domingo, fevereiro 09, 2014

1975, no Verão

No Verão de 1975 Portugal defrontou um dos períodos mais críticos da sua História contemporânea. O Comunismo, ainda uma força viva no panorama internacional, preparava-se para tomar conta do país e revolucionar uma sociedade que nos últimos quarenta anos tinha vivido a combatê-lo, através do Estado Novo e Social, de Salazar e Caetano.

Na semana de 19 a 25 de Setembro de 1975, poderia ler-se O Jornal (publicado abaixo nos postais antecedentes) com páginas deste teor.

Um dos problemas mais candentes desse momento Histórico foi o dos "Retornados" ( Helena Matos tem vindo a apresentar uma programa radiofónico, na Antena Um, ao Sábado depois da 1 da tarde, sobre esse período, com testemunhos de pessoas que passaram pelos problemas ). A vergonhosa "descolonização exemplar" levada a cabo pelos governantes da época e com grandes responsabilidades para o PS, de Almeida Santos a Mário Soares, passando por Manuel Alegre, fica aqui bem mostrada nos seus efeitos mais visíveis e imediatos.

Nessa altura, enquanto o PCP acalentava a esperança secreta e nunca confessada explicitamente de tomada do poder total, aproveitando a febre intensa das doenças infantis da extrema-esquerda, o panorama no Rossio era este:


E já me esquecia: no artigo acima mostrado aparece já Fernando Rosas, o historiador de agora que esquece factos para inventar outros que lhe convêm e apresentar a versão correcta da História. Nessa altura era do MRPP...
Por outro lado, um jovem de vinte anos escrevia as suas primeiras crónicas no O Jornal: Miguel Esteves Cardosos, nesta crónica pretensiosíssima sobre cinema.

Entretanto o panorama dos espectáculos na capital era este:

Na mesma altura preparava-se talvez o pior atentado ao povo português relativamente aos seus efeitos no Ensino. Rui Grácio e a Esquerda encarregaram-se do golpe.

Se Portugal continua um país atrasado, subdesenvolvido economicamente e culturalmente enviesado, tal se deve a alguns destes fenómenos que se espelham nestes recortes de um jornal do Verão de 1975.

Quem não quer conhecer a História pode estar a contribuir para a repetição dos erros do passado...


11 comentários:

lusitânea disse...

O ensino técnico assusta os estudantes...ah, ah , ah agora no pior estão melhor...

lusitânea disse...

Mas agora têm montes de especialistas em divisão e em denunciar problemas.Não conseguem é fazer cair o maná...para os resolver...

Floribundus disse...

o pc, o ps e a restante esquerda festiva dos maiores desfiles de sempre desde a 'ala meda'
encarregaram-se de destruir o que os contribuintes tinham realizado

no prec actual dos mirós
parece que compete ao MºPº e aos tribunais a elaboração do programa de governo e a sua execução

deixem-me pensar que continuo na Papua ou no Zimbabhué

zazie disse...

Que coisa mais estranha o texto do MEC

José disse...

"parece que compete ao MºPº e aos tribunais a elaboração do programa de governo e a sua execução"

Sabe o que deve ter acontecido? Alguém mencionou a expressão "interesses difusos" e "património" e alguém entendeu que era assunto para o MºPº fazer um brilharete.

Posso enganar-me mas deve ter sido isto, o que ainda é mais triste.

Unknown disse...

excelentes posts que talvez não digan nuito a quem ainda não tinha nascido. para evoluir é mesmo necessário passar por elas, não deixando de ser importante o fazer uma revisão da matéria dada.

zazie disse...

Património?

Mas são assim tão estúpidos?

lusitânea disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lusitânea disse...

Quantos africanos cá havia em 1975?E quantos há agora?

lusitânea disse...

Quantos Portugueses brancos havia em África em 1975 e quantos há agora?

muja disse...

Quantos Portugueses brancos havia em África em 1975 e quantos há agora?

Mais interessante seria saber quantos Portugueses pretos é que há em África...

Ainda deve haver alguns. Se calhar mais do que o que a gente pensa...
Se os houver hão-de forçosamente ser mais patriotas que muito branco nascido, para nosso azar e crescente miséria, no rectângulo...

O Público activista e relapso