidades dos demokratas de serviço. Portanto, quem sabe escrever vai escrevendo, quem não sabe, escreve de qualquer maneira.

muja disse...

Pois, José. Penso que é isso mesmo.

E quanto da nossa miséria se não poderá explicar por aí...

muja disse...

E o carneirismo, o que é?

Penso que se reduz a vaidade.

Mario Figueiredo disse...

Nunca foi maioria, caro Zephyr. Nem aqui nem em lado nenhum. Onde é que se viram algumas vez grandes manifestações de apoio ao aborto em qualquer lado do mundo antes de este coimeçar a ser debatido pelas classes políticas? procure bem. Mas não procure durante muito tempo. Porque não vai encontrar.

O aborto é apenas a imposição ideologógica de um poder agarrado ao liberalismo mais populista. O aborto é um anúncio publicitário que procura convencer quem dele precisa e criar a necessidade a quem não precisa dele. É por isso que não basta a esta gente argumentar que o aborto é um direito das mulheres. Esse argumento é insuficiente e tem graves falhas. O que é preciso é criar todo um novo argumentário a que os liberais chamaram Justiça Social.

Nessa grande invenção maquievélica que é a Justiça Social, o direito da mulher ao seu corpo (presume-se portanto pela existência de um direito, que o tal de corpo pode nem sempre estar presente, vá-se lá perceber este gente), é superior. Nem o homem pode intervir sobre a decisão da mulher, ele que só é pai após o nascimento, ela que é mãe sempre. E da criança em gestação... bom dessa nem se fala. Qual direito qual quê. Essa merda nem sequer está viva!

Os problemas da Justiça Social são muitos. Começa logo pela utilização de um oximoro. A justiça, quando justa é sempre um acto social, de e para a sociedade. "Social" é portanto um termo que não faz qualquer sentido. Foi colocado ali, precisamente porque era preciso criar um novo conceito de justiça. A justiça deles. Sem que isso parece-se um acto revolucionário.

Pergunto-me quantos Augustos Gil já morreram antes de sequer ter nascido, às mãos das suas mães e pais assassinos e de um estado cúmplice?

Mario Figueiredo disse...

Em relação ao outro aborto, o da nova língua, apetece-me dizer o seguinte.

Estamos próximos de celebrar um novo centenário. Para aqueles que, como eu, defendem o nascimento de Portugal como sendo o da aclamação após a Batalha de Ourique e a consequente constituituição da Corte (em vez da aprovação papal, uns 40 anos depois), em 2039 faremos 900 anos de história. Olha que é obra! Quantos países podem dizer isso?

A razão porque este aborto foi com sucesso vendido à população e acabou por passar, foi porque se matou o orgulho de ser Português. Décadas de desconstrução do nosso nacionalismo (palavra que agora até virou palavrão) e da nossa identidade (hoje querem-nos mais Europeus e menos Portugueses), permitiram isto. Fossem Cavaco ou Sócrates tentar vender esta merda aqui há uns 80 ou 800 anos atrás e iam ver a corrida em osso que levavam. Nunca em momento algum na nossa história se alterou a ortografia por decreto. Ela que é a mais rica das expressões línguistica e que sempre cresceu etimologicamente e a única que perdura no tempo. Não há Pessoa sem a escrita Portuguesa. Nem Pessoa adaptado ao Acordo Ortográfico. A única coisa que há é mais uma machadada na nossa cultura e na nossa história milenares.

Floribundus disse...


o rectângulo nasceu em 25.iv. não houve Monarquia nem 1ª rep
antes era o CAOS dirigido 48 anos por um Prof de Coimbra

J H P disse...

muja disse...

Fala até de Salazar? "Até", José?

Mas quando é que estes indivíduos não falam de Salazar?!

Até na porcaria da bola o metem. Já ouvi para aí que o Salazar é que beneficiava o Bem-fi-ca!

