quarta-feira, outubro 12, 2016

Cardeal Cerejeira, um dos pilares do regime no Estado Novo

A revista Observador de 7 de Dezembro de 1973 publicou uma extensa reportagem sobre a vida de Manuel Gonçalves Cerejeira, o cardeal que "quando celebrou missa pela primeira vez, Afonso Costa ia a caminho de Braga para anunciar que acabaria com o Catolicismo em duas gerações"...

 O cardeal Cerejeira em 1973 tinha 85 anos, estava retirado  e viveu mais quatro anos, falecendo em Agosto de 1977. Foi Cardeal-Patriarca de Lisboa em 1930 e era amigo de Salazar, dos mais chegados.

O artigo porém, só  menciona Salazar uma única vez, para o associar ao grupo que redigia o jornal Imparcia, em Coimbra no CADC, no tempo da Primeira República jacobina e maçónica.





Quando Cerejeira morreu em Agosto de 1977 O Jornal dedicou-lhe este obituário de página inteira ( sem qualquer menção na primeira página):

O fassismo e o fassismo e Pide e tortura e prisão e Salazar e Cerejeira no mesmo plano dos "48 longos e dolorosos anos de fascismo" na prosa elaborada de uma tal Edite Soeiro do mesmo jaez de uma tal Palla, mãe deste Costa que agora geringonça por aí.




 É sempre bom conhecer o pedigree de certas entidades e sendo o cardeal Cerejeira conservador, tal como Salazar, com o advento do 25 de Abril tornou-se fascista ipso facto.
Em 1973 ainda não era...e por isso é um fascista with a bullet, como diria Zappa.

Questuber! Mais um escândalo!