Observador:
O Ministério Publico (MP) “deve fazer um esforço grande” para concluir a investigação à Operação Marquês, com ou sem acusação, apela o antigo ministro da Justiça Vera Jardim no programa Falar Claro da Renascença.
“Haja ou não acusação, as pessoas têm direito a um processo em tempo oportuno. A Convenção Europeia dos Direitos Humanos assim o diz e, nesse sentido, sou crítico deste alongamento tão grande destes prazos”, afirma o comentador socialista sobre o caso que tem José Sócrates como principal arguido.
Vera Jardim, ao Observador, mostra-se muito preocupado com este processo. Os prazos, esses terríveis algozes que não deixam descansar quem há muito gostaria de sossego no remanso do gozo da sua pensão ou rendimentos ganhos in illo tempore.
Vera Jardim foi ministro da Justiça num tempo dos anos oitenta em que havia inquéritos parados na Judiciária em investigação "preventiva", ou seja, fora das regras processuais penais e durante anos a fio, tal como foi na altura denunciado publicamente pelo PGR Cunha Rodrigues. Nada disso o incomodava. Como não o incomodava o número, certamente mais elevado que hoje, de inquéritos pendentes no MºPº com prazos excedidos em muito maior importância e quantidade que hoje. Anos a fio. Ainda hoje o processo que o incomoda é só um: o do Marquês que pretende ver concluído quanto antes, com ou sem acusação. Preferencialmente, sem acusação que é para isso que há estas preocupações todas.
Hoje o que o leva a surfar mais esta onda de indignação postiça dos entalados nesse processo é o facto de serem seus correlegionários e, mais que isso, o processo tomar direcções perigosas para a própria estrutura do partido que o alberga há décadas. Tal como o processo Casa Pia que o atingiu enquanto ministro que pouco ou nada conseguiu fazer, a não ser ver publicadas notícias escabrosas sobre as suas maleitas ( no 24H de um tal Pedro Tadeu que agora está descansadinho a escrevinhar coisas no DN).
Assim, Vera Jardim, tal como outros apaniguados do PS está muito, muito preocupado. Com os prazos, evidentemente...e daqui a algum tempo estará preocupado com outra coisa qualquer que seja motivo de preocupação das centrais de informação ao serviço dos mesmos de sempre. A SIC, a RTP3, a Lusa, darão o mote. O resto virá a seguir.
5 comentários:
A propósito, um filme que vi recentemente e achei muito engraçado (e pertinente):
La mafia uccide solo d'estate
http://www.imdb.com/title/tt3374966/
como dizia prostituta espanhola
relembrada por Rolo Duarte
a mais velha profissão do mundo
é a dos dirigentes 'a assobiar para o lado'
Certo dia, em 2010, este ex-MJ, foi convidado para orar sobre a justiça numa assembleia de auditores de defesa nacional . A primeira preocupação que teve foi a de saber se estava presente no curso algum magistrado. Como ninguém se acusou porque não havia efetivamente nenhum, desatou a desancar nos magistrados como responsáveis pelo estado a que a justiça chegou. Não estavam presentes magistrados mas estava um juiz militar que farto dos dislates do sujeito lhe disse o que um politico não gosta de ouvir.
Provavelmente se lhe tivesse sido dito no inicio que havia algum magistrado, habituado como está a dançar o vira, teria imputado provavelmente ao azar o estado a que a justiça chegou.
Este Vera Jardim é filho de um magistrado que chegou ao STJ. Lamentável este tipo
Lamentável o filho...claro.Espero que não julgue os magistrados pelo que via em casa...
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