3 de julho de 2018 às 13:47


Não sei se já leram estas entrevistas com o Simões (SLB), mas admira-me ainda ninguém o ter acusado de fássista pelas seguintes palavras (será que ele é leitor do Porta da Loja?):

- Benfica tinha mais títulos nacionais (20 até 1974) porque tinha as melhores equipas e Eusébio?
R: Sem dúvida. Fomos recebidos por Salazar unicamente nesse dia, após a conquista do terceiro lugar no Mundial. Nunca antes nem depois estive na sua presença. Devo dizer, aliás, que Salazar nunca foi um fã de futebol, nunca deu um tostão aos clubes. Não digo que odiasse futebol, mas não perdia tempo com o futebol. Ao ponto de quando lhe fomos apresentados por Américo Tomás – que gostava imenso de futebol - ele confunde o Coluna com o Vicente e o Vicente com o Hilário. Não conhecia sequer os jogadores da seleção.javascript:void(0)

- Mas impediu o Eusébio de ir para o estrangeiro...
R: É tudo conversa. Desminto que alguma vez o regime tenha impedido Eusébio de sair do país. Foi um aproveitamento dos homens de esquerda para dizer que até o desgraçado do Eusébio foi uma vítima de Salazar. Portugal ainda vive com esse complexo. Criaram uma história, uma mentira, que tantas vezes contada passou a ser verdade. O senhor Eusébio não vai para Itália porque, nesse ano, a Itália proibiu a entrada de estrangeiros.

in: http://tribunaexpresso.pt/entrevistas-tribuna/2018-04-25-Antonio-Simoes-Salazar-nunca-foi-fa-de-futebol.-Quando-a-selecao-voltou-do-Mundial-de-Inglaterra-confundiu-o-Coluna-com-o-Vicente

- Salazar não se foi despedir?
R: Salazar não queria saber de nada disso. Não percebia nada de futebol, não gostava de futebol.

- Mas fala-se ainda da trilogia do regime: fado, futebol e Fátima…
R: Há muita coisa mal contada. Se falar com alguém de esquerda, dirá que Salazar se aproveitou disto e daquilo, o Porto diz que o Benfica era o clube do regime. Há uma série de equívocos mentirosos, ofensivos até, para uma geração extraordinária. Podia dar uma série de exemplos por que passei e que desmistificam isso por completo. Quando regressámos de Inglaterra e somos recebidos pelo Salazar, ele confundiu o Vicente com o Coluna! Nem vale a pena falar sobre isto. Salazar nunca deu um tostão para o futebol. Depois do 25 de Abril foram milhões e milhões. E continua, veja-se o que acontece com as câmaras. Se eu estou a defender o antigo regime? Não, sempre fui contra. Fui impulsionador de um sindicato, que ainda existe, do jogador. Agora, não me venham é dizer que este regime democrático não se aproveita das figuras do futebol e do sucesso. Se estou contra isso, também não, mas não se diga que não é assim.

in https://ionline.sapo.pt/especiais/antonio-simoes-fernando-santos-e-o-selecionador-dos-afetos/

Cumps.
JHP

Floribundus disse...


«A emigração […] é um fenómeno complexo que põe em causa, a diversos níveis, de maneira indirecta,
a imagem de nós mesmos mas por isso deve ser apreendida na sua verdade, de maneira adulta e não
servir de pretexto como serve a muita gente, a fantasmas colectivos, uns positivos outros negativos, que têm pouco a ver com ela.
(Eduardo Lourenço)»

o estado não absorve todos
as elites politicas são uma miséria, como se vê

muja disse...

Obrigado, JHP!



adelinoferreira disse...

Não estou de acordo nem em desacordo com o novo AO.
Ao longo da minha vida já tive que mudar; os meus prof também não deveriam estar de acordo com o Acordo (acordo pra baixo e prá cima)
Para quem a Pátria era a língua portuguesa também foi um "desacordista"
Continuarei a escrevinhar sem ter em conta o no AO.


