terça-feira, dezembro 13, 2016

Uma jornalista da RTP aquém da decência profissional do serviço público



Reparem nesta imagem do i de hoje: a filha de Fátima Felgueiras ( passa a entrevista toda a falar da mãe...) é uma jornalista da RTP, canal público,  que faz programas dedicados a causas, algumas delas judiciárias. Os programas são geralmente maus do ponto de vista da sensatez jornalística e acerto equilibrado sobre os pontos em conflito. Breve: a jornalista toma partido, sempre e não é imparcial nem   objectiva no que relata.

As quatro frases transcritas resumem a entrevista e são significativas. Sobre a fuga da mãe, a explicação rocambolesca não me convence. Percebo e aceite que uma filha defenda a mãe, mas não compreendo que uma jornalista se gabe do feito passados estes anos, em modo que não é credível. Não tem vergonha na cara.

Sobre o carácter justiçoso da dita fica tudo dito: os programas são para ajustar contas com alguém do passado ou do presente mal resolvido. Magistrados, em primeiro lugar. Polícias a seguir. O trauma é evidente...

Sobre a sua vida pessoal interessa-me tanto como o copo de água que bebi de manhã cedo e tem tanta importância pública como zero.

Sobre a primeira frase acerca do putativo assassino Pedro Dias importa reter que não é papel do jornalista tomar partido sobre a inocência ou culpabilidade de um assassino presumido e putativo, de acordo com os elementos de facto já conhecidos.
Quando um jornalista assume tal papel, voluntariamente, está a fazer outra coisa execrável: a olvidar as vítimas do mesmo. E isso é intolerável.
Um jornalista que se preze e tenha um sentido mínimo da ética profissional não se alia aos advogados de um assassino presumido para fazer uma reportagem manipulada pelos mesmos com um sentido ínvio e equívoco que passa ainda por outra ignomínia: lançar um labéu generalizado sobre as forças policiais que pretenderiam assassinar o presumível assassino.

Tudo isto é tão execrável que não se entende por que razão a RTP continua a deixar esta jornalista a fazer o que anda a fazer...num canal que é pago pelos contribuintes portugueses.

Se quer fazer este tipo de jornalismo que vá para outro sítio.

Questuber! Mais um escândalo!