domingo, outubro 02, 2016

Obituário de sete anos de jornalismo zombie no Público

A directora cessante do Público, Bárbara Reis faz hoje na última página do jornal o obituário do seu consulado de sete anos à frente da redacção.

Começa logo mal, a citar uma jornalista-Cristina Ferreira- e o seu exercício de auto-complacência em repetição no qual declara que nunca encontrou erros naquilo que escreveu...
Por aqui encontrei algumas vezes e escrevi sobre o assunto. A senhora só viu assunto nos assuntos do Passos e seus próximos.
Sobre o inquilino que esteve até 2011 na mesma cadeira, pouco ou nada viu de errado também.

Quais os troféus de caça jornalística que esta directora cessante apresenta no obituário? Poucos:
a reportagem da guerra no Iraque, em 2010; a da primavera Árabe no ano seguinte, coisas que nunca me importei de ler porque os jornais e revistas estrangeiros explicam bem melhor. Depois um prato forte que terá sido, no seu entender, o caso Tecnoforma, ainda sobre o Passos. O Passos é assim a bête noire deste jornalismo apasquinado e que nunca nestes sete anos se importou com José Sócrates, verdadeiramente. É caso para perguntar a razão...

O problema principal do Público é assim a partidarite esquerdóide tipo BE que alimenta a redacção editorial do jornal, até agora e da qual a directora mai-la inenarrável São José de Almeida são os esteios principais.

O Público de Bárbara Reis andou estes sete anos a marinar nestas águas turvas e a acumular prejuízos aos milhões. O accionista Sonae paga porque é uma espécie de pizzo que paga a essa esquerda pela tranquilidade em nunca ser incomodado. Compensará?

Este último editorial é assim o cúmulo da pouca-vergonha.

Veremos o dia de amanhã mas não se augura nada de substancialmente diverso. Aliás, a anedota principal deste derradeiro número orientado pela artsy artsy que agora sai é apresentada na página 10: "José Eduardo Martins- um pensador "livre" a fazer oposição em Lisboa".

José Eduardo Martins é um pensador "livre"? É...é...e diz que "não faz advocacia ao almoço".  Pois não. Faz na firma Abreu Advogados, desde 2005. Já deputou no Parlamento e agora deputa nas tv´s ao lado de outros deputantes notáveis, debitando sobre tudo e todos em nome das entidades de sempre.
Sobre o tal assunto da advocacia que não faz ao almoço ninguém o questionou sobre este tipo de advocacia sem andar a refeiçoar, como diz um conhecido palhaço deste circo:

A Abreu Advogados foi a sociedade responsável pelo apoio jurídico ao Grupo Amil no processo de aquisição de 100% do capital social da HPP - Hospitais Privados de Portugal à Caixa Seguros e Saúde. A assessoria implicou o trabalho concertado de várias áreas de prática de direito como o societário, fusões e aquisições, concorrência, regulação fiscal e público. A equipa da Abreu responsável foi liderada pela sócia Inês Sequeira Mendes e envolveu ainda os juristas Miguel Teixeira de Abreu, Duarte de Athayde, Manuel de Andrade Neves, Luís Marques Mendes, António Pina e Alexandra Courela.”»
[in "Os Facilitadores", págs. 59-64].

O jornalismo do Público vai continuar assim? Temo bem que sim, porque não parece susceptível de emenda. É um jornalismo morto-vivo. Zombie.

Questuber! Mais um escândalo!