O jornal i de hoje tem na capa uma alusão ao livro de Joaquim Vieira sobre a vida de Balsemão, numa biografia "não oficial". Assim:
Lá dentro 4 páginas 4, não assinadas e portanto da responsabilidade do director, Mário Ramires, em que se transcrevem passagens do livro atinentes à vida particular, privada do dono da Impresa falida.
O excerto publicado é do capítulo 4, "O Jornal da família" em que se dá conta do carácter pessoal e profissional de Balsemão, em modo semelhante ao que José António Saraiva fez no livro que escreveu sobre algumas figuras públicas e a propósito do que foi muito criticado por transcrever testemunhos directos e desprimorosos de pessoas já falecidas.
Neste caso concreto e neste capítulo aparecem os nomes e testemunhos desprimorosos para o visado, de pessoas já falecidas: Baptista-Bastos, Ruben A. através de correspondência aberta com o visado.
A escolha do capítulo não pode ser inocente na medida em que a personalidade de Balsemão, como "mulherengo" interessa nada de nada, mesmo que seja revelador que partilhava as amantes, induzindo amigos a dormir com elas ao mesmo tempo que se enciumava se outros lhe cobiçavam as conquistas.
Sobre a história da SIC e da aldrabice fatal para um uomo di onore deste calibre ( 40% de capital estrangeiro, captado através de um homem de palha, seu amigo de infância, e de proveniência estrangeira quando não o podia ser) não aparece citada, tal como outros assuntos acerca do perfil de Balsemão na configuração do espaço mediático português nos últimos 50 anos.
É assim que opera a Censura, hoje, em Portugal. Tal como dantes mas ainda mais insidiosa.
Já agora, o capítulo 4 não termina da forma abrupta que o jornal indica. Para quem leu o jornal e ficou com água na boca, termina assim:
2 comentários:
na universidade de verão do PSD
'o Sr Silva' cantou de galo
sobre a censura montada pela geringonça
José, é pena não ter colocado mais páginas do livro sobre Balsemão, gostava bem de as ler. Este homem, verdadeiramente o diabo em figura de gente, a par de Soares, Almeida Santos, Alegre e outros, é do mais falso e perigoso que a 'democracia' pariu. Este, tal como os demais, é de se fugir a sete pés.
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