terça-feira, fevereiro 28, 2017

Jornalismo à Público...




Hoje no jornal dá-se conta de que "MP recolhe elementos sobre caso fos offshores".

É esta a notícia que interessa e já foi glosada ontem. E como é que se cozinhou esta novidade? Fácil:

Terça-Feira, dia 21,  no mesmo dia da publicação da notícia requentada sobre os 10 mil milhões que saíram para as offshores, insinuadamente sem controlo e em evasão fiscal eventual, o Público perguntou algo não especificado sobre o assunto,  à PGR .

Esta entidade que ultimamente e relativamente aos poderosos tem medo da própria sombra, respondeu ontem, a propósito da interpelação do Público: está a "recolher elementos", ou seja, está a analisar o assunto no âmbito de um procedimento administrativo que não é inquérito. Depois se verá.
Notícia do Público glosada ontem a eito: MºPº está a analisar o caso das offshores. Notícia provocada pelo próprio jornal com intenção deliberada porque não há ingenuidades nestes casos.

Não é preciso mais nada, como não foi preciso mais  do que a notícia requentada para acicatar polémica política estrita e a favor do Governo que está.

Não há coincidências, dizia o manhoso  e novel industrial de queijaria, Jorge Coelho que disto sabe a potes.
O Público já tem a camisola vestida e tem o número do Costa...

E o Dinis jura que não sabia que isto ia dar no que deu. Jura mesmo que foi tudo pelo jornalismo de causas nobres pelas gentes. "Assim defino a vida de quem tem animais de estimação, de vida sã..."  ( letra de António Pinho na canção dos Filarmónica Fraude, de 1969).

É ler a ingenuidade de um jornalista que quer ser assim e julga que o Público fez um belíssimo trabalho que os políticos estragaram.
Que dizer disto? Confrangedor? É pouco...muito pouco.