"Nunca em momento algum na nossa história se alterou a ortografia por decreto"

Não? Aí sim? Então está bem...

http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia

josé disse...

JHP:

Não conhecia essa entrevista do Simões do Benfica, mas fica-lhe bem o que disse. É apenas a expressão da verdade e não mais uma mistificação.

Salazar é a sopa dos pobres intelectuais que temos.

lusitânea disse...

Isto é que é cidadania.Fazer a contra propaganda com que andam a enganar o zé povinho enquanto eles se enchem. Basta ver como chegaram com uma mão à frente e outra atrás a mulher no jardim de infância e agora é tudo doutores e sempre mas sempre com o zé povinho animado como bem diz à Maduro da Venezuela e ao mais puro internacionalismo com todos esses FDP a quererem depois de terem entregue tudo o que tinha preto e não era nosso com limpeza étnica dos brancos Portugueses e sem bens fazer cá dentro a raça mista e por nossa conta e sem limites...
Não foi certamente para isto que se fez o 25...

Ricciardi disse...

Sim, as infraestruturas rodoviárias eram lastimaveis durante o salazarquismo. Não havia forma de trocar bens e fazer circular pessoas com facilidade.

Era tudo muito difícil. Ruralizado. Sair de Bragança para Lisboa era coisa para demorar uma eternidade. Atravessar o Algarve um suplício. As estradas do Minho uma vergonha. Qualquer pais africano tinha estradas melhores.

É claro, sem vias de comunicação eficazes o pais tinha a dimensão dum continente.

Foi também um dos motivos do nosso atraso que a democracia corrigiu (ate demais).

No cérebro de Salazar os provincianos, na sua esmagadora maioria agricultores (55% da população no sector primário), sem instrução não precisavam de carro. Alias nem carta podiam ter.

Eu lembro me que o povo andava de bicicleta e alguns de mota. Raramente de carro. Braganca por exemplo tinha dois carros.

Como é que se pode imaginar desenvolver um país deste modo?

Só mesmo na cabeça do Salazar.

Não me recordo bem da data mas, não devo estar muito enganado se disser que ate 1985 só havia autoestrada 20 km acima de Lisboa.

Rb

Mario Figueiredo disse...

Adelino, tem razão. O Acordo de 1945 escapou-me por completo.

Floribundus disse...

o entertainer nos EUA não mencionou o Abade Correia da Serra
« Tinha também uma grande convivência com o presidente americano da altura Thomas Jefferson, que lhe terá chamado «o homem mais erudito que jamais conheci» (segundo Kenneth Maxwell na sua obra Naked Tropics – Essays On Empire And Other Rogues).»

inté alteraram o meu nome no desacordo de 1945
e desapareceu o meu querido Latim
andava no 9º ano de escolaridade
entrava-se com 6 anos para a instrução primária elementar
tenho os diplomas da 3ª e 4ª classe

em 37 ainda não havia estradas no Além Tejo
viajei de trem por caminhos de cabras
mas em 40 já havia

havia vento Suão, mas não havia incêndios florestais apesar do aquecimento global desde a última glaciação há 30 mil anos

Ricciardi disse...

o Estado Novo não é verdadeiramente um regime fascista visto que apresentava diferenças em relação a estes regimes e Salazar. Pode-se dizer que é um regime quasi-fascista ou melhor ainda, um regime autoritário e corporativo de inspiração nacionalista e...fascista.

Rb

adelinoferreira disse...

Manuel Carvalho novo "chefe" do papel da Sonae

Floribundus disse...

Forced to leave Portugal in 1795, he settled in London and then Paris, associating with figures like Sir Joseph Banks and the Barons Cuvier and von Humboldt. When Napoleonic France also proved uncongenial, Correia embarked for the United States in 1811.

