→ DCIAP lançou caça ao contrato
Apesar
de a investigação principal ao chamado caso dos submarinos ainda estar
longe de conclusão, o Ministério Publico já deduziu acusação contra dez
arguidos, alemães e portugueses, a quem foram imputados, em co-autoria, a
prática dos crimes de falsificação de documento e burla qualificada. O
MP, através de uma nota do Departamento Central de Investigação e Acção
Penal (DCIAP), revelou ainda que foi deduzido um pedido de indemnização
cível, no montante de 33.989.796,91€.
Apesar das acusações agora conhecidas, extraídas da investigação principal via uma certidão judicial, o DCIAP continua a investigação – afastando a PJ de parte das diligências – já que, até ao momento, não tem elementos suficientes no alegado financiamento do CDS-PP, partido cujo líder, Paulo Portas, era Ministro da Defesa na altura do processo de aquisição dos dois submarinos, “Tridente” e “Arpão”. O DCIAP é aliás acusado de ter esperado o final das eleições legislativas para avançar com buscas em três dos quatro escritórios de advogados que representaram as partes intervenientes na aquisição dos dois submarinos da classe 209PN.
A informação, avançada ao 24horas por um dos investigadores, revela ainda que as diligências do DCIAP “chegaram a estar marcadas para uma data anterior” mas que “por causa das eleições só esta semana tiveram lugar”. Uma “delicadeza política” que o DCIAP se recusou a comentar.
Apesar das acusações agora conhecidas, extraídas da investigação principal via uma certidão judicial, o DCIAP continua a investigação – afastando a PJ de parte das diligências – já que, até ao momento, não tem elementos suficientes no alegado financiamento do CDS-PP, partido cujo líder, Paulo Portas, era Ministro da Defesa na altura do processo de aquisição dos dois submarinos, “Tridente” e “Arpão”. O DCIAP é aliás acusado de ter esperado o final das eleições legislativas para avançar com buscas em três dos quatro escritórios de advogados que representaram as partes intervenientes na aquisição dos dois submarinos da classe 209PN.
A informação, avançada ao 24horas por um dos investigadores, revela ainda que as diligências do DCIAP “chegaram a estar marcadas para uma data anterior” mas que “por causa das eleições só esta semana tiveram lugar”. Uma “delicadeza política” que o DCIAP se recusou a comentar.
Ontem, o MP acusou três gestores alemães, todos da Man Ferrostal – o vice-presidente Horst Weretecki; o director Winfried Hotten, e Antje Malinowski – de crimes de burla qualificada e falsificação de documento.
O “Tridente” e o “Arpão”, os maiores submarinos construídos até hoje na Alemanha, foram construídos por um consórcio alemão constituído por dois estaleiros, a Howaldtswerke–Deutsche Werft AG (HDW) de Kiel e a Nordseewerke GmbH (NSWE) de Emden, mas também pela Ferrostaal AG (FS) de Essen.
Entre os acusados figuram ainda José Pedro Sá Ramalhos, Filipe José Mesquita Soares Moutinho, António Luís Parreira Holtreman Roquette, Rui Paulo Moura Santos, Fernando Jorge da Costa Gonçalves, António João Lavrador Alves Jacinto, e José de Jesus Mendes Medeiros.
O MP exige a todos os acusados, em co-autoria, uma indemnização de cerca de 33 milhões de euros, incluindo ainda diversas empresas como co-responsáveis: Howaldtwerke Deutsche Werft (HDW), a Thyssen Nordseewerke Gmbh (tnsw), a Ferrostaal AG (FS) Man Ferrostall Aktiengesellschaft, o Agrupamento Complementar de Empresas para a Indústria Automóvel (ACECIA) de Linda-a-Velha, a Comportest – Companhia Portuguesa de Estampagem, SA. da Trofa, a Inapal Plásticos SA de Leça do Balio, a Ipetex – Indústrias Pesadas Têxteis SA no Cartaxo, a Simoldes Plásticos, Lda. de Oliveira de Azeméis, a MCG - Manuel da Conceição Graça, Lda. de Alenquer, a Amorim Industrial Solutions de Corroios, e a Sunviauto – Industria de Componentes Automóveis, SA em Vila Nova de Gaia.
O despacho das procuradoras Auristela Hermengarda e Carla Dias, que estiveram por diversas vezes na Alemanha, acusa o consórcio alemão GSC e um agrupamento de empresas portuguesas, a ACECIA, de terem concertado a burla do Estado português bem como de terem falsificado documentação em relação com as contrapartidas de um bilião e 210 milhões de euros, previstas no concurso público de atribuição do contrato ao consórcio alemão.
“O GSC/Man Ferrostaal através da conduta concertada com a ACECIA, que conduziu à aprovação por parte do Estado português de projectos que careciam de causalidade, logrou criar a aparência de que cumprira parcialmente o programa de contrapartidas, situação que reduziu necessariamente o impacto potencial dos referidos factores de risco sobre a sua actividade”, indica o despacho das duas procuradoras acrescentando que “em resultado da inclusão no programa de contrapartidas dos projectos que não tinham tido qualquer intervenção do GSC/Man Ferrostall, estes lograram obter vantagens que não lhes eram devidas e que se consubstanciaram na redução de custos, redução de exposição ao risco e reforço da sua imagem internacional”.
