sexta-feira, janeiro 22, 2010

A verdadeira crise na justiça

É por exemplo, esta:

A procuradora-geral adjunta Cândida Almeida foi reconduzida, hoje, sexta-feira, no cargo de directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, por mais três anos.

A decisão, proposta pelo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, foi tomada pelo Conselho Superior do Ministério Público. Contra a expectativa do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, que ontem se mostrou insatisfeito com resultados e o modelo de gestão do DCIAP, apenas dois dos 18 conselheiros votaram contra a continuidade de Cândida Almeida.

Esta procuradora está à frente do DCIAP desde 2001. É aqui que são investigados os casos de maior complexidade e sensibilidade política, como são o Freeport, BPN, Submarinos, Portucale e Furacão.

Vai uma aposta em como o Marinho bateu palmas?

PS: Os jornais de Sábado relatam o facto em meia dúzia de linhas de notícias interiores. Não se apercebem do efeito devastador que estas coisas depois assumem e não sabem indagar e perceber como se organiza o poder no Ministério Público. Ao mesmo tempo, dão conta que os procuradores gerais distritais de Lisboa e Coimbra, Francisca Van Dunem e Alberto Themido, também foram reconduzidos.

Themido foi o procurador geral distrital que tomou conhecimento do conteúdo do expediente das escutas em que interveio o primeiro ministro, juntamente com o PGR. Van Dunem em entrevista à tv em tempos disse coisas interessantes que revelam um perfil.

Por outro lado, o Público pela pena de Arnaldo Mesquita escreve que a votação em Cândida de Almeida foi "secreta". O i,pelo contrário, assegura que foi de "braço no ar", ou seja à boa maneira soviética e para evitatr surpresas ao PGR.
O Ministério Público atravessa a pior crise de que há memória na magistratura, com estas coisas e estas pessoas. Esperemos que seja breve, mas pelo menos mais três anos ninguém tira.

O Público parece andar muito mal informado nestas coisas e estou a chegar à triste conclusão que vou deixar de ler o jornal. Não presta para muito mais do que poder ler as crónicas de VPV e Pedro Lomba. É pouco e por isso vou largar.

Questuber! Mais um escândalo!