Bearing letters of introduction from Lafayette, Dupont de Nemours, and Alexander von Humboldt, the Portuguese abbé first met Jefferson on a visit to Monticello in the summer of 1813. His host was captivated by the learned foreigner, calling him "the greatest collection, and best digest of science in books, men, and things that I have ever met with; and with these the most amiable and engaging character."2 A mutual friend reported that Correia "was enchanted with Monticello & delighted with its owner."3

Correia's combination of learning and amiability caused Jefferson to wish for more of his company. "[C]ome and make [Monticello] your home," he wrote in 1816.4 In his nine years in America, Correia visited Monticello seven times, making what he always called his annual "pilgrimage." Books and botanical "rambles," often in the company of Thomas Mann Randolph, were his main amusements.5 Correia's curiosity about American natural history caused him to travel north to the Canadian border, west to Kentucky, and south to Georgia.

In 1816 Correia was appointed Portugal's minister plenipotentiary to the United States. Although diplomatic disagreements somewhat soured his last American years, his friendship with Jefferson was unaffected. After his "farewell visit" to Monticello in 1820, Correia wrote a friend that its residents were "the family I am most attached to in all America."6

Ricciardi disse...

O culto do Chefe, Salazar (e depois, sem grande êxito, Marcello Caetano), é representado como um chefe paternal, de falas mansas mas austero, eremita "casado com a Nação", sem as poses bombásticas e militaristas dos seus congéneres Franco, Mussolini ou Hitler; Salazar é propagandeado com sucesso como o "Ungido de Deus", "Salvador da Pátria" ou "Redentor da Nação".

Eu admiro imenso os quadros contratados pelo Salazar para apresentar a imagem do regime e dele próprio. Confesso que nunca me interessei por saber quem foram os responsáveis de tal obra prima. Mas vou procurar saber.

Se se descobre que o pessoal contratado para a propaganda regimental tem ligações familiares com alguns que diziam ao Josezinho que ficava melhor apanhado pela Câmara do lado direito é que tinha piada. Mas não deve haver ligação. A propaganda salazarista era incomensalmente melhor. Mexia com subtilezas do inconsciente das massas. Verdadeiros mestres nas artes do embuste.

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Rb

Maria disse...

José, há dias chamou a atenção para uma nova Fundação que vai dedicar-se também à lìngua portuguesa e sublinha a sua importância no ensino. Muito bem. É de aplaudir a iniciativa, pois a língua portuguesa bem precisa de ser acarinhada e cultivada.

O José espera que com essa iniciativa da parte da Fundação se deixe de colocar o "o"(adjectivo demonstrativo), que considera um erro crasso, na seguinte expressão: "o quanto antes". E corrigiu Muja numa das frases em que ele o empregou. Desculpe José, mas Muja não errou quando grafou a frase dessa maneira. Como aliás e é notório, Muja escreve lindamente o português e que eu tenha observado ainda não lhe detectei erros ortográdicos. O que estando-se perante um jovem como ele, é algo cada vez mais raro na presente geração.

Senão vejamos: ao retirarmos o "o" em determinada frase em que ele lá figura como pronome demonstrativo, obteremos a mesma frase mas menos bem construída. Todas as frases/orações/proposições devem conter obrigatòriamente sujeito (que pode ser definido, indefinito ou abstracto) e predicado, além dos demais complementos e eventuais pronomes que poderão estar ou não estar presentes na composição da mesma.

O José afirma que a frase em questão "não deve conter o referido "o", mas repare que ele pode (e deve) lá estar sem se tratar de erro ortográfico. Tomemos como exemplo: "dizem que vai haver uma revolução, então que aconteça o(isso) quanto antes". O mesmo pronome pode estar presente no seguinte diálogo: "o fogo aproxima-se e a confusão é total", resposta d'alguém "larga tudo e foge o(disso) quanto antes"; ou ainda: "a multidão enraiveceu-se e houve pancadaria a esmo", resposta "não fiques nem mais um minuto, afasta-te o(disso) quanto antes", aqui o pronome demonstrativo "o" tem que lá estar sob pena de a frase ficar ligeiramente coxa.