De
acordo com o Procurador de Schleswig-Holstein, as autoridades alemãs
começaram a interessar-se pelo “caso dos submarinos” em 2007, depois de
terem conhecimento “pelos jornais portugueses” da existência de
suspeitas ao negócio. Foram aliás as autoridades alemãs a dar o primeiro
passo, e em 2007 enviaram ao Eurojust um pedido de mediação com o
Ministério Público português. O pedido foi na altura encaminhado para
Lisboa mas encontra-se actualmente arquivado naquele organismo europeu,
já que os magistrados portugueses, depois de alguns meses sem darem
qualquer resposta, acabaram por estabelecer contacto directo com as
autoridades alemãs. Em Kiel, na Alemanha, fonte ligada ao procurador,
confirmou que “existem contactos com as autoridades portuguesas” mas que
os resultados obtidos até ao momento “não estão há altura das
expectativas”, o que, dada a indemnização agora exigida pelo MP, é
difícil de compreender.
Já a investigação portuguesa começou logo depois da polémica causada pela atribuição do contrato ao consórcio alemão – atribuição que esteve igualmente na origem de protestos e queixas do consórcio preterido no concurso, o francês DCNI, que recorreu da decisão pedindo a suspensão do processo, mas o Supremo Tribunal Administrativo acabaria por dar razão ao executivo português. Apesar dos desenvolvimentos agora conhecidos, o (DCIAP) continua sem elucidar as suspeitas de alegados pagamentos ilícitos ao CDS-PP.
Já a investigação portuguesa começou logo depois da polémica causada pela atribuição do contrato ao consórcio alemão – atribuição que esteve igualmente na origem de protestos e queixas do consórcio preterido no concurso, o francês DCNI, que recorreu da decisão pedindo a suspensão do processo, mas o Supremo Tribunal Administrativo acabaria por dar razão ao executivo português. Apesar dos desenvolvimentos agora conhecidos, o (DCIAP) continua sem elucidar as suspeitas de alegados pagamentos ilícitos ao CDS-PP.
O DCIAP quer esclarecer se o depósito de quase 1,1 milhões de euros em donativos nas contas do CDS-PP entre 27 e 30 de Dezembro de 2004 terá sido um benefício por via do negócio dos submarinos, o que o então ministro da Defesa, Paulo Portas, sempre negou garantindo que foram passados recibos referentes a todos os donativos.
10 comentários:
Esta história dos submarinos talvez merecesse uma análise quanto a outras implicações mais genéricas e menos cauísticas.
O Portas, quando foi confrontado com isto, há tempos, disse que quando foi para a Defesa os submarinos não eram 2 mas 4 ou 5 (não me lembro bem).
Ele terá reduzido a encomenda e, ainda assim, beneficiado daquilo de que agora o acusam.
E o pessoal que queria mais?
Depois temos o Gaspar e o gajo de Toronto.
O Gaspar, super testosterona com o pessoal dos restaurantes e pensionistas, lembrou-se, agora, de mandar umas bocas a grupo de interesse e tal.
Por onde andaram os testículos quando podia, e devia, ter feito alguma coisa a respeito?
Trocou os testículos pela protecção do rabo?
O de Toronto tinha todas as respostas antes de vir e volta a tê-las depois de partir.
Padeceu de alguma doença degenerativa, que terá passado, no entretanto?
O eterno "vocês sabem que eu sei" é muito cansativo.
"falam, falam, falam e eu não os vejo a fazer nada!"
Esta história dos submarinos talvez merecesse uma análise quanto a outras implicações mais genéricas e menos cauísticas.
O Portas, quando foi confrontado com isto, há tempos, disse que quando foi para a Defesa os submarinos não eram 2 mas 4 ou 5 (não me lembro bem).
Ele terá reduzido a encomenda e, ainda assim, beneficiado daquilo de que agora o acusam.
E o pessoal que queria mais?
Depois temos o Gaspar e o gajo de Toronto.
O Gaspar, super testosterona com o pessoal dos restaurantes e pensionistas, lembrou-se, agora, de mandar umas bocas a grupo de interesse e tal.
Por onde andaram os testículos quando podia, e devia, ter feito alguma coisa a respeito?
Trocou os testículos pela protecção do rabo?
O de Toronto tinha todas as respostas antes de vir e volta a tê-las depois de partir.
Padeceu de alguma doença degenerativa, que terá passado, no entretanto?
O eterno "vocês sabem que eu sei" é muito cansativo.
"falam, falam, falam e eu não os vejo a fazer nada!"
Não penso ler o livro do Gaspar e da Avillez, será sempre apologético, como as escrituras. Mas nele terá Gaspar referido os interesses muito poderosos, bla bla bla. Mais valia ele ter referido de que interesses se tratam.
'nós por cá todos mal'
nesta Papua, sem ofensa para a mesma,
os contribuintes são sempre ameaçados com prazos e dinheiro
este MONSTRO sem prazos será
'sempre o da joana'
Mesmo com recurso para a Relação, o MºPº não se livra das palavras bastante críticas da juíza sobre a forma como conduziram todo o processo.
Parece-me que isso quer dizer muita coisa.
Resta saber se são justas. Não é por uma juiz o ter dito que passa a ser justo e verdadeiro.
Só vendo.
podemos debitar muita retorica mas o resultado é,como em muitos outros casos igual a zero; claro que em mutos outros casos é uma pura coincidencia. Nem a juiza disse que as procuradores foram inconsequentes com razão nem os alemaes que julgaram e condenaram o fizeram por ser competentes. é ajustiça áportuguesa e claro ogaspara é que éum malandro que anda a inventar agora protecionismoa que não colhem porque enquanto lá esteve até se demitiu como prova que colaborava com eles.Assim como o de Toronto, aqule anormal.
A questão de fundo é sempre a mesma: nao se consegue provar a corrupção em Portugal. Porquê?
A questão de fundo é sempre a mesma: nao se consegue provar a corrupção em Portugal. Porquê?
A questão de fundo é sempre a mesma: nao se consegue provar a corrupção em Portugal. Porquê?
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