A revista História-Jornal de Notícias de Junho do corrente ano vale a pena ler. O seu "coordenador-editorial", Pedro Olavo Simões apresenta aquilo que chamo de "recta intenção" que se manifesta em passagens como esta, do editorial, sobre as suas memórias de infância em Vale Formoso, junto à Serra da Estrela: "Um filho da terra tombado na Guerra Colonial, ou, como então se dizia, no Ultramar". É a primeira vez que leio uma coisa assim numa publicação do género e significa um passo em direcção certa: o equilíbrio na linguagem explicativa dos fenómenos históricos.
Na revista o artigo de fundo é do mesmo autor, sobre a bandeira nacional e " de onde vêm os símbolos nacionais portugueses". Hélas! A seguir ao elogio tenho uma crítica a apresentar: sobre os tais símbolos quase nada aparece no artigo. Qual o significado das quinas? Qual o motivo dos castelos? E qual a função da esfera armilar? Nada nos esclarece. Sobre as cores e modelos da bandeira, jacobina e maçónica, temos informação em barda, mas não chega.
Felizmente, no Público da passada Segunda-feira foi publicado um artigo que esclarece o caso singular da esfera armilar.
Quanto à revista destaco uma entrevista com o historiador João Pedro Marques que começa assim:
Diz quem sabe: na Universidade os Rosas, Loffs e quejandos é que mandam...até quando?