sábado, setembro 14, 2013

Marcello Caetano- reposição da História

Em 1972, Marcello Caetano perfazia quatro anos de governo e à semelhança dos anos anteriores o mesmo governo publicou um livro de 294 páginas onde explicava a actividade governativa desse quarto ano de governo.
O que segue são algumas páginas que os Rosas&Pereira nunca lêem. Se lessem e compreendessem talvez não escrevessem uma espécie de História paralela do nosso país.

Estas páginas explicam, para quem quiser entender e sober o contexto em que foram escritas, o que era o odiado regime que nos mergulhou na "longa noite do fascismo" que os escuteiros mirins da ideologia corrente proclamam como verdade indiscutível da nossa modernidade.

Marcello Caetano explica detalhada e claramente num discurso que hoje não existe porque o dominante é a parlapatice tipo Seguro e quejandos, tudo o que então era essencial: os valores do regime e da sociedade vigente; as ameaças concretas a tais valores e o modo de defesa, particularmente as "utopias ideológicas" que hoje ainda perduram na mente travestida dos escuteiros mirins da política nacional esquerdista. Explica o que era a censura e porque existia; o estado social nascente e já importante como modelo social-democrata, mas atento ao senso comum, hoje inexistente; o perigo do comunismo esquerdista e da extrema esquerda revolucionária dos futuros PRP-BR e quejandos que ainda não desapareceram do mapa político actual, estando recuados numa táctica de espera pela melhor oportunidade; o problema candente da guerra no Ultramar e do esforço económico para a manter ( os esquerdista de então, Soares e Cunhal, diziam que se acabasse esse esforço, Portugal seria um país economicamente semelhante aos maiores da Europa...o que se viu logo a seguir. Dois anos depois de 25 de Abril de 1974 e não quatro como escrevem os escuteiros mirins do costume, nos sítios habituais da fantasia utópica, estávamos na bancarrota e sem dinheiro para comer, o que é extraordinário e nunca ninguém fala nisso...), etc etc.



Um dos escuteiros mirins mais miríficos desse grupo de gente que nos desgraçou, económica e socialmente, José Jorge Letria, já medalhado com a Ordem da Liberdade, publicou agora um livro de memórias.  O opúsculo intelectual, com um pósfácio do celebrado cantor de Joana come a papa, Barata Moura, (outro medalhado?), lê-se bem porque as recordações do PREC são sempre um maná para não se esquecer o que Marcello Caetano profetizara alguns anos antes: "o triunfo dos porcos" de uma idologia nefasta e que nos condicionou como sociedade, para gáudio dos seus mentores, todos refastelados na vidinha, agora, depois de revirarem uma casaca puída, mas que guardaram para as ocasiões- como esta. José Jorge Letria é o autor da cantiga revolucionária "Só de punho erguido a canção terá sentido", sem esquecer a belíssima ode que é o "Quem tem medo do comunismo?", cantada pelo mesmo em tom de desafio aos reaccionários e fascistas... olarila. Olé!
Se lhes perguntarem como foi possível explicam: a juventude. Foi o que foi. Miséria. Porca miseria, como diriam os italianos.
O título do livro é o programa ideológico: "tudo era possível". Então não era! Até as três bancarrotas! O país mais atrasado da Europa, com maior diferenciação entre pobres e ricos e com uma educação que dizem a melhor de sempre e que gera analfabetos funcionais aos milhares.Em 40 anos, Salazar tirou Portugal do vespeiro miserável da I República. EM 40 anos estes adeptos do " tudo era possível" afundaram Portugal num buraco de indignidade.


7 comentários:

zazie disse...

Esta dos escuteiros mirins é o máximo.

Floribundus disse...

já agora
'feios, porcos e maus'

josé disse...

Os escuteiros mirins vivem sempre num mundo de fantasia num país chamado patapólis. De patos...

JC disse...

Patópolis, assim é que é...

lusitânea disse...

O problema vai ser daqui para a frente.Fizeram desaparecer a pesada herança, venderam tudo.Uma dívida impagável por mais reformas e pensões que cortem...
Mas nos custos da "democracia" ninguém mexe porque era mexer no seu rico bolsinho.
Agora só têm uma coisa para fazer.Vender as pessoas à cubana.A malta vai para o mato com contrato governo a governo mas só recebe o ordenado mínimo...que o resto fica para a rapaziada socialista
Mas prontos temos agora um império do bem embora por nossa conta...uma troika tipo duracell e uns senhores africanos a mandar...

Maria disse...

Os aldrabões que fingem que nos trouxeram a democracia - e refiro-me mais concretamente ao bando de velhos promíscuos que desde há muito já não se aguenta nas canelas mas que, cruel ironia, ainda é quem manobra os cordelinhos nas ante-câmaras do poder - e que não passam de um cartel mafioso da pior espécie, ainda tinham (e têm, agora muito mais espaçado e com mais souplesse) o descaramento inaudito de chamar aos ministros do anterior regime "a brigada do reumático" e, bela partida que o destino lhes pregou, afinal eles é que são a verdadeira brigada do reumático-versão assassina. Pois fiquem eles sabendo que pior do que os antigos ministros, que eram íntegros e honestos, leais e cumpridores, apesar da idade mais ou menos avançada de um ou de outro, pelo menos, além das qualidades pessoais e políticas, eram patriotas até à raíz dos cabelos. Ao contrário dos pseudo-políticos desta farsa de regime, corruptos de altíssimo coturno, que ainda têm o descaramento de se auto-intitular "impolutos" (Soares dixi e também Vera Jardim referindo-se ao acusado de pedofilia pelos jovens da Casa Pia, Jaime Gama..., mas há muitos mais desta safra) e que andam a mentir aos portugueses e a trair Portugal desde a primeira hora em que pisaram território Nacional.

Quanto à honestidade, integridade e patriotismo do Dr. Salazar e também do Prof. Marcello Caetano, bem, o melhor é nem sequer fazer comparações com estes coveiros de Pátrias e assassinos de Povos, que ainda têm a desvergonha de se auto-classificar democratas, porque seria uma ofensa gravíssima à memória dos dois antigos Governantes. Estes tratantes de meia tigela, que só vieram para Portugal com o intuito específico de o desfalcar e lançá-lo em sucessivas bancarrotas (e ainda a procissão vai no adro), se tivessem alguma vergonha nas focinheiras nunca mais voltariam a pronunciar a mal e pelo contrário só a bem, o nome dos dois antigos Governantes. É que todo o luxo fabuloso de que se têm rodeado vai para quatro décadas mais as mega-fortunas acumuladas/roubadas ao Estado Português, sobretudo ao Dr. Salazar se ficam a dever, é bom que se lembrem deste pormenor de cada vez que tentem abrir a boca para difamar o Estado Novo e/ou o seu mentor.
Nem que esta politicagem desnaturada vivesse mil anos jamais lhes chegaria à sombra, muito menos à sola dos sapatos.

lusitânea disse...

A canção foi uma arma.Só que contra o zé povinho como se pode avaliar.E ainda a procissão vai no adro...