A perda dessa identidade, em nomenclatura e também em substância territorial deveu-se à esquerda comunista e socialista pós-abrilena que conseguiu mudar a linguagem corrente que era a de todos nós que não éramos comunistas ou socialistas avant la lettre do 25 de Abril de 1974.
Até os comandantes militares que depois se associaram ao comunismo partilhavam essa antiga linguagem que era coerente com a nossa identidade como país e que perdemos.
Aqui ficam recortes da revista Observador de17.11.1971 em que tal linguagem era evidente e destoava da actual, bastarda e apócrifa. Por isso mesmo falsa na sua essência, relativamente à nossa identidade.
A direita da "nova portugalidade" tem vergonha disto, mas não devia ter, antes pelo contrário. Até um certo Costa Gomes assim falava, então...
A propósito destes assuntos foi agora lançado um livro que trata de um aspecto particular da guerra no Ultramar português: Os Flechas, de Fernando Cavaleiro Ângelo, prefaciado por Óscar Cardoso, antigo inspector da Pide/Dgs e herói nacional dessa guerra agora só lembrada pela perspectiva dos que então nos combatiam, como era o caso dos socialistas avant la lette e dos comunistas de sempre.
Não se espere ver o autor e muito menos Óscar Cardoso, a falar do livro na televisão. A Lourença ou a Judite ou mesmo a Campos Ferreira só sabem falar da "guerra colonial". A guerra no Ultramar, desconhecem o que foi. Mas são democratas...
Os recortes acima são da edição do passado Domingo do Correio da Manhã, jornal que tem vindo há longo tempo a recolher depoimentos de soldados que estiveram efectivamente na guerra do Ultramar e que não fugiram para a França e outros países, com medo de serem apanhados pelos "turras", coitados.