Ainda mais um exemplo, que vem mesmo a propósito e que nunca é demais ressaltar: Salazar foi um verdadeiro Herói. Mal-grado dos traidores comunistas e socialistas-marxistas o seu nome e extraordinários feitos "a Bem da Nação" deverão ficar registados o quanto antes na História de Portugal. Isto, para que as futuras gerações venham a tomar conhecimento daquele que foi o mais importante Governante e certamente o maior português do século vinte.

Ricciardi disse...

O cérebro do Salazar faz-me lembrar o cérebro do José Sócrates. Em variadíssimos temas. Temas que irei demonstrar em próximos comentários.

Veja-se por exemplo o caso do Plano Marshal. Os EUA decidiram ajudar a Europa pós guerra atribuindo verbas para a sua reconstrução. Empréstimos, doações, credito para trocas comerciais, garantias etc. Pilim, portanto, jorraria pela Europa durante uns anos. Feitas as contas, o pib europeu cresceu 35% nos 4 anos seguintes devido a este plano.

Portugal precisava também dessas massas, principalmente para poder efectuar trocas comerciais com países aderentes plano.

Qual foi a primeira reação pratica de Salazar ao plano de ajuda?

A mesma que Sócrates teve quando Portugal precisava de assistencia financeira decorrente da crise do subprime.

E qual foi ela?

A reação foi recusar ajuda. Ambos recusaram ajuda. O Salazar durante dois anos. O Jose Sócrates durante um ano.

Ambos obstinados com uma ideia errada. O primeiro obstinado com a ideia que os americanos nos queriam comer. O segundo que o fmi nos ia comer.

Sem soluções, ambos foram obrigados a voltar atrás na obstinação.

Salazar acabou por integrar o plano marshal e la teve de aceitar os cheques americanos. 200 milhões de contos. A propaganda porem fez o seu trabalho impecável e conseguiu com que a percepção popular achasse que o pais não precisava de ajudas.

Sócrates também teve de recuar por causa da união entre o psd, pcp, be e cds para derrubar o governo. Foi alias a primeira versão da geringonca.

Rb

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

Maria: está enganada. Pode confirmar no Ciberdúvidas e noutros gramáticos. Não é preciso o "o" para nada.

Na frase: "e eles que vão à frente quanto antes".

Está lá tudo- o sujeito- eles; o predicado, vão e os complementos. "quanto antes" é o modo.

Podia ter escrito " ele que vão à frente rapidamente", ou "já" que o sentido era o mesmo e não precisava de mais nada.

josé disse...

"o quanto antes" soa-me muito mal e irrita-me "o" ver escrito assim. Parece-me um brasileirismo. Mais um.

muja disse...

Não sei se será brasileirismo. Diria que é por analogia a "o mais rápido possível".


josé disse...

"o mais rápido possível" ou o mais depressa possível é o equivalente à expressão "quanto antes" que se basta por si.

muja disse...

Não digo menos disso.

A minha conjectura é que o "o" a mais, surge por analogia a essas expressões equivalentes que dele necessitam.

zazie disse...

No Ciberdúvidas dizem que é brasileirismo que pode derivar de uma arcaísmo.

Não sei. Eles também não sabem muito. Nem conhecia a expressão.

Embirro com outra mania (que nada tem a ver com o Muja que escreve muito bem) que é a de se dizer: discordo contigo.

Agora anda tudo a discordar em irmandade, para parecer que concordam todos uns com os outros. Já não se discorda de
eheheh

josé disse...

"discordo contigo." Nunca tinha ouvido falar.

Pedro disse...

Corruptos e incompetentes muitos deles já vêm do tempo do estado novo, como a família Espirito Santo.

A obscenidade do jornalismo televisivo