Público de hoje, João Miguel Tavares:
O problema então seria o de a Faculdade de Direito se pronunciar acerca de um seu docente andar a receber "por fora" a fim de ajudar um político a escrever uma obra de literatura política. Para tal teria recebido cerca de 40 mil euros, o que torna a "colaboração para revisão do livro e notas de roda-pé" a "revisão mais cara da História".
Ora é este aspecto que suscita perplexidade e ao mesmo tempo incita o meio académico da escola onde aquele é docente, a pronunciar-se.
E se afinal a escrita não se limitou a tal e afinal é uma obra da autoria do putativo revisor? É essa a questão proposta e que a Faculdade de Direito tem o dever de analisar através de um "inquérito rigoroso" que passará pelas...declarações do docente e pouco mais. Tal não será suficiente mas as inteligências do Direito dirão de sua justiça se quiserem ser levados como tansos.
Mas ainda há outra: segundo consta, a mulher do docente recebeu o estipêndio do livro que se apresta a sair por estes dias, em vez do docente, o verdadeiro titular a esse rendimento colectável.
O Fisco...já se inteirou do assunto? O dinheirinho dos direitos de autor pagam taxa reduzida...que o diga o Costa que governa a Geringonça.