Conforme a legenda da foto, os nomes corrrespondem a uma geringonça avant la lettre. Este general um pouco tonto e em quem o PCP não confiava tornou-se logo nos primeiros dias a seguir ao 25 de Abril um herói democrático devido à eventualidade de ter sido assassinado pela PIDE. A Censura acerca dos factos do seu assassínio espicaçaram a curiosidade jornalística logo nessa altura, como mostram estes dois recortes da Flama de 17.5.1974 e do Século Ilustrado de 18.5.1974:
O Expresso da mesma data também não podia faltar ao assunto do momento, como mostram estes recortes da edição de 18.5.1974:
Apesar destes artigos e da intensa contra-informação que então surgiu para transformar um antigo salazarista convertido às delícias da coca-cola em democrata convicto e até anti-fascista de sempre, a verdade continua por apurar, como se escreveu aqui, por ter sido dito por uma antigo ministro de Marcello Caetano, caído na maçonaria.
Quanto ao anti-fascismo de Humberto Delgado, o saco de gatos que aquela foto mostra, inclui Rolão Preto, o indivíduo que mais perto esteve do verdadeiro fascismo, entre nós, criando um movimento de camisas-azuis inspirado nos italianos de Mussolini e que apesar de temperado com a cruz de Cristo, Salazar repudiou imediatamente como símbolo do regime.
Tal é contado pela historiadora arregimentada no actual sistema, Irene Flunser Pimentel, no livro "os inimigos de Salazar".
Tal como a mesma refere, Salazar afastou os fascistas do regime e outros reviralhistas e ficou apenas com um inimigo à vista: o comunismo. E que inimigo!
Vasco Pulido Valente, há uns anos no Público mostrava como era uma idiotice chamar fascista ao regime de Salazar:
"O fascismo de que ela ( S. José de Almeida, do Público)fala não passa de invenção estalinista".
Aliás, sobre a natureza do regime, um certo Francisco Sá Carneiro, em 6.11. 1970 e 20.11.1970 escreveu artigos no Diário Popular acerca do regime constitucional que então existia e a sua história.
Quem ler o primeiro artigo fica a perceber qual era a natureza real do regime de Salazar e quem ler o segundo fica a perceber que em 1937 havia em funcionamento uma comissão especial na Assembleia Nacional para estudar a revisão constitucional.
Uma das alterações propostas por um deputado, em forma de projecto, fora a alteração do artº 8º nº 11 da Constituição de 1933 no sentido de ser restabelecida a pena de morte e prisão perpétua relativamente a crimes contra a segurança do Estado.
Tal proposta não foi aprovada mas foi apresentada na sequência do atentado a Salazar praticado por forças anarquistas e cripto-comunistas em 4.7. 1937...
Se fosse na então União Soviética, pátria que os celerados adoravam como modelo, o que lhes teria acontecido com Estaline no poder?
Enfim...em 25 de Abril de 1970 Marcello Caetano definia mais uma vez, em "conversa em família", na tv, as linhas do regime, tal como mostrado no Século Ilustrado.
O que dizia sobre o Ultramar era claríssimo e apenas uma profecia com prognóstico assegurado que só os "progressistas" de 1974 não perceberam:
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